Comunicado ao povo de Deus sobre Roberto Francisco Daniel

Salve Maria leitores e leitoras,

Segue abaixo o comunicado oficial da Santa Sé, à respeito de Roberto Francisco Daniel, ex-sacerdote da Diocese de Bauru-SP.

Creio que com a publicação aqui feita, retirada integralmente do site da referida diocese, cumprimos o nosso apoio ao Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Bispo Diocesano de Bauru Dom Caetano Ferrari, que ordenara a publicação deste comunicado.

Pax et bonum!

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Comunicado ao clero e ao povo de Deus da Diocese de Bauru-SP

Já é do conhecimento de todos do Clero e do Povo de Deus da Diocese de Bauru-SP a consequência canônica gravíssima na qual incorreu o Reverendo padre Roberto Francisco Daniel, quando formalmente recusou sua comunhão com a doutrina do Magistério da Igreja, seus Dogmas e a Disciplina Eclesiástica, negando a comunhão e obediência ao seu legítimo superior eclesiástico, apesar das repetidas exortações do seu Bispo Diocesano.

A excomunhão é a mais grave pena na qual um fiel cristão católico pode incorrer.

O reverendo padre incorreu de modo livre e consciente nessa pena.

A causa da excomunhão não foi uma punição irrogada pelo Bispo ou pelo Papa, mas em virtude dos seus atos cismáticos e heréticos que, pela prática dos mesmos, o Sacerdote foi atingido – automaticamente – pela censura de excomunhão.

Os procedimentos canônicos foram feitos por mim como Juiz Instrutor para as "matérias reservadas" e enviados à Congregação para a Doutrina da Fé (no Vaticano), que é o Tribunal Supremo da Sé Apostólica para tratar dessa matéria e de outras particularmente graves.

Esta Congregação respondeu em carta datada de 14 de outubro de 2014, Prot. N. 301/2013- 48363, e ordenou que tornasse formalmente pública a pena e a situação canônica do referido presbítero.

Portanto em obediência à ordem da Sé Apostólica comunico que:

O reverendo Padre Roberto Francisco Daniel está e permanece excomungado segundo o Cân. 1364 § 1.

A excomunhão é chamada no Direito Canônico de "pena medicinal", pois dura enquanto durar a "contumácia" do réu. (Cân. 1358 § 1).

O referido padre tem manifestado essa contumácia nos seus repetidos pronunciamentos e atitudes em relação à Igreja Católica e nos processos movidos nas instâncias judiciais do Estado brasileiro, contra a Igreja.

Ao ordenar sua formal comunicação ao Clero e ao Povo de Deus dessa Diocese, a Sé Apostólica confirma a referida pena até a pública retratação do réu.

Portanto: O referido padre não pode mais celebrar nenhum sacramento ou sacramental da Igreja Católica e nem os receber e fica privado de quaisquer ofícios ou encargos na Igreja conforme o Cân. 1331 § 1 do Código de Direito Canônico.

Solicito aos fiéis para que não participem de possíveis "atos de culto" que forem celebrados pelo referido padre.

Todos os matrimônios celebrados (assistidos), após a declaração da pena, pelo mesmo sacerdote são inválidos pelo próprio Direito.

A Revelação que é definida, ensinada, transmitida e guardada pelo Magistério da Igreja e professada na fé católica, não pode ser adulterada ou mudada segundo as modas, ideologias ou grupos que pretendem "adaptar" a fé aos seus gostos e práticas sociais. Para aceitar Jesus Cristo é preciso carregar a cruz de Cristo na vida de cada dia.

Os Dogmas da Fé por serem atos solenes do Supremo Magistério da Igreja formalmente definidos pelos Concílios Ecumênicos e pelas definições dos Romanos Pontífices estão sob o dom da infalibilidade, portanto "... são irreformáveis por si mesmos e não em virtude do consentimento da Igreja, pois foram proferidos com a assistência do Espírito Santo... e por isso não precisam da aprovação de ninguém nem admitem apelação a outro tribunal..." (assim nos ensina o Concílio Vaticano II na Constituição Dogmática Lumen Gentium, Cap.III, N.25).

Ninguém é obrigado a professar a fé católica, mas quem está na Igreja Católica tem o dever de ser fiel à fé da Igreja Católica. Os fiéis são chamados a defender, consolidar e fortalecer a Unidade da Igreja, que é uma das quatro notas características da Esposa de Cristo (Unidade, Santidade, Catolicidade, Apostolicidade). São sinais visíveis da Unidade da Igreja a Eucaristia, o Santo Padre o Papa e o Bispo Diocesano. Exorto os fiéis católicos para que evitem tudo o que possa ferir a Unidade da Igreja, a repeito de quem Jesus disse: “Quem vos ouve, a mim ouve; quem vos rejeita, a mim rejeita” (Lc 10,16).

Ao fazer essa comunicação fica cumprido o que foi determinado pela Sé Apostólica através da Congregação para a Doutrina da Fé.

Convido todos os cristãos católicos a rezarem para que o Espírito Santo ilumine a todos, sobretudo, ao referido sacerdote para que tenha a coragem da humildade sabendo pedir perdão e se reconciliando com a Igreja que o acolheu e lhe concedeu o sacerdócio ministerial.

Este comunicado por mim redigido, foi apresentado ao Exmo. Sr. Bispo Diocesano de Bauru Dom Caetano Ferrari que o aprovou e ordenou a sua publicação.

Pe. Dr. Tiago Wenceslau

Juiz Instrutor para as “matérias reservadas a Sé Apostólica”

Bauru, 14 de novembro de 2014.

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Comunicado importado do Site da Diocese de Bauru

Pai Nosso + defesa contra o comunismo = Professor afastado!

PATER NOSTER, QUI ES IN CAELIS, 
SANCTIFICETUR NOMEN TUUM. 
ADVENIAT REGNUM TUUM. 
FIAT VOLUNTAS TUA, SICUT IN CAELO, ET IN TERRA. 
PANEM NOSTRUM QUOTIDIANUM DA NOBIS HODIE. 
ET DIMITTE NOBIS DEBITA NOSTRA, 
SICUT ET NOS DIMÍTTIMUS DEBITORIBUS NOSTRIS. 
ET NE NOS INDUCAS IN TENTATIONEM, 
SED LIBERA NOS A MALO. 
AMEN.

Salve Maria caros leitores e leitoras, 

Resolvi começar a postagem hoje, de um modo diferente, como sinal de total apoio ao professor de filosofia, Welder Ayla. O referido professor foi afastado da escola na qual lecionava, por rezar antes de cada aula a oração do Pai Nosso, bem como por criticar/atacar o comunismo.

Segue abaixo a postagem que o professor Ayala colocou em seu blog "Por uma Intelectualidade Cristã!", no dia 10/11/2014, logo depois de ter sido afastado irregularmente.

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Fui Afastado do Colégio Por Rezar o Pai Nosso, Criticar o Comunismo entre outros motivos

Na quinta feira (06/11) começou uma sucessão de acontecimentos que marcarão para sempre a história da minha vida. Foi na manhã desse dia que recebi formalmente o comunicado do diretor auxiliar do Colégio Mitre, de que estava afastado do colégio (estava à disposição do núcleo regional de educação). A partir daquele momento eu poderia ir embora.

Saí de sua sala e fui andando pelo colégio avisando meus aluno do ocorrido, eles então tomaram a iniciativa de fazer uma manifestação a meu favor no outro dia às sete e meia da manhã, na qual rezariam um Pai Nosso no lugar principal da escola.

A coisa tomou grandes proporções nas redes sociais entre os alunos e eu também resolvi comunicar a imprensa. Durante esse dia rezei bastante, mas mesmo assim o medo e a apreensão fizeram-me sofrer muito. Mandei fazer uma faixa dizendo: "Deus tem o direito de ser louvado também publicamente". Escrevemos ainda em cartazes as sete petições do Pai Nosso.

No outro dia às 7:30 da manhã chegamos ao colégio eu, minha mãe, a Jaque, a Luna e a Maria. Uma aglomeração considerável já havia se formado, a imprensa entrou na escola, a faixa e os cartazes foram entregues aos alunos. Então nos reunimos no saguão principal e a primeira coisa que fizemos foi rezar um Pai Nosso. Logo em seguida eu li um discurso (Reproduzirei o mesmo no fim desse texto). Mas antes expliquei toda a perseguição que sofri por rezar o Pai Nosso antes de começar a aula e também por outras posturas cristãs que sempre adotei. Para terminar rezamos o Pai Nosso mais uma vez.

Os alunos gritaram o meu nome, seguravam folhas que diziam "queremos Welder", alguns choraram.

Quando o diretor auxiliar foi dar a entrevista, iniciou-se uma espécie de debate entre ele e os alunos que os cercavam (cerca de quinze alunos), os alunos contestavam suas teses laicistas com grande ousadia e desenvoltura, logo depois ele virou as costas e saiu, e os alunos o enfrentaram com mais um Pai Nosso estrondoso.

Fizemos um abaixo assinado e conseguimos cerca de 250 assinaturas entre alunos, professores e funcionários. Circulei pelo colégio, cumprimentando os alunos e agradecendo.

Depois de tudo isso fui chamado na sala para falar com quatro mulheres do núcleo, a secretária da escola, o diretor, o diretor auxiliar e as três pedagogas da escola , todos dispostos a encontrar em mim qualquer defeito, qualquer fala, qualquer detalhe insignificante para fazer subir às alturas as acusações contra mim e desviar o foco do essencial: o aspecto religioso da questão. Então me readmitiram na escola, mas ficou claro para mim que iniciarão uma perseguição ainda mais acirrada.

Para mim, a manifestação, a pequena vitória de poder voltar a dar aulas é uma vitória de Deus, pois pelas minhas próprias forças eu não teria conseguido nada disso. Só Deus sabe o quanto meu exemplo tocou no coração daqueles jovens que, na maior parte do tempo, são bombardeados com ensinamentos deformadores. Só Deus sabe o quanto Ele mesmo utilizou esse acontecimento para converter as pessoas ali presentes.

Na vida de Jesus houve também momentos de derrota e vitória, por exemplo, ele foi crucificado e ficou três dias morto, parecia estar totalmente derrotado, mas depois de três dias veio a gloriosa ressurreição. Jesus foi aclamado no domingo de ramos, mas depois foi rejeitado a favor de Barrabás, ora estava acompanhado por muitos, ora fora abandonado por todos em sua agonia (quando suou sangue). O cristão é chamado a reproduzir em sua vida essas mesmas contradições, até a vitória final, e com a Igreja ocorre o mesmo.

Desde que comecei a dar aulas sofri pressões para parar de rezar o Pai Nosso, mas sempre me recusei. Sofri pressões também por criticar estilos musicais decrépitos como o rock, o funk, o sertanejo universitário, etc. Sofri pressões também por defender que a Filosofia é a busca da verdade, e também por criticar a postura ditatorial do movimento gayzista; o relativismo também era uma das coisas criticadas por mim, entre outras desgraças espalhadas atualmente em nossa sociedade. As pressões viraram de fato perseguição quando fui afastado do colégio Mitre, cujo estopim foi uma prova na qual eu pedia para os alunos falarem sobre as mortes causadas pelo comunismo, identificassem as bandeiras defendidas por esse movimento, bem como discorressem sobre a importância do ódio para a revolução comunista, disseram que tal prova era tendenciosa.

Vou continuar, enquanto Deus me der forças, defendendo a verdade.

Sou católico apostólico romano!!! Viva Cristo Rei!

Segue-se o discurso que li no dia para os alunos:

"Estamos hoje aqui em uma manifestação, mas não uma manifestação como outra qualquer, que reivindica apenas vantagens materiais. A reivindicação dessa manifestação é a liberdade de rezar o Pai Nosso, de se opor aos males que o marxismo e os grupos de esquerda vem causando ao nosso país, e também a liberdade de ensinar que existem sim a verdade, a sabedoria e a virtude. Portanto a finalidade principal dessa manifestação não sou eu, mas a glória e os direitos de Deus que são sistematicamente ultrajados num modelo de educação cada vez mais materialista e anti cristão.

Quando São Paulo, antes de sua miraculosa conversão, perseguia cristãos, Jesus apareceu para ele e disse: "Paulo, porque me persegues? Indicando claramente que perseguir um cristão é perseguir o próprio Cristo. A partir de ontem, quando recebi formalmente o comunicado de que estava afastado do colégio, Cristo foi aqui perseguido, pois foi a oração ensinada por Ele que foi proibida nesse estabelecimento. E eu, como servo dEle, fui enxotado como um elemento nocivo, como um doutrinador fanático que se ocupa apenas a propagar as próprias ideias. A perseguição que sofro é leve comparada aos mártires cristãos que morrem aos milhares em defesa da fé todos os anos, Cristo os olha e repete a mesma pergunta; " Por que me persegues?" E une aos seus sofrimentos, o sofrimento infinito que suportou na cruz.

Mas por que tudo isso aconteceu? meus alunos se perguntam. Por que o professor Welder não pode mais dar aulas? Agora direi então sumariamente as acusações que pesam contra mim:
1- Não posso mais dar aulas em primeiro lugar porque rezo o Pai Nosso antes de começar as aulas, lembrando que nunca obriguei ninguém.
2- Não posso mais dar aulas porque ensino que a finalidade da Filosofia é encontrar a verdade e a virtude.
3- Porque me recuso a contribuir com as diretrizes que são colocadas sorrateiramente na escola para destruir a moralidade dos alunos, bem como sua fé.
4- Por que não escondo os crimes praticados pelo comunismo contra a humanidade.
5- Por que defendo a família pensada por Deus.
6- Enfim, porque sou católico.

Devemos ficar alertas se quisermos ter um Brasil livre da ditadura comunista, pois o esforço para excluir da vida pública todos os cristãos será cada vez mais incansável e cruel.
Quanto aos meus alunos aqui presentes, sabem que, tirando alguns momentos normais de rispidez, sempre os tratei com o maior respeito, e minha forma de trabalhar nunca foi motivo de conflito nem de ódio, a prova disso é que estão aqui em peso me apoiando tanto os que rezam quanto os que não rezam, pois reconhecem que cumpri meu dever. Quanto aos meus colegas professores também nunca desrespeitei ninguém e nem fui desrespeitado, alguns hoje me apoiam e eu agradeço, agradeço também primeiramente a Deus por tudo que me concedeu, agradeço minha família e também todos os meus alunos que se arriscaram por mim e não me deixaram sozinho nesse momento difícil.

Se Deus quiser quero voltar a percorrer os corredores do Colégio Mitre encontrando meus alunos e dizendo as frases que sempre dizia: "Sempre em busca do conhecimento?"; "Sempre em busca da sabedoria?"; "Sempre em busca da virtude, do bom do belo e do perfeito?" ou então ser chamado pelo apelido que eles mesmos me deram: "Professor virtuoso!"

Se não for possível isso me despeço com tranquilidade, com a consciência limpa, deixei uma mensagem bela de esperança e de amor a Deus no coração dos meus alunos. Graças a Deus não levo rancor de ninguém, seguindo a máxima de Cristo: "Amai aos vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, rezai pelos que vos perseguem."

E se não nos encontrarmos mais, a última coisa que gostaria de dizer para os meus alunos e todos os presentes é o seguinte: "De que adianta a homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" lembrar que essa vida é passageira e depois dela nos aguarda a eternidade, e a pergunta que fica é: "Onde passarei minha eternidade?"

Portanto estudem, busquem a verdade, rezem, amem a Deus de todo o coração, sejam virtuosos, amem sua família, sejam castos e quem sabe assim um dia Deus possa fazer do Brasil uma nação melhor, mais livre, mais virtuosa, mais inteligente e mais cristã.

Encerro por aqui essas breves palavras, obrigado a todos.

Viva Deus, Viva Nossa Senhora, Viva o Brasil.


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Postado originalmente em: "Por uma Intelectualidade Cristã!"

A visão profética do Pe. Pio

Salve Maria, caros leitores e leitoras.

Segue abaixo, um post de Cristina Siccardi, postado inicialmente no Corrispondenza Romana e traduzido pelo Fratres, no qual a autora relata uma visão de São Padre Pio de Pietrelcina, que fala sobre a agonia de Cristo e sobre os ministros sagrados da Santa Igreja. 

Leiam, e rezem pela santificação de todo o clero, que, através deste, poderemos nos santificar cada vez mais e santificar aos outros.

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Existe na história da Igreja, além da leitura dos acontecimentos, real ou falsa, uma outra leitura, a dos místicos, que têm o privilégio de ser objeto da predileção divina e, portanto, de serem informados diretamente pelo Céu sobre os eventos, fazendo-se de porta-vozes dos anúncios sobrenaturais e das profecias.

Nos tempos atuais de confusão, mistificação, engano e erro da e na Fé, torna-se muito interessante ler o que o Padre Pio de Pietrelcina escreve a seu confessor, Padre Agostinho, em 7 de abril de 1913. Nesse sofrido escrito o santo descreve uma aparição de Cristo agonizante devido ao comportamento dos sacerdotes indignos: 

“Na sexta-feira de manhã eu me encontrava ainda na cama, quando Jesus me apareceu. Estava todo maltratado e desfigurado. Ele me mostrou uma grande multidão de sacerdotes regulares e seculares, entre os quais diversos dignitários eclesiásticos; destes, alguns estavam celebrando, outros se desviando, e outros se despindo das vestes sagradas. A visão de Jesus angustiado causava-me muita pena, por isso quis Lhe perguntar por que sofria tanto. Não obtive nenhuma resposta. Contudo, seu olhar se dirigiu para aqueles sacerdotes; mas pouco depois, quase horrorizado e como se fosse parar de fitar, retirou o olhar e, quando o voltou para mim, observei com grande horror duas lágrimas que Lhe sulcavam o rosto. Distanciou-se daquela turba de sacerdotes com uma grande expressão de desgosto na face, gritando: ‘Açougueiros!’"

E voltando-se para mim, disse: "Meu filho, não acredites que minha agonia foi de três horas, não; Eu estarei, por causa das almas mais beneficiadas, em agonia até o fim do mundo. Durante o tempo da minha agonia, meu filho, não se deve dormir. Minha alma vai em busca de algumas gotas de compaixão humana, mas infelizmente me deixam sozinho sob o peso da indiferença. A ingratidão e o sono de meus ministros tornam minha agonia mais pesada. Oh, como correspondem mal ao meu amor! O que mais me aflige é que à indiferença essas pessoas juntam o desprezo, a incredulidade. Quantas vezes Eu estive para fulminá-los, se não tivesse sido contido pelos anjos e pelas almas enamoradas de Mim… Escreve ao teu confessor e narra-lhe o que viste e ouviste de Mim esta manhã. Diz-lhe que mostre a tua carta ao Provincial …"

Jesus ainda continuou, mas o que Ele disse não posso jamais revelar a criatura alguma neste mundo. Essa aparição me causou uma tal dor no corpo, mas ainda mais na alma, que durante todo o dia fiquei prostrado e julguei que fosse morrer, se o dulcíssimo Jesus já não me tivesse revelado… Jesus infelizmente tem razão para lamentar de nossa ingratidão! Quantos desgraçados de nossos irmãos correspondem ao amor de Jesus lançando-se de braços abertos na seita infame da maçonaria!

Rezemos por eles, a fim de que o Senhor ilumine suas mentes e toque seus corações. Encoraje o nosso padre provincial, que receberá do Senhor um copioso socorro de favores celestes. O bem da nossa província mãe deve ser a sua constante aspiração. Para isso devem tender todos os seus esforços. Para esse fim devem ser direcionadas as nossas orações, tudo o que possuímos. Na reorganização da província, não podemos poupar ao provincial as dificuldades, as doenças, as fadigas; contudo, cuidar para não perder o ânimo, o misericordioso Jesus sustentará a empresa. A guerra dos cossacos vai se intensificando cada vez mais, mas não tenha medo, com a ajuda de Deus” (Padre Pio da Pietrelcina, Epistolario I, por Melchiorre da Pobladura e Alessandro da Ripabottoni, San Giovanni Rotondo 2004, pp. 350 e ss., carta no. 123).


Padre Pio, como ele assinava, demonstra com este documento o seguinte: 
1) Na Igreja existem ministros que fazem agonizar e irar (desejo de fulminá-los) o Filho de Deus; 
2) Esses ministros demonstram sua indiferença e ingratidão para com Quem os chamou a uma tão alta honra; 
3) Eles desagradam seriamente o Senhor Jesus, a ponto de O fazerem gritar, referindo-se a eles, “Açougueiros!”, pelo fato de se aproximarem do Santíssimo Sacramento com indiferença, desprezo e descrença; 
4) Eles são abertamente acusados de entrar e fazer parte da “seita infame da maçonaria”; 
5) A guerra lançada pelos maçons na Igreja é cada vez mais forte (estamos no ano 1913), mas não faz temer o Padre Pio, porque ele confia na ajuda do Onipotente.

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Re-paragrafamento nosso. Os destaques são da postagem original.