O seminarista e o uso da batina

Salve Maria,
 
 
Seminaristas podem andar de batina?

Depende do bispo. O hábito eclesiástico não é obrigatório, e alguns bispos não gostam muito.

Já o sacerdote não precisa do gosto do bispo, ele é obrigado a usar, seja a batina, seja o clergyman.

A obrigatoriedade é a do clérigo, assim como a do celibato, a da obediência e etc. Mas nem por isso vão ser celibatários e obedientes depois de diáconos.

Na forma extraordinária, o seminarista utiliza quando recebe a tonsura.Na forma ordinária, não saberia dizer com respeito às rúbricas.

As virtudes, como os vícios, são frutos de hábitos, ou seja, repetição. Se adquire o hábito de usar a batina com a repetição, tal como o hábito do celibato com a repetição dos costumes referentes a este.

O desejo e a confirmação de Deus para servir a Cristo pelo sacerdócio vem muito antes da Ordenação. Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci e te chamei Jr 1,5 . O amor pela Sagrada Liturgia, pelos sacramentos, pela castidade, pelas virtudes já deve ser cultivado ainda em tempo de vocacionado. O seminarista para os olhos do mundo não é apenas um mero candidado ao sacerdócio, mas alguém que reflete a vontade de Jesus ao perpertuar em seus ministros ordenados o ofício confiado pelo Pai em salvar almas. Lembrem-se que é pensando nas milhares pessoas que você irá batizar, confessar, unir ao matrimônio, etc que Deus quer que você vocacionado, renuncie a si mesmo e O siga para este grandioso ministério.

O Concílio Vaticano II oderna na decreto Optatam totius que todos os seminaristas seja como um "pré-padre" no exemplo de fidelidade a Deus, e essa fidelidade começa do amor à batina até a entrega da morte, ou seja, sempre.

Exponha-se aos alunos o contributo dos Padres da Igreja oriental e ocidental para a Interpretação e transmissão fiel de cada uma das verdades da Revelação, bem como a história posterior do Dogma tendo em conta a sua relação com a história geral da Igreja. Depois, para aclarar, quanto for possível, os mistérios da salvação de forma perfeita, aprendam a penetra-los mais profundamente pela especulação, tendo por guia Santo Tomás, e a ver o nexo existente entre eles. Aprendam a vê-los presentes e operantes nas acções litúrgicas e em toda a vida da Igreja. Saibam buscar, à luz da Revelação, a solução dos problemas humanos, aplicar as verdades eternas à condição mutável das coisas humanas e anuncia-las de modo conveniente aos homens seus contemporâneos.

Optatam totius parágrafo 16 - disciplinas e seu método.
 
 
Do mesmo modo que convém ao postulante/noviço usar hábito, convém ao seminarista usar batina.

O postulante/noviço não sabe se vai professar os votos, ele pode sair do instituto, mas tem que se habituar às virtudes referentes à vocação à qual aspira.
 
É muito oportuno o questionamento sobre o uso da batina pelo seminarista ou não, mas com princípios inválidos, logo, conclusões equivocadas. Porém, algo de muito bom podemos tirar de tudo isso:

1°. Realmente o hábito eclesiástico é para clérigos (no caso dos diocesanos) e religiosos (aqui varia de comunidade religiosa à comunidade religiosa [...]).

2°. A infração de uma regra não pode tolher o uso, explico-me: se um seminarista, o qual não é clérigo, usa o hábito eclesiástico por veleidade, vaidade e afins, logo, não é por isso que não convenha o uso do mesmo, salvaguardando o legítimo uso com piedade, discrição etc.

Assim, penso que seja útil trazer um texto de Santo Tomás de Aquino que nos pode abrir horizontes.
 
A batina é um mau para quem não é clérigo?

 
Antes de mais nada, cabe-nos a clareza do que seja o mal em poucas palavras.

O grande Doutor da Igreja, Santo Tomás de Aquino, ensina-nos que "o mal enquanto mal não é algo nas coisas, mas é privação de algum bem particular, que inere a algum particular', e mais adiante explica que "algo se diz mau de dois modos":

1. simpliciter;

2. secundum quid;

Com respeito ao n° 1: Ora, dizemos que é mau simpliciter o que é mau em si. E isto se dá quando algo é privado de algum bem particular de que depende a sua perfeição, assim como a doença é um mal para o animal, por privá-lo da igauldade de humores que se requer para o perfeito ser do animal.

Com respeito ao n°2: Diz-se que é mau secundum quid o que não é maus em si, e sim com relação a outra coisa; uma vez que, evidentemente, não é privado de um bem de que dependa a sua perfeição, mas de um bem de que depende a perfeição de outra coisa, assim como o fogo é privado da forma de água, da qual não depende a perfeição do fogo, mas da perfeição da água; donde o fogo não ser mau em si, sendo mau porém, para a água.

Assim, a própria pena é boa simpliciter, mas é má para este pecador; e por isso se diz de DEUS que ELE cria o mal, mas dá a paz, já que a pena não contribui o apetite do pecador, mas para a paz contribui o apetite daquele que recebe a paz. Criar, no entanto, é fazer algo que não foi posto na existência por ninguém antes. E, assim, evidentemente, diz-se que o mal foi criado não enquanto mal, mas enquanto é bom simpliciter, e mau secundum quid.
 
O hábito eclesiástico contribui para a formação do candidato ao sacerdócio, auxilia-o na mortificação e na penitência, visto ser este o significado do hábito. Em poucas palavras, o hábito eclesiástico é uma mortuária, no dizer do Pe. Paulo Ricardo.
 
Basta para nós que a Igreja durante séculos utiliza deste método para formar os candidatos para sabermos que ele é salutar. A penitência e a mortificação fazem parte da vida clerical, assim como da religiosa¹. A razão para tal é de fundo teológico mesmo, ou melhor, do abandono da sã teologia.
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¹ As monjas do Carmelo não abandonaram seus hábitos e continuam morando neste belíssimo país tropical.

Ficou claro que a Batina, e/ou qualquer distintivo não é mau simpliciter, nem secumdum quid, né?! Sendo assim, pode a vontade de quem usa ser má, mas nunca a culpa será da batina e/ou do distintivo.

É bom lembrar que Santo Tomás de Aquino no De Malo diz que mesmo um tato de louvor/amor à DEUS pode ser mal, quando não é feito como se deve e quando se deve e da maneira que se deve. Logo, não é o amor ou o louvor que é mal, sem sem si mesmo (simpliciter), nem com relação a algo (secundum quid), mas a vontade do operante.


Para os que querem seguir as normas da Igreja, mesmo quando ela não nos obriga mas apenas aconselha: na Diocese de Roma os seminaristas utilizam o hábito eclesiástico na admissão.
 
O Padre Paulo Ricardo disse-nos: "o hábito eclesiástico me protege de mim mesmo!", observando como a concupiscência fica inibida pela penitência trazida pelo hábito eclesiástico.

Os seminaristas precisam desta penitência e mortificação também? A resposta é evidente e nem sequer precisa pelo artigo ser exposta.
 
A Igreja obrigou sim o uso do hábito para seminaristas, e ainda é ao menos na forma extraordinária. Se forma ordinária não é obrigatório, isso é devido ao espírito conciliar condenado por Josef Ratzinger em seus inúmeros escritos. Devemos ser fiéis à letra do Concícilio e não ao seu espírito, o qual é revolucionário (como afirma Nicola Bux) e de ruptura (Josef Ratzinger, o qual continua afirmando isso depois de Papa).

É necessário esclarecer que o uso da batina é impotante, até importantíssimo. Visto que a concupiscência é combatida com o uso do hábito, no calor, no frio, com a postura a ser testemunhada etc.

Contudo, é preocupante quando os entes acidentais são tratados como entes substanciais. Exemplo: Homem é quem tem cérebro. Logo, anacéfalo pode morrer; visto que um dos atributos do homem é a sua racionalidade, a qual os materialistas atribuem ao cérebro, e não à alma, como a razão pode demonstrar.

Usamos esta anologia para que possamos compreender que um sacerdote que não usa a batina, nem mesmo clergyman, está em desobediência (exceto no caso do clergyman), sim. Contudo, sua formação pode ter sido um tanto deficiente, e mesmo sua formação humana no seio de sua família, impedindo-o de ter atitudes de caráter enérgico. É necessário sermos compassivos, sem deixar de sermos autênticos e no tempo oportuno, levar seminaristas e sacerdotes de boa vontade a fazerem uso do hábito eclesiástico.

E que fique claro: o uso do hábito auxilia muitíssimo. E é por esta razão que a Santa Madre Igreja nos ordena a usar as possibilidades descritas acima.

Esse é um dos benefícios da batina. Uma vez que a nossa memória e a nossa imaginação, duas das quatro faculdades internas de nossa complexidade intelectual, são estimuladas pelos sentidos externos: olfato, tato, gustação, audição e visão.

Tudo que auxilia os sentidos externos é excelente. E tudo o que os leva a imaginar outras coisas menos nobres, ou mesmo más em si mesmas, deve ser evitado.
 
 
"Não nos iludamos julgando servir o Evangelho se tentamos "diluir" o nosso carisma sacerdotal mediante um interesse exagerado pelo vasto campo dos problemas temporais, se desejamos "laicizar" o nosso modo de viver e de proceder, se apagamos até os sinais exteriores da nossa vocação sacerdotal. Devemos conservar o sentido da nossa singular vocação, e tal "singularidade" deve exprimir-se também no nosso vestuário exterior. Não nos envergonhemos! Sim, estejamos no mundo! Mas não sejamos do mundo!" Discurso do Papa João Paulo II ao clero romano

Se o seminarista não usa por piedade, por todos os fundamentos acima explicitados, mas usa por exibicionismo, por mero saudosismo, porque é "bonito" apenas, é mais conveniente que nem use." É melhor que saia do seminário, pois a fashion-week não é para seminaristas.
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Fonte: Tradição em foco com Roma -  por David A. Conceição

Padre Pio nos explica a Santíssima Trindade

Salve Maria,
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Tradução: Carlos Wolkartt

Em abril de 1920, Padre Pio recebe em seu confessionário uma jovem de 25 anos, que lhe diz: “Padre, o motivo de minha presença não é a confissão, mas o esclarecimento de algumas dúvidas que me atormentam. Perturba-me, sobretudo, o mistério da Santíssima Trindade”.

O padre, com palavras sensíveis, começou a dissipar as dúvidas: “Filha, quem pode compreender e explicar os mistérios de Deus? Chamam-se mistérios justamente porque não podem ser compreendidos por nossa pequena inteligência. Podemos formar alguma ideia com exemplos. Alguma vez já viste a preparação da massa para fazer o pão? O que faz o padeiro? Toma a farinha, o fermento e a água. São três elementos distintos: a farinha não é o fermento nem a água; o fermento não é a farinha nem a água; e a água não é a farinha nem o fermento. Misturam-se os três elementos e se forma uma só substância. Portanto, três elementos distintos formam, juntos, uma só substância. Com essa massa, se faz três pães que têm a mesma substância, mas possuem formas distintas um do outro. Isto é, três pães distintos um do outro, porém uma única substância.

Assim se diz de Deus: Ele é Uno na natureza, Trino nas pessoas iguais e distintas uma da outra. O Pai não é o Filho nem o Espírito Santo; o Espírito Santo procede do Pai e do Filho. São três pessoas iguais, porém distintas. Contudo, é um só Deus, porque única e idêntica é a natureza de Deus”.
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Papa “profundamente magoado” por críticas oriundas da Igreja de sua terra natal.

Salve Maria,
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Castel Gandolfo, 3 de agosto de 2012: Dançarinos com
roupas típicas da Bavária se apresentam ao Papa.
O Papa Bento XVI “está profundamenea magoado” pela forma negativa com que a Igreja da Alemanha parece tê-lo em consideração, de acordo com o núncio do Vaticano na Alemanha.

Dom Jean-Claude Périsset acrescentou que a “rejeição” dos Católicos alemães ao Papa Bento XVI lhes causava ainda mais danos que o próprio Papa.

“É uma grande perda para a Igreja Católica na Alemanha que ela dê tão pouca atenção ao Papa”, afirmou. Em uma entrevista ao semanário alemão Christ & Welt ele declarou: “Cada um vem com a sua própria opinião e acha que sabe mais [que o Papa]“.

A Igreja alemã tem progressivamente se tornado crítica ao Papa Bento XVI. Bispos lamentam “informantes” conservadores, a rejeição do Vaticano II pela Fraternidade São Pio X (FSSPX) e a nova tradução do Missal.
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Frases famosas da Bíblia em Português e Latim

Salve Maria,

Achei muito interessante, uma lista que encontrei no blog "Praecones Latine - Latin Site" com 10 frases famosas da Bíblia, nas versões Português - Latim, portanto, resolvi trazê-la para vocês.

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1. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos”.

“Maiorem hac dilectionem nemo habet, ut animam suam quis ponat pro amicis suis”
(Jo 15,13).


2. “Em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou”.

“In his omnibus supervincimus per eum, qui dilexit nos”.
(Rm 8,37)


3. “O temor a Deus é o começo de seu amor, e a ele é preciso acrescentar um princípio de fé”.

“Timor Dei initium dilectionis eius; fides autem initium adhaesionis ei”.
(Eclo 25,16)


4. “Que o sábio escute, e aumentará seu saber, e o homem inteligente adquirirá prudência”.

“Audiat sapiens et addet doctrinam, et intellegens dispositiones possidebit”.
(Pr 1,5)


5. “O amigo ama em todo o tempo: na desgraça, ele se torna um irmão”.

“Omni tempore diligit, qui amicus est, et frater ad angustiam natus est”.
(Prov 17,17)


6. “Pois há amigos em certas horas que deixarão de o ser no dia da aflição. [...] há amigo que só o é para a mesa, e que deixará de o ser no dia da desgraça. [...] Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro. Nada é comparável a um amigo fiel, o ouro e a prata não merecem ser postos em paralelo com a sinceridade de sua fé. Um amigo fiel é um remédio de vida e imortalidade; quem teme ao Senhor, achará esse amigo. Quem teme ao Senhor terá também uma excelente amizade, pois seu amigo lhe será semelhante”

“Est enim amicus secundum opportunitatem suam et non permanebit in die tribulationis [...] Est autem amicus socius mensae et non permanebit in die necessitatis [...] Amicus fidelis protectio fortis; qui autem invenit illum, invenit thesaurum. Amico fideli nulla est comparatio, et non est ponderatio contra bonitatem illius. Amicus fidelis medicamentum vitae, et, qui metuunt Dominum, invenient illum. Qui timet Deum, aeque habebit amicitiam eius, quoniam secundum illum erit amicus illius”.
(Eclo 6,8.10.14-17)


7. “A graça é falaz e a beleza é vã; a mulher que teme o Senhor é a que se deve louvar”.

“Fallax gratia et vana est pulchritudo; mulier timens Dominum ipsa laudabitur”.
(Prov 31,10)


8. “Não imitarei aquele a quem a inveja consome, porque esse tal não tem nada a ver com a Sabedoria”.

“Neque cum invidia tabescente iter habebo, quoniam ista non erit particeps sapientiae”.
(Sb 6,23)


9. “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria! A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. [...] Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade. Porém, a maior delas é a caridade”.

”Si linguis hominum loquar et angelorum, caritatem autem non habeam, factus sum velut aes sonans aut cymbalum tinniens. Et si habuero prophetiam et noverim mysteria omnia et omnem scientiam, et si habuero omnem fidem, ita ut montes transferam, caritatem autem non habuero, nihil sum. Et si distribuero in cibos omnes facultates meas et si tradidero corpus meum, ut glorier, caritatem autem non habuero, nihil mihi prodest. Caritas patiens est, benigna est caritas, non aemulatur, non agit superbe, non inflatur, non est ambitiosa, non quaerit, quae sua sunt, non irritatur, non cogitat malum, non gaudet super iniquitatem, congaudet autem veritati; omnia suffert, omnia credit, omnia sperat, omnia sustinet. [...] Nunc autem manet fides, spes, caritas, tria haec; maior autem ex his est caritas”.
(1Cor 13,1-7.13)


10. “De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo? Se a um irmão ou a uma irmã faltarem roupas e o alimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, mas não lhes der o necessário para o corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras. Crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios crêem e tremem. Queres ver, ó homem vão, como a fé sem obras é estéril? Abraão, nosso pai, não foi justificado pelas obras, oferecendo o seu filho Isaac sobre o altar? Vês como a fé cooperava com as suas obras e era completada por elas. Assim se cumpriu a Escritura, que diz: Abraão creu em Deus e isto lhe foi tido em conta de justiça, e foi chamado amigo de Deus. Vedes como o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé? Do mesmo modo Raab, a meretriz, não foi ela justificada pelas obras, por ter recebido os mensageiros e os ter feito sair por outro caminho? Assim como o corpo sem a alma é morto, assim também a fé sem obras é morta”.

“Quid proderit, fratres mei, si fidem quis dicat se habere, opera autem non habeat? Numquid poterit fides salvare eum? Si frater aut soror nudi sunt et indigent victu cotidiano, dicat autem aliquis de vobis illis: ” Ite in pace, calefacimini et saturamini “, non dederitis autem eis, quae necessaria sunt corporis, quid proderit? Sic et fides, si non habeat opera, mortua est in semetipsa. Sed dicet quis: ” Tu fidem habes, et ego opera habeo “. Ostende mihi fidem tuam sine operibus, et ego tibi ostendam ex operibus meis fidem. Tu credis quoniam unus est Deus? Bene facis; et daemones credunt et contremiscunt! Vis autem scire, o homo inanis, quoniam fides sine operibus otiosa est? Abraham, pater noster, nonne ex operibus iustificatus est offerens Isaac filium suum super altare? Vides quoniam fides cooperabatur operibus illius, et ex operibus fides consummata est; et suppleta est Scriptura dicens: ” Credidit Abraham Deo, et reputatum est illi ad iustitiam “, et amicus Dei appellatus est. Videtis quoniam ex operibus iustificatur homo et non ex fide tantum. Similiter autem et Rahab, meretrix nonne ex operibus iustificata est suscipiens nuntios et alia via eiciens? Sicut enim corpus sine spiritu emortuum est, ita et fides sine operibus mortua est”.
(Tg 2,14-26)

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E para você? Quais são as mais belas frases da Bíblia?

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FIDELIDADE A IGREJA CATÓLICA, UM PROBLEMA URGENTE!!!

Salve Maria,
 
Trago hoje um artigo que recebi via e-mail de um seminarista da diocese de Cachoeira do Sul-RS, em que ele fala sobre o celibato dos padres e dos seminaristas. Aos leigos vale à pena ler pois vos viram muitas dúvidas; aos padres e seminaristas vale à pena ler para que repensem e permaneçam firmes na Missão para a qual foram chamados!
 
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Ha algum tempo, algumas controvérsias tem surgido na Igreja Católica sobre a questão do celibato do padre e do seminarista.

Do seminarista sim!!! Isso parece estranho, mas não. Apesar de que muitas vezes se parece que seminarista é “livre” ( no sentido sujo do termo) - de maneira alguma - a fidelidade faz parte de nossa vida. Somos celibatários,não solteiros, abrimos mão de uma vida conjugal, decidimos consagrar nosso corpo e todo nosso ser a Deus.

Mas, amigo e amiga: se você ver aí um seminarista num “clima feliz” com uma mocinha, não se assuste, a infidelidade por aqui não é algo raro (infelizmente).

As responsabilidades começam na formação sacerdotal. Sei que o relativismo atual e a depreciação de valores dentro da vida eclesial estão afrouxando as rédeas da fidelidade, até mesmo nos meios religiosos.

Estamos entrando numa época em que parece que “tudo pode”, então você que acredita nos verdadeiros valores da vida, prepare-se para se decepcionar com pessoas que você jamais pensou que um dia ia se decepcionar.

Porque trago esse assunto. Estou falando de celibato porque me questionaram se realmente nós seminaristas somos fiéis, por sermos jovens, “bonitos” ( aí já não sei...) cheios do instinto carnal.

[...]

Bem, primeiro, se algum seminarista achar que necessita de um amor feminino desesperadamente, então saia do seminário e constitua uma família. Melhor decepcionar os que esperavam que ele fosse sacerdote do que sujar o nome da Igreja Católica, como esta acontecendo “de monte” em muitos lugares.

Fico impressionado com pessoas que dizem: “ Há, se os padres pudessem casar, teríamos mais padres na Igreja”. Minha gente, se algum padre é padre, o é porque quis, ninguém é forçado a nada e ele sabia que deveria ser fiel de corpo e alma à Igreja!

Assim como eu estou aqui querendo ser sacerdote porque acredito ser essa minha vocação, mas não sou forçado a estar aqui e carregar o “peso” de não poder ter uma menina ( “peso” , utilizei essa palavra porque é o termo que muitos usam, inclusive padres).

Então minha gente, nossa opção é livre. Assumimos abrir mão do amor de uma mulher por amor a uma causa maior. Abrimos mão do amor feminino para servir totalmente a Deus e para nos configurarmos mais perfeitamente a Cristo.

Agora outra coisa:

CELIBATO não é solteirice!!!

Não somos solteiros, somos celibatários. Vamos falar aqui uma linguagem besta, mas talvez seja mais fácil de se entender: é como se fossemos “casados” com a Igreja, então se algum padre ou seminarista ser infiel tendo junto de si uma mulher ou uma menina, ele comete o pecado do adultério tanto quanto o marido ou a mulher!!!

Então, não entendo o porquê muitos dizem que deve ser difícil ser fiel à Igreja e não ter um relacionamento. Respondo: é tão difícil ser fiel para nós como o marido ser fiel à sua mulher e sua mulher a ele.

Então dificuldade existe em toda parte. Se eu desistir de ser padre e procurar o matrimônio, lá vou ter de ser fiel tanto como eu deveria ser como sacerdote.

Não sei se ficou claro isso, mas a fidelidade no sacerdócio é igual a do matrimônio. Muitas pessoas olham para nós com pena porque acham que somos uns desanimados da vida, por não ter uma namorada. Não!

Estamos aqui por uma opção pessoal, não somos forçados, se quisesse e achasse necessidade urgente de ter uma namorada, sairia do seminário e iria buscar o matrimônio.

Mas se aqui estamos é porque acreditamos na graça de Deus que vai nos ajudar a sermos fieis a nossa vocação.

É difícil?

Com certeza, são muitas as tentações, mas quando a vontade é maior, quando a vida de oração, de penitência, está fortificada, nada pode impedir de ser fiel, embora possamos cair muitas vezes, como no matrimonio.

Então você pode perguntar: porque toda essa conversa aí sobre padre casar e tudo mais?

Respondo:

Como estamos num ambiente tomado pelo liberalismo e pelo marxismo, se instaurou um clima de liberalidade, não existe mais pecado, tudo pode, “Deus é amor”, porque andar com medo de pecar? Se infiltrou na Igreja uma mentalidade mundana e demoníaca de igualar o sacerdote, ao povo. Logo, o padre vive exatamente como o povo; esqueceu-se do que São Paulo escreveu na carta aos hebreus: “O sacerdote é TIRADO do meio do povo”.

Logo, muitos sacerdotes vivem uma vida mundana e os seminaristas... pior ainda.

Aí pergunto: como ser fiel se vive assistindo porcaria na televisão, programas e filmes subversivos, onde a vida de oração e de penitencia já perdeu a importância, onde o importante é ir pra pizzaria encher “a pança” e ficar ate altas horas vendo as meninas passar?

É claro, enche-se a cabeça de porcaria, de imaginações; logo, vai-se achar mesmo o celibato uma coisa pesada, injusta, imposta por aquele papa velho que nem bate bem da cabeça.

É isso que falam muitos seminaristas e alguns padres, que nem sei como não tem vergonha de se dizer padres! Se você não quer comer, para que ficar manuseando o cardápio? Assim diria padre Paulo Ricardo!

Se um seminarista vive só de papinho dia e noite com as mocinhas no MSN, vive só olhando as situações imaginativas que o demônio coloca na televisão, se fica infiltrado demais no meio feminino, logo, de tanto ver a comida, vai dar vontade de comer (desculpe a linguagem). É a lógica: não quer se queimar, não mexa com fogo!

Gente boa, nós somos pecadores como todos, somos humanos, mas já não podemos fazer tudo o que o “povão” faz! Mas colocar isso na cabeça liberalista de nossa realidade eclesial é diííicil!
Não podemos ter uma vida igual à de todo mundo, somos consagrados a Deus. Mas esta igualdade já está gerando frutos, e bem visíveis, se quisermos ser iguais ao povo, iremos fazer tudo, mas TUDO mesmo que o povo faz, aí é o fim!!!

Mas como Jesus disse que jamais o inferno iria transpor as portas da Igreja, fico mais tranquilo.
Minha gente, celibato é uma opção de amor, abrimos mão do amor feminino por algo muito maior, sei que para o mundo que fala , sonha, cheira e vive de sexo, o que fizemos parece loucura, mas acreditamos que a vida é mais do que isso, que a beleza da sexualidade esta além do sexo!
Diria padre Paulo: o que falta é fé!

Só isso: falta fé em muitos corações, inclusive em muitos corações de padres e seminaristas! O celibato é intervenção de Deus, mas para muitos religiosos, Deus é um ser que só existe lá na Igreja, tem muito padre que é padre só lá diante do altar, dentro da Igreja, por isso que estamos nessa situação.

E você pode me perguntar: Mas Robson, e você? É certinho assim, não comete esses deslizes?
E eu novamente, respondo: Bem, primeiro quero dizer que não sou um monge que vivo no deserto fazendo minha própria vida, essa realidade da qual falei é que vivo as vezes, vivo aqui nesta realidade, não em um mundo perfeito de onde olho e me apavoro de tudo isso. Não. Que isso não seja desculpa, estou nesse barco, também tenho de dançar a dança que se dança ao meu redor, não tenho como fazer meu mundo particular, claro que não sou obrigado a ser infiel e cometer coisas que sei que não são corretas, mas... o meio social às vezes nos obriga a fazer coisas que nem sempre estamos de acordo, não sei se me entendem.

Sou pecador, e muitas criticas que fiz aqui, vivi-as na pele, por isso não quero ficar “baixando a lenha” nos outros, mas isso tudo serve também para mim, pois precisamos lutar pela nossa santidade pessoal.
Enfim minha gente, se quisermos realmente, como consagrados a Deus, viver o celibato, viver a santidade, ser fiel de verdade a missão que assumimos, temos de viver uma vida ascética, ou seja, uma vida voltada para as coisas de Deus, viver no mundo, sem medo de sermos taxados de ortodoxos, conservadores, mas não sendo um reprodutor de modelos mundanos, como infelizmente fazem muitos sacerdotes e seminaristas.

Portanto, respondendo a questão, tem muito padre e seminarista infiel sim, que no altar faz belo sermão e depois vai para “a noite”, fazer outras coisas bem piores do que vocês imaginaram aí.
Mas gente, isso também não pode escurecer a santidade de vida e a fidelidade de outros, que talvez sejam poucos, que vivem no silêncio, mas que demonstram a verdadeira identidade da Igreja Católica. Não vamos julgar todos pelo que alguns aprontam, ou talvez muitos, mas lembremos de que existem sim, seminaristas e padres (podem ser poucos, mas existem) que lutam pela fidelidade e que tem amor a causa que assumiram.

Enfim: o celibato não é uma cruz que carrego, mas uma opção que fiz, sou feliz sem ter uma namorada, sou feliz em consagrar todo a minha vida, em consagrar meu corpo e todo meu ser somente a Deus.

Gente, rezem por nós, termino pedindo isso, rezem pela gente, rezem pela Igreja, ela necessita de muitas orações.

Obrigado!

Seminarista Robson Dias
2º ano de Filosofia
Diocese de Cachoeira do Sul / RS

Diocese exige pedido de desculpas!

A diocese de Cheju exigiu um pedido de desculpas oficial depois de cerca de 20 policiais interromperam uma missa de ontem em Jeju Island. Os policiais foram abrindo caminho para um caminhão de cimento para entrar no canteiro de obras de uma nova base naval controversa.

Padre Bartolomeu Mun Jung-hyun, que estava presidindo a Missa às portas do local, foi jogado ao chão, enquanto administrar a comunhão. Alega-se que um policial também pisou sobre a Eucaristia.

Padre João Ko Buyeong-soo, presidente da Comissão de Cheju diocese para a Justiça e Paz, visitou o local logo após a perturbação.

Ele disse ucanews.com que iria exigir uma explicação e um pedido de desculpas da polícia.

"Para pisar ou danificar a Eucaristia é um insulto para os católicos", disse ele.

A Agência de Polícia Jeju Provincial emitiu ontem um comunicado de imprensa no qual negou qualquer irregularidade.

"Não houve força violenta jogando Pe. Mun para o chão ou pisar sobre a Eucaristia", disse o comunicado.

Woo Jeong-sik, chefe dos inspetores de polícia Jeju, disse mais tarde que não ficou claro se o P. Mun foi derrubado e acrescentou: ". O policial que supostamente pisou na Eucaristia disse que não fazê-lo"

Mas Cheong Seon-nyo, chefe da missão estação Gangjeong, disse ucanews.com ontem que ela estava com o Pe. Mun quando ocorreu o incidente.

"Vi claramente um passo policial sobre a Eucaristia que tinha caído no chão", disse ela.

A construção da base naval na ilha de Jeju, que vai se tornar o lar de uma nova frota de 20 navios de guerra e outras embarcações, provocou protestos vigorosos dos residentes locais, ativistas ambientais e líderes religiosos.

Os manifestantes dizem que o projeto causaria danos irreparáveis ao ecossistema da ilha, que é um destino turístico popular e um Património Mundial da UNESCO.
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Salve Maria caros leitores...

Tenho uma notícia para todos:

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Fiquemos com Deus.

Cerimoniário

Salve Maria,

Sabendo da dúvida de muitos dos nossos leitores (principalmente de todos as pessoas envolvidas com a celebração da Santa Missa -coroinhas, MECEs, etc.), resolvi ir atrás de um maior esclarecimento sobre as funções e atribuições do Cerimoniário. Segue as dúvidas mais frequentes.

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O que é cerimoniário?
Cerimoniário é um dos ofícios da liturgia no rito romano, assim como os diáconos, os acólitos, o sacristão, etc. Sua função é fazer com que a celebração brilhe pelo decoro e ordem, para isso o cerimoniário deve trabalhar em íntima colaboração com o sacerdote celebrante e as demais pessoas que tem por função coordenar as diferentes partes da celebração: o sacristão, o regente do coro, o coordenador dos acólitos, etc.

O cerimoniário deve ser perfeito conhecedor da liturgia, suas leis e preceitos, sua história e sua natureza. Deve levar em conta na preparação e na execução da cerimônia, não apenas sua organização de forma prática, mas também o aspecto pastoral. Nao deve perder de vista a tradição litúrgica da Igreja universal e os pios costumes da Igreja particular.

Cerimoniário é a mesma coisa que Mestre de Cerimônias?
Não necessariamente. Mestre de Cerimônias é o primeiro dentre os cerimoniários. Geralmente as dioceses tem um mestre de cerimônias oficial, mas cada celebração pode ter seu mestre de cerimônias. No Vaticano, o Mons. Guido Marini é o mestre de cerimônias litúrgicas pontificais; além dele, existem outros onze cerimoniários.

Mons. Guido Marini (o sexto da direita para a esquerda) como colégio de cerimoniários do Sumo Pontífice em 2009

Quem pode ser cerimoniário?
Atualmente, não há nenhuma restrição acerca de quem possa ser cerimoniário, basta ser perfeito conhecedor da liturgia e suficientemente esclarecido acerca da necessidade pastoral. Podem ser presbíteros, diáconos ou leigos; existem casos até de um arcebispo desempenhando tal ofício.

Quantos devem ser os cerimoniários?
Não existe uma quantidade determinada de cerimoniários, mas sabe-se que não devem ser muitos, principalmente nas celebrações paroquiais. Afinal de contas, trata-se de um ministério que tem como principal função coordenar as diferentes partes da celebração; e não parece muito eficaz que em uma celebração haja mais pessoas coordenando do que exercendo outros ministérios.

Cerimoniário é Acólito?
Ainda que para muitos a diferença entre um e outro seja clara, cabe esclarecer a quem veja "cerimoniário" como um nome mais belo para a função de acólito. Acólitos, ainda que não instituídos, são todos aqueles que servem ao celebrante e os diáconos na missa; são os acólitos que exercem as funções de turiferário, naviculário, cruciferário, ceroferários, baculífero, mitrífero, librífero, etc.

Os cerimoniários são aqueles que coordenam as celebrações, não apenas os ministério dos acólitos, mas todas as suas partes. Apresentam-se, naturalmente, em numero muito inferior ao dos acólitos e desempenham papéis diferentes deles. Nada impede, entretanto, que alguém que sirva ordinariamente como acólito, oficie como cerimoniário nas ocasiões paroquiais mais solenes.

O que veste o cerimoniário?
O cerimonial dos bispos diz que o cerimoniário se veste com alva (pode ser acompanhado por alva e amito) ou com veste talar e sobrepeliz. Num ou noutro caso, seria conveniente que a veste dos cerimoniários se distinguissem, ao menos em algum detalhe da veste dos acólitos.

O cerimonial diz ainda que se quem exerce a função de cerimoniário for da ordem dos diáconos pode vestir-se da forma habitual para os diáconos oficiantes, com dalmática. Creio ser um pouco inapropriada esta vestimenta, pois a função dos diáconos é distinta da função dos cerimoniários, assim seria muito propício que se diferenciassem também pelas vestimentas.

Temos, ainda, o costume de, se o mestre de cerimônias é presbítero (ou, eventualmente, bispo), vista a estola para, junto com o presbitério e o bispo, confeccionar o crisma ou para o momento de impor as mãos durante a ordenação presbiteral.

Quais as funções do cerimoniário?
A função do cerimoniário deve iniciar-se bem antes da missa, verificando quais são os próprios da missa, quais partes serão cantadas, etc. Também é dever dos cerimoniários zelar para que algum possível livreto produzido para a celebração contenha os textos litúrgicos corretos e adequados àquela celebração.

Feito isso, combinar as funções com cada um daqueles que exerce algum ministério na celebração, por exemplo, se vamos usar o rito de bênção e aspersão de água benta, devemos avisar os acólitos para preparar a caldeira e o hissopo e os cantores para que cantem vidi aquam ou algum outro canto adequado para o rito de asperção.

Nas procissões, não existe um lugar definido para os cerimoniários, eles devem se dividir ao longo dela a fim de auxiliar na movimentação de todos os ministros. Podem se colocar à frente do turiferário, guiando a procissão; um pouco atrás do celebrante, principalmente se for bispo, para cuidar das insígnias; podem se colocar à frente do concelebrantes, guiando-os para seus lugares que são distintos dos outros ministros. Podem ainda auxiliar o celebrante a subir ou descer os degruas, se for necessário. Podem atuar ainda na procissão das oferendas e do evangelho.

Dois dos cerimoniários pontifícios acompanhando o papa, um pouco atrás na procissão de entrada.

Os cerimoniários podem auxiliar na incensação, segurando a casula do celebrante para que não toque no turíbulo. E mesmo que não se segure a casula, o mestre de cerimônias, junto com o primeiro diácono acompanha o celebrante na incensação do altar.

Cerimoniário auxiliando um bispo durante a incensação do altar.

Mudam as páginas do missal, tanto quanto o librífero leva o livro até a cátedra, quanto no altar.

Mons. Guido Marini mudando as páginas do Missal no altar.
Mons. Guido Marini mudando as páginas do Missal cátedra

É, também, função do cerimoniário por e retirar as insígnias do bispo e entregá-las aos acólitos-assistentes.

Retirando a Mitra do Papa.

Não estando o cerimoniário realizando nenhuma outra função, deve-se ter um ou dois cerimoniários juntos do celebrante para lhe servir em pequenas funções ou resolver algum imprevisto que surja durante a celebração.


O que não é função do cerimoniário?
Os cerimoniários não devem tomar as funções dos diáconos ou dos acólitos. Não devem segurar as pontas do pluvial nas procissões, preparar o altar, purificar os vasos sagrados, portar o Santíssimo Sacramento, etc.


Existe algum manual para o cerimoniário?
Tendo em vista que o cerimoniário deve ser "perfeito conhecedor da sagrada liturgia", creio que produzir um manual, como se faz para os coroinhas, para os MECE, pode ser danoso ao exercício dessa função. Dois grandes documentos sobre liturgia que fornecem um material muito rico para o estudo litúrgico e são indispensáveis para qualquer cerimoniário são o Cerimonial dos Bispos e a Introdução Geral do Missal Romano. Mas o cerimoniário deve buscar outros documentos no exercício de sua função e manter-se sempre atualizado.

Um costume antigo
É costume antigo, presente na forma extroardinária que também se pode manter na forma ordinária, que tudo que o celebrante pegue, seja pelas mãos do cerimoniário e que, ao entregar ou beijar o objeto beije a mão do celebrante e o objeto. Ao entregar um objeto, beija primeiro o objeto e depois a mão, ao pegar, primeiro a mão e depois o objeto.

Cerimoniário osculando o anel do Santo Padre (oscula-se também o anel do bispo ou a mão quando o celebrante é um padre) ao pegar de volta o hissope
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Fonte: Matéria retirada do blog Salvem a Liturgia

Tarcísio!


Na escuridão,
Pequeno vulto.
- Que leva oculto
No coração?

Logo outro vulto,
Também oculto,
O vai seguindo
Na escuridão.

E vai pensando:
- Que leva ele,
Que leva oculto
No coração?

Já outro vulto
Ao que seguia
Veio juntar-se
Na escuridão.

- Que leva oculto
(Os dois se dizem),
Que leva oculto
No coração?

Já outro e outro
Qual procissão,
Seguem Tracísio
Na escuridão...

- Na aurora agora,
Não mais oculto
Que levas (dize!),
Pequeno vulto?

Vulto calado,
Vulto embuçado,
Que não responde,
Mas algo esconde
No coração...

- Leva um tesouro?
Leva um poema?
Uma invenção...

E atrás o seguem,
Atrás prosseguem,
Atrás perseguem
Os outros vultos.

- Será leiteiro,
Será padeiro,
Ágil menino
Tão de manhã?!

Ah! se não falas,
Ah, se te calas,
As próprias pedras
Irão gritar...

Não vês acaso
Os que te seguem
Algo apanhando
No rude chão?

Que levas (dize,
Ah! dize logo!)
Tão em segredo
No coração?

Todo calado,
Todo enbuçado,
Vai o menino
Na solidão.

Parte a primeira,
Parte a segunda,
Terceira pedra
O vem prostrar!

Mesmo caído,
Até ferido,
Tu te obstinas
Em não falar!

Pequeno vulto,
Agora oculto
Por sobre as pedras
(Tantas lamçaram!).
Ninguém queria
Fazer-te mal...

É sempre assim,
Irrefletida,
Cega, incontida,
A multidão.

Por que não disseste
O que levavas,
O que levavas
No coração?

(O que levavas
Leva-te agora
Em plena aurora,
Em pleno dia...)

Tiram as pedras,
Vão procurando,
Vão pesquisando
Na confusão.

- Onde o poema,
Onde o tesouro,
Onde a invenção?
Que ele elvava,
Que ele ocultava
No coração?

Mas nada encontraram.
Pois sob as pedras,
Por sobre o pó,
Tão esmagados,
Grãos triturados,
Tarcísio e Cristo
Já são um só!

Dom Marcos Barbosa, OSB

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"Se não pode ser reformado, este grupo não tem o direito de continuar a existir"

Cardeal Burke
WASHINGTON, D.C., 10 de agosto de 2012 – Um alto prelado do Vaticano lançou nova artilharia no esforço do Vaticano em reformar a LCWR [n.t.: algo como Conferência das Lideranças das Religiosas], com o aviso de que a perniciosa organização pode vir a ser fechada se ela falhar em implementar as reformas exigidas pela Igreja.

“Se ela não pode ser reformada, então não tem o direito de continuar a existir”, afirmou o Cardeal Burke, prefeito da Assinatura Apostólica do Vaticano, ao jornalista Raymond Arroyo da rede de televisão católica EWTN, numa entrevista na última quinta-feira.

“Como é possível que estas religiosas consagradas que prometeram seguir a Cristo (…) se oponham ao que pede o Vigário de Cristo? É contraditório”, afirmou.

A Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) lançou a reforma da LCWR em abril com um duro e direto documento levantando sérias questões doutrinais com o grupo, incluindo seu fracasso em defender o ensinamento da Igreja a respeito da homossexualidade, da ordenação de mulheres e do direito à vida. A organização representa cerca de 80% das 57.000 religiosas americanas [Nota do Fratres: curiosamente, as ordens afiliadas à organização "alternativa" à LCWR, a CMSWR -- Conselho das Superioras Maiores das Religiosas --, que defende o uso do hábito, o ensinamento da Igreja sobre o casamento, aborto, ordenação de mulheres, etc, apesar de ter 15 vezes menos comunidades membros, recebe 4 vezes mais canditadas à vida religiosa].

O Cardeal William Levada, então prefeito da CDF, advertiu em junho que a LCWR poderia perder seu reconhecimento se falhasse em implementar as reformas.

“A questão é: você pode ser católico e ter uma mente questionadora? É isso que estamos perguntando”, afirmou em julho a irmã Pat Farrell, presidente da LCWR, numa entrevista a uma estação de rádio. “Este mandato (….) nos coloca numa posição de estarmos sob o controle de certos bispos, isso não é diálogo. Ao contrário, parece um fechamento ao diálogo”.

“O ensino e a interpretação da fé não podem permanecer estáticos e realmente precisam ser reformulados, repensados sob a ótica do mundo em que vivemos”, continuou.

Em sua entrevista para a EWTN, o Cardeal Burke disse ao jornalista Arroyo que o problema é simplesmente uma questão das irmãs permanecerem fiéis aos seus votos. “Religiosas consagradas (…) estão unidas ao Vigário de Cristo por um laço muito significativo, pois elas professaram (…) seguir Cristo de modo exemplar e, dessa forma, ser fonte de força e inspiração para o Povo de Deus”, ele explicou.

“A questão agora é a conversão à verdadeira natureza da vida religiosa e à grata e humilde aceitação do que o Santo Padre está pedindo através de seus representantes, bem como a reforma da organização”, completou.

O prelado também notou que poucas pessoas se dão conta de que, na verdade, a Santa Sé na verdade, fundou a LCWR em 1956. Assim, o Cardeal Burke perguntou, “Por que o Vaticano não deveria ter o direito de dizer ‘Olhe, esta organização não está cumprindo a missão para a qual nós a fundamos’?”.
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Fonte: Post importado do Fratres in Unum

Ser Padre...

Salve Maria,

Ontem (4 de agosto) a Igreja celebrou o dia de São João Maria Vianney - padroeiro dos padres. Junto com o dia de São João Maria, a Igreja também comemorou o dia do padre. Como uma homenagem do nosso Blog à todos os padres que virem o nosso blog, segue abaixo um ótimo vídeo de motivação sacerdotal.

São João Maria Vianney, rogai por todos e cada um de todos os padres do mundo!

São Pedro Julião Eymard


Salve Maria.

Hoje é dia em que a Santa Igreja celebra o dia de São Pedro Julião Eymard (apóstolo da Eucaristia e propagador do culto solene à Jesus Sacramentado). Posto hoje a história desse Santo, também como um ato cingelo de gratidão à Sociedade dos Servos da Eucaristia. Foi lá que conheci São Pedro Julião, e é lá (também) que a obra desse santo tão importante para a Igreja, continua viva até hoje, e se Deus quiser e abençoa-los essa obra se perpetuará.
Que Deus abençoe à todos os Padres, mas no dia de hoje em especial aos Padres e seminaristas dessa congregação que ainda é de direito diocesano, mas se Ele quiser chegará à ser de Direito Pontifico, para a maior honra e glória do Senhor.


 São Pedro Julião Eymard
Comemoração dia 03 de agosto

São Pedro Julião nasceu em 1811, em La Mure d’Isère, cidadezinha na diocese de Grenoble. O pai exercia a profissão de cuteleiro, e Pedro Julião trabalhou no ofício do pai e numa fábrica de azeite, até a idade de 18 anos. Nas horas de folga, estudava latim e teve algumas aulas com um sacerdote de Grenoble, para o qual trabalhou durante algum tempo, e em 1831 foi para o seminário de Grenoble. Foi ordenado lá, em 1834, e durante os cinco anos seguintes exerceu o ministério sacerdotal nas paróquias de Chatte e de Monteynard. O que pensavam dele vem expresso nas palavras do seu bispo, Monsenhor de Bruillard, quando o Abade Eymard lhe pediu permissão para ingressar na Congregação dos Maristas: “Eu provo minha estima por essa congregação justamente ao permitir que um sacerdote assim como vós ingresse nela”. Após o noviciado, ele foi feito diretor espiritual do seminário menor em Belley, e em 1845, provincial da congregação em Lyon. O Santíssimo Sacramento sempre fora o centro em torno do qual girava sua vida; “sem ele, eu estaria perdido”, e num determinado domingo de Corpus Christi, ao levar a Hóstia em procissão, ele teve uma experiência gratificante: “Minha alma ficou inundada de fé e amor a Jesus no Santíssimo Sacramento. Aquelas duas horas me pareceram apenas um instante. Depositei aos pés de Nosso Senhor a Igreja da França e do mundo inteiro, a todos os homens, a mim mesmo. Meus olhos se inundaram de lágrimas. Era como se meu coração estivesse sendo submetido a uma prensa de largar. Naquele momento, eu desejava que todos os corações estivessem dentro do meu e fossem abrasados pelo fogo do zelo de S. Paulo”.

Em 1851 o Pe. Eymard fez uma peregrinação até Notre-Dame de Fourvières: “Um pensamento só me dominava, e era este: que Jesus no Santíssimo Sacramento não tinha nenhuma instituição para glorificar o seu mistério de amor, cujo único objeto fosse a total consagração ao seu serviço. Deveria existir uma assim... Eu prometi a Maria que iria me consagrar a esse fim. Tudo estava ainda muito vago, eu não tinha a idéia de deixar a sociedade… Que horas eu passei lá!”. Os superiores o aconselharam que os seus planos até que estivessem mais maduros, e ele passou quatro anos em La Seyne. Durante esse tempo, ele recebeu incentivo do Papa Pio IX e o do Vem. João Colin, fundador dos Maristas, e decidiu-se a sacrificar sua vocação com a Associação de Maria e a dedicar-se a uma nova sociedade. Em 1856, com a aprovação do superior geral dos Maristas, ele apresentou o seu projeto da formação de uma instituição de sacerdotes-adoradores do Santíssimo Sacramento a Monsenhor de Sibour, arcebispo de Paris, e no final de doze dias repletos de ansiedade, o mesmo foi aprovado. Monsenhor de Sibour colocou uma casa à sua disposição, na qual o Pe. Eymard estabeleceu sua residência com um companheiro, e a 6 de janeiro de 1857, pela primeira vez, foi exposto o Santíssimo Sacramento em sua capela, e o Pe. Eymard fez sua pregação a um grande número de pessoas presentes.

Os primeiros membros da Congregação dos Sacerdotes do Santíssimo Sacramento foram o Pe. de Cuers e o Pe. Champion, começando eles com a exposição do Santíssimo três vezes por semana. As vocações foram lentas. Muitos eram os chamados, mas poucos os escolhidos. Eles tiveram dificuldades enormes. Tiveram que abandonar a primeira casa, e em 1858 conseguiram uma pequena capela no Faubourg Saint-Jacques, onde, durante nove anos, a graça de Deus foi derramada com tanta abundância, que o Pe. Eymard a denominou de “a capela dos milagres”. No ano seguinte, o Papa Pio IX emitiu um Breve cheio de elogios em favor da congregação, foi aberta mais uma casa em Marselha, e em 1862, uma terceira, em Angers. Por essa época, havia membros suficientes para estabelecer um noviciado regular, e a congregação se expandiu rapidamente. Os sacerdotes recitam o Ofício em coro e realizam todos os outros deveres do clero, subordinando-os ao seu ofício principal de manter a adoração perpétua ao Santíssimo Sacramento exposto, no qual eles têm a colaboração de irmãos leigos. Em 1858 o Pe. Eymard estabeleceu as Servas do Santíssimo Sacramento, irmãs essas que também têm a missão de consagrar-se à adoração perpétua e à difusão do amor a Nosso Senhor. E ele fundou a Liga Eucarística de Sacerdotes, cujos membros se comprometem a passar, tanto quanto possível, cerca de uma hora diária em oração diante do Tabernáculo. Mas o Pe. Eymard não limitou sua atuação somente ao clero e aos religiosos. Em sua Obra para os Adultos Pobres, ele apresentou perante a sua congregação a necessidade da preparação para a primeira comunhão de todos os adultos que não mais se encontram em idade de frequentar as aulas de catecismo na paróquia ou que não possam frequentar tais aulas, e ele organizou também a Arquiconfraria do Santíssimo Sacramento, cujo alcance é tão altamente estimado pela Igreja, a ponto de, através de uma lei canônica, estabelecer que se deve erigir em cada paróquia um dos seus ramos. Ele escreveu também inúmeros livros sobre a Eucaristia, os quais estão traduzidos em diversos idiomas.

Entre as dificuldades que assoberbavam a vida de S. Pedro Julião para criar sua fundação, uma das mais difíceis foi a critica hostil à qual foi submetido, logo no início da mesma, por ter ele deixado a Associação de Maria, e os detratores de sua obra não esperaram que ela tivesse início. Ele os desculpava, dizendo: “Eles não compreendem, e todos os que a ela se opõem estão lhe fazendo um benefício. Porque eu sei muito bem que ela precisa ser perseguida. Acaso Nosso Senhor não foi perseguido durante toda a sua vida?” Houve outras grandes dificuldades e desapontamentos, mas, apesar de tudo isso, a congregação foi aprovada pela Santa Sé, como ficou dito, durante a sua vida, e finalmente foi confirmada in perpetuum, em 1895. Ele era possuído de um admirável espírito de pietas: toda vez que visitava a casa da congregação em La Mure, ele fazia regularmente três “estações”: na fonte onde fora batizado, junto ao altar onde recebera a primeira comunhão e junto ao túmulo dos pais. E, novamente, em 1867: “Há quanto tempo desejei ver de novo a querida região da Chatte e de Saint-Romans”, cenas do início do seu ministério sacerdotal. O Pe. Eymard fora considerado um santo já desde aqueles dias, e durante toda a sua vida a impressão de sua santidade era cada vez mais reconhecida, em sua vida diária e em suas virtudes, em suas obras e através dos dons sobrenaturais que possuía. Por diversas vezes ele teve o conhecimento dos pensamentos das pessoas ausentes, lia o interior das almas, e mais e uma vez teve previsões proféticas. S. João Maria Vianney, que conheceu pessoalmente o Pe. Eymard, dele dizia: “Ele é um santo. O mundo obstaculiza a sua obra, mas sem o saber, pois ela fará grandes coisas para a glória de Deus. Adoração feira por sacerdotes! Que beleza! Digam ao bom PE. Eymard que eu rezarei todos os dias em prol de sua obra”.

Durante os últimos quatro anos de vida, S. Pedro Julião sofreu de reumatismo e de insônia, e os seus sofrimentos foram aumentando por dificuldades deprimentes. Numa ocasião, ele deixou entrever o seu desânimo. “Ele abriu o sue coração para nós”, escreveu o Pe. Mayet, em 1868. Dessa vez, disse ele, estou esmagado sob o peso da cruz, arrasado, aniquilado. Seu coração sentia a necessidade de procurar o consolo de um amigo, porque, como ele explicava, “tenho que carregar sozinho a minha cruz, de modo a não desanimar ou assustar os meus confrades”. O pressentimento da morte iminente era forte nele. “Eu retornarei mais cedo do que pensais”, foi sua resposta, quando a sua irmã insistiu com ele para que visitasse La Mure com mais frequência. Isso dói em fevereiro, e ele começou a percorrer os lugares em visita aos seus penitentes e a outros que o procuravam, falando-lhes como alguém que falava pela última vez. Em julho, ele ficou abatido, e o médico ordenou-lhe que deixasse Paris imediatamente. No dia 21, ele partiu de Grenoble numa carruagem rumo a La Mure. Fazia muito calor e chegou num estado de colapso e paralisia parcial. No dia 1º de agosto, ele faleceu. Realizaram-se milagres junto ao túmulo, antes d final daquele mesmo ano, e em 1925, Pedro Julião Eymard foi beatificado, sendo canonizado em 1962, durante o Concílio Vaticano II.

Existe um breve resumo da autoria de Lady Herbert, The Priest of the Eucharist (1898); uma vida excelente de J. M. Lambert, na série “Les Saints” (1925); uma biografia completa em francês de F. Trochu (1949), e uma outra em italiano de P. Fossati (1925). Veja-se também A. Bettinger, Pierre Julien Eymard et as Méthode d’Adoration (1927).
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Fonte: Vida dos Santos, vol. VIII Agosto, de Butler