Coroinhas: o que são e qual sua importância

Salve Maria,

À alguns dias uma leitora nos pediu (através de um comentário em Quando acender o Círio Pascal?) um post falando um pouco do serviço e da importância dos Coroinhas/Acólitos. Nas pesquisas para fazer o post solicitado, vi muitas coisas interessantíssimas que se fossemos colocar tudo aqui daria uma postagem gigantesca; porém o que mais me marcou segue logo abaixo.

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A partir da década de 60, as missas passaram a ser rezadas na língua de cada país e os fiéis começaram a rezar, cantar e orar juntos. Então os coroinhas perderam sua função na igreja? Ao contrário. Hoje, os coroinhas são muito importantes nas celebrações de nossa comunidade, auxiliando o padre nas celebrações da missa, em batizados, primeiras eucaristias, além de todo o serviço feito na comunidade. E este é o serviço que todos conhecem, é aquele serviço que todos realizam todas as semanas.

A presença dos coroinhas nas celebrações é extremamente importante, pois eles ajudam não só o sacerdote, mas também a comunidade a entender o que a Liturgia propõe.

O trabalho do coroinha não fica restrito às missas. Ele é importante também nos batizados, casamentos, cultos, manifestações externas de fé e piedade, como procissões, encenações e outras. Além disso, o coroinha tem o papel importante de, com o seu testemunho alegre de vida, motivar outros jovens e crianças a seguirem o caminho de Jesus. Afinal, o jovem e a criança, por serem coroinhas, têm muito mais motivos para serem felizes, não é?

Coroinha (do latim pueri chori, "menino do coro") é uma criança ou adolescente, geralmente do sexo masculino, que auxilia os sacerdotes nas funções do altar. Em 1994, o papa João Paulo II autorizou que meninas também servissem no Altar. A Carta-encíclica Redemptionis sacramentum prevê essa circunstância. Atualmente, em algumas paróquias a função de coroinha é permitida também às meninas, mas sua autorização deve provir do Ordinário (bispo) local.

O QUE É SER COROINHA?

Ser coroinha é estar a serviço: a serviço do altar e do próximo. Servir ao altar não é apenas ajudar o padre, transportar os objetos litúrgicos ou executar as funções que lhe são próprias. Servir ao altar é muito mais: é participar do Mistério Pascal de Cristo, ou seja, da Paixão-Morte-Ressureição de Cristo. Servir ao altar é estar aos pés da cruz, é contemplar o Cristo ressuscitado com os olhos da fé e viver alegremente o Evangelho.

No seu serviço o coroinha deve buscar sempre a alegria e a disposição, o contato fraterno e amigo, o respeito e a dedicação às coisas sagradas. O jovem deve demonstrar que vive sua fé, que observa os Mandamentos de Deus e que procura sempre ser justo e correto. Deve continuamente dar testemunho de que Cristo é o seu Senhor e Mestre.

Na vida do coroinha a oração é fundamental. É pela oração que o jovem aprende a se relacionar com Deus, a se tornar íntimo do Senhor. Na oração recebem-se as graças de Deus, o auxílio para os momentos difíceis e a força para superar o pecado e as falhas pessoais. Sem oração não se pode servir ao altar, pois como vamos estar com Cristo se não temos intimidade com Ele? É a oração que permite ao coroinha exercer o seu serviço ao próximo e ao altar de forma digna.

Ser coroinha é viver a Eucaristia, é viver Cristo em todos os momentos da vida. A Eucaristia é a fonte de todas as graças, é alimento que fortalece a alma e nos conduz ao Pai. Ao viver a Eucaristia, o coroinha vive o seu ministério de serviço com mais dignidade, dedicação, oração e amor e, assim, santifica-se e aproxima-se cada vez mais de Deus.

CARTA DE JOÃO PAULO II

O trabalho realizado pelos coroinhas durante a celebração é de muita importância, pois ajuda no andamento da celebração e para que tudo saia dentro do planejado. O Papa João Paulo II escreveu uma carta dedicada aos coroinhas, veja:

João Paulo II pede para que se dedique maior atenção aos coroinhas

Cidade do Vaticano, 7/4/2004
João Paulo II pediu às comunidades paroquiais e aos sacerdotes que dediquem maior atenção aos coroinhas, meninos e jovens que ajudam no serviço ao altar, pois constituem um "viveiro de vocações sacerdotais”.

O pontífice lança seu pedido na tradicional Carta que envia aos sacerdotes do mundo com motivo da Quinta-feira Santa, na qual presta particular atenção à oração e ao compromisso da Igreja para suscitar vocações à vida consagrada.

"Cuidai especialmente dos coroinhas, que são como um “viveiro” de vocações sacerdotais", explica o Papa na carta que escreve há 25 anos aos presbíteros do mundo nesta data, na qual se celebra os momentos em que Jesus instituiu a Eucaristia e o sacerdócio na última Ceia.

"O grupo de acólitos, bem acompanhado por vós no âmbito da comunidade paroquial, pode percorrer um válido caminho de crescimento cristão, formando quase uma espécie de pré-seminário", declara.

"Recorrendo à cooperação de famílias mais sensíveis e dos catequistas segui, com solícita atenção, o grupo dos acólitos para que, através do serviço do altar, cada um deles aprenda a amar cada vez mais o Senhor Jesus, reconheça-O realmente presente na Eucaristia e saboreie a beleza da liturgia", sugere o Santo Padre.

"Todas as iniciativas para os acólitos, organizadas a nível diocesano e por zonas pastorais, devem ser promovidas e estimuladas, tendo sempre em conta as diversas faixas etárias", sublinha.

O Papa João Paulo II se remete à sua experiência de arcebispo de Cracóvia, quando pôde apreciar, segundo revela, "quão proveitoso é dedicar-se à sua formação humana, espiritual e litúrgica".

"Quando crianças e adolescentes realizam o serviço do altar com alegria e entusiasmo, oferecem aos da sua idade um testemunho eloqüente da importância e da beleza da Eucaristia", declara.

"Graças à acentuada sensibilidade imaginativa, que caracteriza a sua idade, e com as explicações e o exemplo dos sacerdotes e dos colegas mais velhos, também os miúdos podem crescer na fé e apaixonar-se pelas realidades espirituais", assegura o Santo Padre.

"Nas regulares celebrações dominicais e feriais, os acólitos encontram-vos a vós, nas vossas mãos vêem “fazer-se” a Eucaristia, no vosso rosto lêem o reflexo do Mistério, no vosso coração intuem a chamada a um amor maior", diz o Papa em sua carta aos sacerdotes.

"Sede para eles pais, mestres e testemunhas de piedade eucarística e santidade de vida", conclui. Ao apresentar esta terça-feira à imprensa a Carta do Papa aos sacerdotes, o cardeal Darío Castrillón Hoyos, prefeito da Congregação para o Clero, disse que na promoção de vocações ao sacerdócio a atenção aos coroinhas é decisiva. "Se as crianças e os jovens vêem no sacerdote a alegria de ser ministros de Cristo e depositários dos mistérios divinos, a generosidade para administrar os sacramentos, em particular a Reconciliação e a Eucaristia, então se perguntarão se não pode ser esta" "a opção mais cheia de felicidade para suas vidas", afirmou o purpurado colombiano.
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Quando acender o Círio Pascal?

O Círio Pascal é um símbolo tão claro, tão simples, tão auto-explicativo. E, apesar disso, inventam no Brasil mil e uma formas de usá-lo de maneira errada, mudar seu simbolismo, colocá-lo como vela do altar, etc.

 Não custa lembrar que o círio é PASCAL. Seu uso se resume ao tempo pascal e poucas circunstâncias fora deste, todas elas relacionadas diretamente com o mistério pascal (morte e ressurreição).

Tendo esclarescido que o círio não foi feito pra ser usado como vela-solteira do altar ou ficar o ano todo ao lado do ambão, resta-nos dizer em que celebrações acender o círio. O Cerimonial dos bispos nos diz que, dentro do tempo pascal, "o círio pascal acende-se em todas as celebrações litúrgicas mais solenes deste tempo, tanto à Missa como em Laudes e Vésperas".

Isso deve tirar de nossas comunidades o estranho hábito de acender o círio nas celebrações da Palavra com a distribuição da comunhão eucarística. Ou o costume mais esdrúxulo ainda de abençoar vários círios pascais e distribuí-los pelas CEB's, tendo em vista a celebração a-sacerdotal. Antes que se possa levar qualquer voz defendendo esse costume vale a pena lembrar que isso é total e completamente contra o movimento litúrgico atual. Vejamos:

Pediu-se, alguns séculos atrás que não houvesse na mesma igreja mais de um sacrário; para indicar que Cristo é um e não se divide. Uma das propostas da reforma litúrgica foi a de retirar as duplicações nas fórmulas: que padre e povo rezem juntos a mesma oração e que não se repita em momentos distintos dentro da mesma celebração um mesmo rito, como o confietor.

Ora, se todos esses costumes de uso extremamente antigo e, alguns deles, piedosamente úteis são passíveis de mudança em vista do bem da unicidade de rito, por que haveríamos de multiplicar o círio que foi pelos séculos símbolo do filho único de Deus e primaz na ressurreição da carne.

Parece que é algo que vai na contra-mão da renovação litúrgica e que também não se situa na tradição do Rito Romano. Ou seja, não encontra apoio em nada, a começar pela necessidade.

E pra vermos como isso tudo o que dissemos aqui está mais que de acordo com a vontade da Sé Apostólica, a carta sobre as celebrações pascais de 1988:
"Prepare-se o círio pascal que, no respeito da veracidade do sinal, “deve ser de cera, novo cada ano, único, relativamente grande, nunca artificial, para poder recordar que Cristo é a luz do mundo."
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A oração é necessária?

(do livro O pequeno Missionário, dos Missionários da Congregação da Missão, editora Vozes, Petrópolis, 8ª edição, 1958)

A oração

Há um inferno, suplícios eternos. É horroroso, mas é certo. A porta do inferno é o pecado mortal. Há também um céu, morada de Deus, mansão dos anjos e santos, uma glória, uma felicidade eternas. A chave de ouro do céu é a oração. Quereis evitar o inferno, merecer o céu? É absolutamente necessário rezar.

I
A oração é necessária

Sem mim, nada podeis, disse o Salvador. Sem Deus, isso é, sem sua graça, nada podemos, nem evitar o mal, nem praticar o bem. Ora, no curso ordinário não há graça sem oração, porque, segundo o Evangelho, será dado a quem pedir, por isso Jesus disse: Pedi e recebereis, procurai e achareis, batei e abrir-se-vos-á. Portanto, se não rezamos não obtemos a graça. Ora, quereis saber o que é um cristão sem a graça? É um soldado sem armas, uma planta sem água, um corpo sem alimento.

O homem que não se alimenta não tem força, nem saúde, nem alegria, breve morrerá. Tal o cristão que não reza.

Somos levados ao pecado pela corrupção do coração, pelos escândalos do mundo, pelas tentações contínuas do demônio. No meio destes inimigos, temos uma fraqueza extrema, uma cegueira inconcebível que nos levam a sacrificar os bens do céu aos da terra. Como resistir, como triunfar por entre esses perigos? Pela oração. Porque, se certo é que nada podemos sem a graça, tudo podemos com ela. Pecadores que gemeis sob o peso de vossos maus hábitos, quereis quebrar vossas prisões? Rezai. Justos, quereis evitar o pecado e perserverar na virtude? Rezai. Na prosperidade e na indigência, na alegria e na tristeza, na paz e na pertubação, no fervor e na tibieza, rezai: a oração é a garantia de todos os estados, a consolação de todas as penas, o triunfo de todas as tentações.
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Santa Sé retira os títulos de “Pontifícia” e “Católica” do nome da Pontifícia Universidade Católica do Peru

Salve Maria,

A Sala de Imprensa do Vaticano divulgou na manhã deste sábado, 21 de julho, um comunicado no qual informa que a Santa Sé retirou os títulos de “Pontifícia” e “Católica” do nome da Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUCP).

No documento lê-se que “a Santa Sé, através de Decreto do Secretario de Estado, com base em específico mandato Pontifício, decidiu conforme a legislação canônica retirar da Pontifícia Universidade Católica do Peru o direito de usar em sua denominação os títulos de “Pontifícia” e de “Católica”.

A mencionada Universidade, fundada em 1917 e erigida canonicamente com Decreto da Santa Sé em 1942, a partir de 1967 modificou unilateralmente seus Estatutos em diversas ocasiões prejudicando seriamente os interesses da Igreja.

A partir de 1990 - continua a nota –, a Santa Sé solicitou, em várias ocasiões, à Universidade que adequasse seus Estatutos à Constituição Apostólica Ex Corde Ecclesiae (15 de agosto de 1990), sem que a mesma tenha respondido a essa exigência legal.

Após a Visita Canônica realizada em dezembro de 2011 e o encontro do Reitor com o Secretário de Estado em fevereiro de 2012, teve lugar uma ulterior tentativa de diálogo em vista de adequar os Estatutos à lei da Igreja.

Recentemente, através de duas cartas dirigidas ao Secretário de Estado - continua a nota da Sala de Imprensa da Santa Sé -, o Reitor manifestou a impossibilidade de realizar o quando se pedia, condicionando a modificação dos Estatutos à renúncia, por parte da Arquidiocese de Lima, ao controle da gestão dos bens da Universidade.

A participação da Arquidiocese de Lima no controle da gestão patrimonial dessa entidade foi confirmada em várias ocasiões com sentenças dos Tribunais civis do Peru.

Diante dessa atitude por parte da Universidade, confirmada além do mais por outras iniciativas, a Santa Sé se viu obrigada a adotar as mencionadas medidas, ratificando em todo caso o dever que a mesma Universidade tem de observar a legislação canônica.

A Santa Sé seguirá atentamente a evolução da situação dessa Universidade, desejando que num futuro próximo, as Autoridades acadêmicas competentes reconsiderem sua posição com a finalidade de poder revisar as atuais medidas. A renovação solicitada pela Santa Sé – finaliza a nota - fará com que a Universidade responda com mais eficácia à tarefa de levar a mensagem de Cristo ao Homem, à Sociedade e às Culturas, segundo a missão da Igreja no mundo. (SP)

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Missa Tridentina na Canção Nova

Salve Maria,

No dia 15/7/2012, o Revmº Pe. Demétrio Gomes - Arquidiocese de Niterói/RJ, por iniciativa de membros da Canção Nova, celebrou a Santa Missa Tridentina (ou Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano).

Demos graças à Deus, por essa iniciativa que é uma grande conquista das almas de inúmeros fiéis, conquista maior de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é o maior glorificado cada vez que um de seus sacerdotes celebra a Santa Missa Tridentina. Não digo que na Missa na Forma Ordinária do Rito Romano, Nosso Senhor não seja glorificado; porém, a Forma Extraordinária do Rito Romano, além de glorificar à Nosso Senhor e transmitir uma maior piedade que santifica à todos, é também a forma pela qual inúmeros Santos da Igreja tornaram-se Santos.

Abaixo é um pequeno trecho da Santa Missa (procurei o vídeo na íntegra, mas não achei).



Gloria tibi, Domine!
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JESUS ESTÁ NO CHÃO!!!

Salve Maria,

Segue um emocionante vídeo sobre a Comunhão na mão e o perigo de Sacrilégio!

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O Santo Sacrifício

Salve Maria,

Olhando o Blog da Sociedade dos Servos da Eucaristia, achei essa postagem não somente interessante, mas muito útil para todos.

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Tendo Jesus substituído todos os sacrifícios da antiga lei pelo sacrifício da Missa, encerrou neste todas as intenções e todos os frutos daqueles do passado.

Conforme as leis recebidas de Deus, os judeus ofereciam sacrifícios com quatro finalidades: para reconhecer o seu supremo domínio sobre todas as criaturas; para agradecer-lhe os seus dons; para suplicar-lhe para que seguisse concedendo-lhes os mesmos e para aplacar a sua ira provocada pelos pecados cometidos. Tudo isso Jesus o faz, e de um modo mais perfeito, pois em lugar de touros e carneiros se oferece Ele mesmo, filho de Deus e Deus como seu Pai.

Adora, portanto, ao seu Pai; por todos os homens, cujo primogênito é, reconhece que Dele vem toda a vida e todo o bem; que somente Ele merece viver, e tudo quanto é somente por Ele pode existir; e oferece a sua vida para protestar, já que tudo provem de Deus, de tudo Ele pode dispor livre e absolutamente.

Como Hóstia de celebração, dá graças ao seu Pai por todas as graças que Lhe concedeu e, através Dele, a todos os homens; se faz nossa perpétua ação de graças.

É vítima do sacrifício, pedindo perdão sem cessar pelos pecados que continuamente se renovam, e deseja associar ao homem a sua própria reparação, unindo-lhe na oferenda. Finalmente, é o nosso advogado, que intercede por nós com lágrimas e gemidos dilacerantes, e cujo sangue clama por misericórdia.

Assistir à Santa Missa é unir-se a Jesus Cristo; é, portanto, para nós o ato mais edificante.

Nela recebemos as graças do arrependimento e da justificativa, assim como a ajuda para evitar as recaídas.

Nela encontramos o soberano meio de praticar a caridade para com os demais, aplicando-lhes, já não os nossos escassos méritos, mas os infinitos de Jesus Cristo, as imensas riquezas que Ele põe a nossa disposição. Nela defendemos com eficiência a causa das almas do purgatório e conseguimos a conversão dos pecadores.

A Missa é para o céu inteiro um motivo de alegria produzindo um aumento de glória exterior nos santos.

O melhor meio de assistir a Santa Missa é nos unirmos a angustia da vítima. Façam como ela. Ofereçam-se como ela, com a mesma intenção que ela, e a sua oferenda será assim enobrecida e purificada, sendo digna de que Deus a olhe com complacência, principalmente quando esta se une a oferenda de Jesus Cristo. Caminhem ao Calvário assim como Jesus Cristo caminhou, meditando sobre as circunstâncias de sua paixão e morte.

Mas, acima de tudo, unam-se ao sacrifício, comendo junto com o sacerdote a sua parte da vítima. Assim a Missa alcança a sua plenitude e corresponde plenamente aos desígnios de Jesus Cristo.

Ah! Se as almas do purgatório pudessem voltar a este mundo, o que não fariam para assistir a uma só missa! Se vocês mesmos pudessem compreender a sua excelência, suas vantagens e seus frutos, não deixariam de participar dela um só dia.

São Pedro Julião Eymard
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Nota de falecimento: Dom Eugênio Sales


O cardeal do Rio de Janeiro Dom Eugenio de Araújo Sales, arcebispo emérito do Rio, morreu na noite desta segunda-feira, por volta de 23h30m, no Rio de Janeiro. Segundo a Arquidiocese, ele morreu em casa, no Sumaré, de causas naturais. O religioso, que tinha 91 anos, será velado a partir da manhã de terça-feira na Catedral, onde deverá ser enterrado.

A Arquidiocese informou, ainda, que a rotina de Dom Eugênio nos últimos dias era apenas de ficar no quarto e no gabinete, onde lia muitos jornais e assistia à TV. Ele não teria nenhuma doença específica.

Requiem æternam dona eis, Domine: et lux perpetua luceat eis.


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Nascido em 8 de novembro de 1920, em Acari (RN), o cardeal teve o nome entre os candidatos a Papa depois da morte de João Paulo I. Conhecido como o homem do Vaticano no Brasil durante os 30 anos em que esteve à frente da Arquidiocese do Rio, o cardeal continuou sendo querido pelo Papa, mesmo afastado das funções eclesiásticas no estado fazia quase uma década. O arcebispo emérito do Rio chegou a ser surpreendido, às vésperas de completar 90 anos, por uma carta de felicitações assinada por Bento XVI. Para Dom Eugenio, o documento não foi sinal de prestígio, mas o reconhecimento de uma vida dedicada à fé.

Em 67 anos de vida dedicada à Igreja, o cardeal foi rotulado tanto como líder conservador quanto "bispo vermelho", por ter, no início do sacerdócio, ajudado a criar os primeiros sindicatos rurais no Rio Grande do Norte. Um capítulo importante da vida de Dom Eugenio remonta à ditadura, quando atuou de maneira silenciosa, abrigando no Rio mais de quatro mil pessoas perseguidas pelos regimes militares do Cone Sul, entre 1976 e 1982, especialmente argentinos. A história da participação sem alarde do arcebispo foi contada, 30 anos depois, pelos principais meios de comunicação. Discretamente, o cardeal cultivava delicadas relações com os militares e ajudou a salvar vidas.

Para dar conta de tanto pedidos, autorizou o aluguel de quartos e depois apartamentos. A ajuda incluía dinheiro para gastos pessoais, assistência médica e auxílio jurídico. Em entrevista ao GLOBO em 2008, Dom Eugenio contou por que agiu nos bastidores:

— Se eu anunciasse o que estava fazendo, não tinha chance. Muitos não concordavam, mas eu preferia dialogar e salvar — disse. — Eu não tinha nem nunca tive interesse em divulgar nada disso. Queria que as coisas funcionassem, e o caminho naquele momento era esse, o caminho de não pisar no pé (do governo).

Em entrevista ao GLOBO em 2010, vestido de preto, com um crucifixo de prata no pescoço, o homem que organizou as duas visitas do Papa João Paulo II ao país, em 1980 e 1987, respondeu a todas as perguntas com serenidade, mas fez questão de deixar claro que estava cansado do assédio por conta das comemorações do seu 10º aniversário:

— Eu já estou cansado, às vezes minha memória falha. Mas faço questão de receber os jornalistas. Nada no mundo funciona sem a comunicação. Ela é fundamental para difusão do Evangelho. Eu levei isso muito a sério na minha vida religiosa, instalei rádios, escrevi em jornais, dei muitas entrevistas para TV. Quando eu não podia ir ao local, eu chegava às pessoas pelos meios de comunicação.

Além de ter ser considerado um bom articulador e um defensor incansável da doutrina católica, Dom Eugenio era citado como grande empreendedor. Ao assumir a Arquidiocese, na década de 70, mandou construir nos fundos do Palácio São Joaquim um prédio de dez andares para reunir num só lugar serviços da Igreja espalhados pela cidade. Também criou dezenas de pastorais, entre elas a Pastoral Penal, a das Favelas e a do Menor.

Dom Eugenio passou parte da infância no sertão nordestino. A vocação para o sacerdócio surgiu no início dos anos 30, após ser matriculado em colégio marista de Natal. Antes de optar pela Igreja, pensou em ser engenheiro agrônomo. Foi ordenado em 21 de novembro de 1943.
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Reforma da Reforma em MG

Salve Maria,

Estava visitando um Blog irmão (Salvem a Liturgia) e vi uma postagem que mostra fotos da Semana Santa em Campanha/MG, revestida da "Reforma da Reforma" com belos paramentos e mais sacralidade e devoção do que grande parte dos Católicos estão acostumados. Nota-se a beleza e o capricho dos paramentos usados: bispo de vestes corais; padres de casula, de pluvial, de vestes corais com mozeta, de paramentos pretos, de batina, frades de hábito. Incenso, imagens veladas, procissões tradicionais. Reforma da reforma em ação nas Minas Gerais. Seguem algumas fotos.

 

 

 

  

  


Fiquemos com Deus.
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