Quarta-feira de Cinzas

A liturgia da Quarta-Feira de Cinzas recorda-nos nossa condição de mortais: "Memento homo quia pulvis es et in pulverem reverteris - Lembra-te, homem, de que és pó e ao pó hás de voltar" .... Neste início de Quaresma, procuremos, mais ainda do que a mortificação corporal, aceitar o convite que a Liturgia sabiamente nos faz, combatendo o amor próprio com todas as nossas forças. "Procurai o mérito, procurai a causa, procurai a justiça; e vede se encontrais outra coisa que não seja a graça de Deus". (Sto. Agostinho)

Ao receber daqui a pouco as cinzas sobre a cabeça, ouviremos mais uma vez um claro convite à conversão que pode expressar-se numa fórmula dupla: "Convertei-vos e acreditai no evangelho", ou: "Recorda-te que és pó e em pó te hás-de tornar".

Precisamente devido à riqueza dos símbolos e dos textos bíblicos, a Quarta-Feira de Cinzas é considerada a "porta" da Quaresma. De fato, a hodierna liturgia e os gestos que a distinguem formam um conjunto que antecipa de modo sintético a própria fisionomia de todo o período quaresmal. Na sua tradição, a Igreja não se limita a oferecer-nos a temática litúrgica e espiritual do itinerário quaresmal, mas indica-nos também os instrumentos ascéticos e práticos para o percorrer frutuosamente.

"Convertei-vos a mim de todo o vosso coração com jejuns, com lágrimas, com gemidos". (Joel 2,12). Os sofrimentos, as calamidades que afligiam naquele tempo a terra de Judá estimulam o autor sagrado a encorajar o povo eleito à conversão, isto é, a voltar com confiança filial ao Senhor dilacerando o seu coração e não as vestes. De fato, recorda o profeta, ele "é clemente e compassivo, paciente e rico em misericórdia e se compadece da desgraça" (2, 13). O convite que Joel dirige aos seus ouvintes também é válido para nós.

Não hesitemos em reencontrar a amizade de Deus perdida com o pecado; encontrando o Senhor experimentamos a alegria do seu perdão. E assim, quase respondendo às palavras do profeta, fizemos nossa a invocação do refrão do Salmo 50: "Perdoai-nos Senhor, porque pecamos". Proclamando, o grande Salmo penitencial, apelamo-nos à misericórdia divina; pedimos ao Senhor que o poder do seu amor nos volte a dar a alegria de sermos salvos.

Com este espírito, iniciamos o tempo favorável da Quaresma, como nos recordou São Paulo: "Aquele que não havia conhecido o pecado, diz ele, Deus o fez pecado por nós, para que nos tornássemos, nele, justiça de Deus" (2 Cor 5, 21), para nos deixarmos reconciliar com Deus em Cristo Jesus. O Apóstolo apresenta-se como embaixador de Cristo e mostra claramente como precisamente através d'Ele, seja oferecida ao pecador, isto é a cada um de nós, a possibilidade de uma reconciliação autêntica.

Só Cristo pode transformar qualquer situação de pecado em novidade de graça. Eis por que assume um forte impacto espiritual a exortação que Paulo dirige aos cristãos de Corinto: "Em nome de Cristo suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus"; e ainda: "Este é o tempo favorável, é este o dia da salvação" (5, 20; 6, 2). Enquanto Joel falava do futuro dia do Senhor como de um dia de terrível juízo, São Paulo, referindo-se às palavras do profeta Isaías, fala de "momento favorável", de "dia da salvação". O futuro dia do Senhor tornou-se o "hoje". O dia terrível transformou-se na Cruz e na Ressurreição de Cristo, no dia da salvação. E este dia é agora, como nos diz o Canto ao Evangelho: "Hoje não endureçais os vossos corações, mas ouvi a voz do Senhor". O apelo à conversão, à penitência ressoa hoje com toda a sua força, para que o seu eco nos acompanhe em cada momento da vida.

A liturgia da Quarta-Feira de Cinzas indica assim na conversão do coração a Deus a dimensão fundamental do tempo quaresmal. Esta é a chamada muito sugestiva que nos vem do tradicional rito da imposição das cinzas, que daqui a pouco renovaremos. Rito que assume um dúplice significado: o primeiro relativo à mudança interior, à conversão e à penitência, enquanto o segundo recorda a precariedade da condição humana, como é fácil compreender das duas fórmulas diversas que acompanham o gesto.

Amados irmãos e irmãs, temos quarenta dias para aprofundar esta extraordinária experiência ascética e espiritual. No Evangelho (cf. Mt 6, 1-6.16-18), Jesus indica quais são os instrumentos úteis para realizar a autêntica renovação interior e comunitária: as obras de caridade (a esmola), a oração e a penitência (o jejum). São as três práticas fundamentais queridas também à tradição hebraica, porque contribuem para purificar o homem aos olhos de Deus.

Estes gestos exteriores, que devem ser realizados para agradar a Deus e não para obter a aprovação e o consenso dos homens, são por Ele aceites se expressam a determinação do coração a servi-l'O, com simplicidade e generosidade. Recorda-nos isto também um dos Prefácios quaresmais onde, em relação ao jejum, lemos esta singular expressão: "ieiunio... mentem elevas: com o jejum elevas o espírito" (Prefácio IV).

O jejum, ao qual a Igreja nos convida neste tempo forte, certamente não nasce de motivações de ordem física ou estética, mas brota da exigência que o homem tem de uma purificação interior que o desintoxique da poluição do pecado e do mal; que o eduque para aquelas renúncias saudáveis que libertam o crente da escravidão do próprio eu; que o torne mais atento e disponível à escuta de Deus e ao serviço dos irmãos. Por esta razão o jejum e as outras práticas quaresmais são consideradas pela tradição cristã "armas" espirituais para combater o mal, as paixões negativas e os vícios.

A este propósito, apraz-me ouvir de novo convosco um breve comentário de São João Crisóstomo. "Como no findar do Inverno escreve ele volta a estação do Verão e o navegante arrasta para o mar a nave, o soldado limpa as armas e treina o cavalo para a luta, o agricultor lima a foice, o viandante revigorado prepara-se para a longa viagem e o atleta depõe as vestes e prepara-se para as competições; assim também nós, no início deste jejum, quase no regresso de uma Primavera espiritual forjamos as armas como os soldados, limamos a foice como os agricultores, e como timoneiros reorganizamos a nave do nosso espírito para enfrentar as ondas das paixões. Como viandantes retomamos a viagem rumo ao céu e como atletas preparamo-nos para a luta com o despojamento de tudo" (Homilias ao povo antioqueno, 3).

Na mensagem para a Quaresma, convidei a viver estes quarenta dias de especial graça como um tempo "eucarístico". Haurindo daquela fonte inexaurível de amor que é a Eucaristia, na qual Cristo renova o sacrifício redentor da Cruz, cada cristão pode perseverar no itinerário que hoje empreendemos solenemente. As obras de caridade (a esmola), a oração, o jejum juntamente com qualquer outro esforço sincero de conversão encontram o seu significado mais alto e valor na Eucaristia, centro e ápice da vida da Igreja e da história da salvação. "Este sacramento que recebemos, ó Pai assim rezamos no final da Santa Missa nos ampare no caminho quaresmal, santifique o nosso jejum e o torne eficaz para a cura do nosso espírito".

Pedimos a Maria que nos acompanhe para que, no final da Quaresma, possamos contemplar o Senhor ressuscitado, interiormente renovados e reconciliados com Deus e com os irmãos. Amém!
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"Sem sobra de dúvidas: Sua Eminência Karl Josef Becker"

Ao contrário do que foi anunciado no boletim diário da Santa Sé no dia 3 de fevereiro, onde se anunciou que o então padre Karl Becker, SJ, não seria criado cardeal no dia 18 do citado mês, mas de forma privada e em outro dia, o mesmo Karl compareceu ao dia de reflexões antes do consistório e hoje recebeu o barrete cardinalício.

O boletim da Santa Sé dizia que o motivo da ausência do cardeal seria por motivos de saúde, visto que o cardeal Becker tem oitenta e três anos, porém, dias depois a mídia The Tablet afirmava que o padre Karl gozava de plena saúde, e que a notícia da postergação de sua criação como cardeal havia causado perplexidade ante seus confrades. Tinha-se notícia que o renomado professor já havia enviado convites e preparado suas alfaias púrpuras.

Aconteceu que ontem, 17 de fevereiro, o papa reuniu na sala do sínodo, os vinte e dois cardeais a serem criados no dia seguinte, e alguns outros purpurados. A intenção desta reunião seria um dia de formação e reflexão sobre a Nova Evangelização, e a "Missio ad Gentes". Neste encontro o padre Karl esteve presente, e neste ato levantou-se a pergunta: "Será que ele será criado cardeal amanhã, mesmo sendo sua criação adiada?" Resposta: "Sim".

O renomado professor, o cardeal Becker trabalhou como perito nas discussões teológicas e doutrinárias entre a Santa Sé e a Fraternidade São Pio X. Por dezenas de anos foi consultor da Congregação para a Doutrina da Fé, ou seja, trabalhou com o cardeal Ratzinger (Bento XVI), e seria hoje, o cardeal com o mais próximo pensamento ao do Papa.
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Fonte: Matéria importada do Blog "Santa Igreja", por Caio Vinícius

Sete Santos Fundadores dos Servitas

Salve Maria,

Hoje a Igreja celebra a memória dos Sete Santos da Ordem dos Servitas ou Ordem dos Servos de Maria.

Os fundadores da Ordem dos Servos de Maria foram muito unidos durante a vida,
sendo sepultados num mesmo túmulo
e — fato único na História — venerados e canonizados em conjunto.


A Idade Média foi, com muita propriedade, chamada “a doce primavera da fé”. Suas catedrais magníficas, verdadeiras rendas de pedra e de vitrais, ainda hoje atraem turistas de todo o mundo. No seu apogeu, viu florescer uma plêiade de santos, como São Tomás de Aquino e São Boaventura, que ilustraram para sempre a Santa Igreja. Entre os santos medievais, imperadores, reis, príncipes e grandes senhores que palmilharam a senda da virtude foram elevados à honra dos altares.

A Idade Média teve também a glória inusitada — que mostra como a santidade era então comum — de ver sete dos mais proeminentes cidadãos da República livre de Florença abandonarem sua situação privilegiada e de riqueza para seguirem mais fielmente os conselhos evangélicos. São eles os sete santos fundadores da Ordem dos Servos de Maria, cuja festa comemoramos no dia 17 de fevereiro.

Da riqueza à pobreza da vida religiosa

Com o intuito de louvar mais especialmente a puríssima Virgem Maria, alguns jovens do patriciado de Florença — ao que parece, todos mercadores de lã — haviam fundado uma confraria de leigos com o nome de Laudantes. No dia 15 de agosto de 1233, festa da Assunção de Nossa Senhora, sete de seus membros mais destacados estavam reunidos numa capela para cantar as glórias da Santíssima Virgem, quando Ela lhes apareceu, recomendando-lhes que renunciassem ao mundo e se dedicassem exclusivamente a Deus. Buonfiglio dei Monaldi (Bonfílio), Giovanni di Buonagiunta (Bonajunta), Bartolomeo degli Amidei (Amadeu), Ricovero dei Lippi-Ugguccioni (Hugo), Benedetto dell' Antella (Manetto), Gherardino di Sostegno (Sosteno), e Alessio de Falconieri (Aleixo), os sete escolhidos, venderam assim todos seus bens, distribuíram o produto aos pobres e, depois de ter consultado o bispo da cidade, D. Arinzo, retiraram-se a uma velha casa em La Carmazia, nos arredores da cidade, junto a uma capelinha da Virgem.

No dia da Epifania de 1234, dois deles, Bonfílio e Aleixo, saíram pela primeira vez às ruas para pedir esmolas. E eis que as belas ruas e praças da orgulhosa Florença começaram a assistir a esse espetáculo não raro naqueles tempos de fé: dois membros de opulentas famílias, tendo se despojado de todas as pompas e apanágios de sua classe por amor de Deus, e vestidos com pobre túnica, pedindo a esmola do pão para o sustento diário.

O mais surpreendente foi que as crianças ainda de peito começaram a apontá-los com o dedo e a dizer : “Eis os servos de Maria”. Entre elas estava uma de cinco meses, que depois seria São Felipe Benício, futuro Superior Geral da congregação nascente, e que a desenvolveria de tal forma a ser considerado seu oitavo fundador.

Tal prodígio fez com que D. Arinzo aconselhasse esses religiosos a não mudar o nome que lhes havia sido dado tão milagrosamente. E até hoje eles são conhecidos como Servos de Maria.

Nossa Senhora concede o hábito e as regras

Os sete santos permaneceram um ano em La Carmazia. Mas, como eram muito solicitados, com a anuência do bispo resolveram procurar um local mais isolado para viverem. D. Arinzo pôs à disposição deles um terreno junto ao Monte Senário, a duas léguas de Florença. Lá construíram um oratório e, em seu redor, pequenas celas de madeira. Entregavam-se à oração e penitência, vivendo das ervas que nasciam no sopé do monte, meditando continuamente a Paixão de Cristo e as amarguras de Maria Santíssima. Escolheram o mais velho deles, Bonfílio, como superior. Este, vendo que não poderiam viver sempre assim, mesmo porque as ervas escasseavam, mandou à cidade Aleixo e Manetto, a fim de pedir esmolas para o sustento da pequena comunidade.

Aleixo Falconieri, filho de um dos principais membros da República — o mais conhecido dos sete fundadores — não quis depois, por humildade, receber a ordenação sacerdotal quando seus companheiros obtiveram autorização para isso. Em sua longa vida de cento e dez anos, permaneceu sempre irmão leigo na ordem que co-fundara. Por mais que quisesse livrar-se das honras, sua personalidade o punha em evidência, e seria o mais lembrado quando se falasse dos sete santos servitas.

Em Monte Senário Nossa Senhora tornou a aparecer aos sete fundadores, mostrando-lhes um hábito negro e recomendando que o portassem em memória da Paixão de seu Filho. Deu-lhes também as regras de Santo Agostinho, que deviam seguir, fundando assim uma nova ordem religiosa. Os sete santos fizeram os votos de obediência, pobreza e castidade, e começaram a receber candidatos. Em memória dessa aparição, que teve lugar na Sexta-feira Santa do ano 1239, os religiosos servitas costumavam fazer, nesse dia, uma cerimônia a que denominavam Os funerais de Jesus Cristo. No Sábado Santo, outra a que chamavam A coroação da Santíssima Virgem.

O fim particular dessa nova ordem era, primeiro, a santificação de seus membros; e depois, a de todos os homens, através da devoção à Mãe de Deus, especialmente em sua desolação durante a Paixão de seu divino Filho. Para isso os servitas pregavam missões, tinham a cura de almas e ensinavam em instituições superiores de ensino.

O milagroso quadro da Anunciação

No princípio os religiosos iam a Florença e voltavam todos os dias. Entretanto, devido à distância e às intempéries, receberam permissão para abrir uma espécie de hospedaria na cidade, onde os frades que saíam para esmolar pudessem recolher-se no fim do dia e acolher também peregrinos que viessem a Florença. Mais tarde, quando se pensou numa fundação na cidade, utilizaram essa hospedaria. Bonfílio e Aleixo tiveram a idéia de mandar pintar em sua capela o grande mistério da Anunciação. O piedoso pintor que contrataram, não se julgando com suficiente habilidade para reproduzir os traços da Santíssima Virgem nessa cena, pediu aos religiosos que unissem orações às suas, para que Nossa Senhora o ajudasse na empresa. Segundo as crônicas, ocorreu um fato maravilhoso: enquanto o pintor dormia, um artista celeste completou o que ele não ousava fazer. E assim nasceu o quadro milagroso, que tornou célebre a basílica da Anunciata, pois começou a atrair multidões. O pequeno oratório não tinha capacidade para tanto e foi preciso pensar-se em uma igreja maior, o que as abundantes esmolas dos fiéis tornou possível.

Tendo esses santos varões agregado a si muitos companheiros, começaram a percorrer as cidades e aldeias da Itália, principalmente da Toscana, pregando Jesus Cristo crucificado, acalmando guerras civis e trazendo muitos desorientados às sendas da virtude.

Em 1243 o dominicano Pedro de Verona (São Pedro Mártir), Inquisidor Geral da Itália (imagem ao lado), pelas suas familiares relações com aqueles santos e por uma visão de Maria Santíssima, recomendou a nova fundação ao Papa. Mas foi somente em 1249 que a primeira aprovação oficial da ordem foi obtida do Cardeal Raniero Capocci, legado papal na Toscana. Por esse tempo, São Bonfílio obteve permissão para fundar o primeiro ramo de sua ordem em Cafaggio, fora dos muros de Florença.

Em 1267 São Felipe Benício foi eleito Superior Geral. Mas em 1274 o Concílio de Lyon suprimiu todas as ordens religiosas ainda não aprovadas pela Santa Sé. Consequentemente, o Papa Inocêncio V, em carta de 1276, comunicou a São Felipe que a Ordem dos Servitas estava supressa. O santo foi a Roma defender sua causa, mas o Papa faleceu. Finalmente, a instâncias de São Felipe e diante da opinião favorável de três advogados consistoriais, o Papa João XXI decidiu que a ordem continuasse como antes. Mas a aprovação final só veio em 1304, com a bulla “Dum levamus”, do Papa Bento IX. Dos sete fundadores, só Santo Aleixo vivia.

Com efeito, entre 1257 e 1268 haviam falecido quatro deles. Em 1282, morrendo Santos Hugo e Sosteno, dos primitivos sete fundadores restou somente Santo Aleixo.

Em 1270 Santo Aleixo teve a dita de ver nascer milagrosamente a filha de seu irmão Clarêncio, já septuagenário, a futura Santa Juliana Falconiere, que fundaria um ramo feminino da Ordem dos Servitas, as Mantellatas.

Outro santo cuja fama de santidade muito contribuiu para a expansão da obra dos Servitas foi São Peregrino Laziosi, nascido em 1265, recebido na Ordem em 1283. Sua humildade e paciência eram tão grandes, que foi chamado “o segundo Jó”. Seu corpo permanecia incorrupto até recentemente.

Os sete fundadores foram sepultados no mesmo sepulcro. Simbolicamente, suas cinzas se misturaram.
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Freira vai à Justiça para poder usar véu em foto da CNH no PR

Salve Maria,

Olhando as atualizaçõesdos Blogs amigos vi essa notícia muito interessante afirma mais ainda que a tradição, o respeito e o amor pelo hábito eclesiástico/religioso, não morreu, muito pelo contrário, só está ganhando mais força a cada dia que passa. Vejam a notícia importada do site "Folha.com".

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Uma freira de Cascavel (478 km de Curitiba) conseguiu na Justiça o direito de usar o véu na foto da carteira de motorista.

A decisão, emitida no final de janeiro, se baseia na Constituição Federal, que determina que "ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política".

A irmã Kelly Cristina Favaretto, 33, já havia feito sua primeira habilitação, em 2006, com o véu, mas foi impedida de usar o hábito quando tentou renovar a carteira, em agosto do ano passado.

O motivo, segundo o Detran-PR, foi uma resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), de 2006 --posterior à primeira habilitação de Favaretto--, que determina que o motorista não pode utilizar "óculos, bonés, gorros, chapéus ou qualquer outro item de vestuário que cubra parte do rosto ou da cabeça" na foto.

A irmã protestou e resolveu recorrer à Justiça. "Eu fui em busca dos meus direitos. [O véu] Não é um acessório. É um sinal de consagração e pertence a Deus. Sem ele, eu estaria infringindo a minha opção de vida."

Favaretto entrou para a Congregação das Pequenas Irmãs da Sagrada Família aos 18 anos e usa o véu desde os 27. Em seus outros documentos, a foto foi tirada sem o véu. "No RG, eu só tinha 15 anos", conta.

Na decisão de primeira instância, a irmã perdeu a causa, pois a juíza entendeu que a resolução do Contran não era ilegal e tinha como objetivo "a perfeita identificação do condutor". "Trata-se de perfeito respeito à Segurança Pública, [...] e é uma norma geral, de caráter nacional", escreveu a magistrada Vanessa de Lazzari Hoffmann.

Foi só no TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região, em Porto Alegre, que a freira conseguiu reverter a decisão. O acórdão do TRF acolheu um parecer do Ministério Público Federal, que afirma que o uso do véu está relacionado à convicção religiosa da freira, protegida pela Constituição Federal.

"[A norma do Contran] Restringe uma liberdade religiosa para o fim de, supostamente, permitir a visibilidade do motorista e a segurança em geral", afirma o procurador Januário Paludo. "É uma exigência um tanto rigorosa. Se a freira está obrigada pela ordem a que pertence e por convicção própria a usar o véu, ela não é obrigada a retirá-lo."

A ação ainda precisa voltar à primeira instância para que, então, a Justiça permita à freira fazer a foto com o véu.

Favaretto pretende fazer sua nova carteira de habilitação "assim que tiver a decisão em mãos". Além dela, as outras 34 irmãs de sua congregação também foram beneficiadas com a sentença e poderão usar o véu na foto oficial quando sair a decisão final.
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São Cirilo e São Metódio

Salve Maria...

Hoje trago para vocês, uma breve história sobre dois santos da Igreja: Cirilo e Metódio.

Nasceu na Grécia, no ano de 826. Vocacionado em busca da verdade, ele estudou, por amor, filosofia e chegou a lecionar. Um homem dado à comunhão ao ponto de ser embaixador, diplomata junto aos povos árabes. Mas tudo isso que tocava a vida de São Cirilo não preenchia completamente o seu coração, porque ele tinha uma vocação à verdade absoluta e queria se consagrar totalmente a ela, a verdade encarnada, Nosso Senhor Jesus Cristo.

São Cirilo abandonou tudo para viver uma grande aventura santa com seu irmão que já era monge: São Metódio. Juntos, movidos pelo Espírito, foram ao encontro dos povos eslavos, conheceram a cultura e se inculturaram. A língua, os costumes, o amor àquele povo, tudo isso foi fundamental para que São Cirilo, juntamente com seu irmão, para que pudessem apresentar o Evangelho vivo, Jesus Cristo.

Devido inovações inspiradas, eles traduziram as liturgias para a língua dos eslavos. Tiveram de ir muitas vezes para Roma e o Papa, percebendo os frutos daquela evangelização, daquela mudança litúrgica, ele pôde discernir o fruto principal que movia aqueles irmãos missionários era o amor àquele povo eslavo e, acima de tudo, o amor a Deus.

Numa dessas viagens para Roma, São Cirilo tinha um pouco mais de 40 anos e ficou enfermo. O Papa quis ordená-lo Bispo, mas Cirilo faleceu. Mas está na glória intercedendo por nós.

São Cirilo e São Metódio, rogai por nós!
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Qual a diferença de Diocese para Arquidiocese?

Salve Maria,

Algumas pessoas já vieram me perguntar qual a diferença entre diocese e arquidiocese? Ou até mesmo qual a diferença de bispo para arcebispo? Eu infelizmente não sabia responder, porém, vendo alguns vídeos na internet, vi o seguinte vídeo, no qual o Revmº Pe. Louis Goyard,EP, explica a diferença entre DIOCESE e ARQUIDIOCESE.. Quem tem essa dúvida, assista esse vídeo; quem nunca pensou no assunto assista também pois podem vir a perguntar para você também.


Sendo assim, a diferença entre BISPO e ARCEBISPO fica evidente, não é verdade?

Pax tecum!

Adoro Te Devote

Salve Maria,

Hoje trago um vídeo muito interessante. Ele tem-se a letra e o áudio do Canto gregoriano "Adoro Te Devote", cantado e legendado parte por parte, em Latim/Português. Muito bom, é recomendável que se cante ele também nas Adorações ao Santíssimo Sacramento. 



Apresentação do Senhor

Salve Maria,

Hoje a Igreja está em festa, pois celebra a Apresentação do Menino Jesus no Templo.

A data escolhida para a festa da apresentação de Jesus no templo pela Igreja de Jerusalém foi em princípio 15 de fevereiro, 40 dias depois do nascimento de Cristo, que, então, o Oriente celebrava em 6 de janeiro. A festa tem fundamento em Lc 2,22-40. Em conformidade com a lei mosaica (Lv 12,2-4.8; Ex 13,2.11), que impunha o espaço de 40 dias entre o nascimento do menino e a purificação da mãe, também se devia oferecer o menino ao Senhor por ser o primogênito.

Quando, nos século VI e VII, a festa se estendeu ao Oriente, foi antecipada para 2 de fevereiro, porque o nascimento de Jesus era celebrado em 25 de dezembro. Em Roma foi a apresentação unida a uma cerimônia penitencial, que se celebrava em contraposição aos ritos pagãos das "lustrações".

Pouco a pouco a procissão de penitência passou a pertencer à festa, tornando-se uma espécie de imitação da apresentação de Cristo no templo, representando a viagem da sagrada família para Jerusalém. O papa S. Sérgio I (Séc.VIII), de origem oriental, mandou traduzir para o latim os cantos da festa grega, que foram adotados para a procissão romana. No século X, a França organizou uma solene bênção das velas que se usavam nessa procissão.

Um século mais tarde, acrescenta-se a antífona "Luz para iluminar as nações" com o cântico de Simeão (Agora, Senhor, podeis deixar).

A apresentação de Jesus no templo, mais do que um mistério gozoso, é doloroso. Maria apresenta a Deus o seu filho Jesus, "oferece-o" a Deus.

Toda oferta é uma renúncia. Descortina Simeão o mistério do seu sofrimento que atingirá o seu cume na cruz. Todo primogênito hebreu era o sinal permanente e a recordação cotidiana da libertação da escravidão do Egito. Cristo nos libertará da escravidão do pecado.

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Segue o Evangelho da Apresentação de Jesus no Templo:

— O Senhor esteja convosco!
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. Conforme está escrito na lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”.
Foram também oferecer o sacrifício — um par de rolas ou dois pombinhos — como está ordenado na Lei do Senhor. Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor.
Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”.
O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”. Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
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Fonte: CatolicaNet
Fonte: Canção Nova

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