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Há cem anos morria um papa santo

Há cem anos morria um papa santo
O semblante sereno de Pio X no leito de morte já manifestava a sua entrada no céu

Há cem anos, os grandes sinos da Basílica de São Pedro tocavam pro pontífice agonizante, anunciando ao mundo a morte de um papa santo. Pio X, que durante 11 anos havia governado a Igreja com bondade e sabedoria, partia para a casa do Pai, enquanto o Santíssimo Sacramento era exposto em todas as Basílicas patriarcais de Roma. À Praça de São Pedro logo acorreu milhares de fiéis, dispostos a dar o seu último adeus àquele distinto pontífice. Diante da serenidade com que se apresentava no leito de morte, o médico apenas pôde exprimir estas palavras: “Olhai-o, não está realmente admirável?” [1]

Pio X foi um papa singular sob muitos aspectos. Quando a 20 de julho de 1903 faleceu Leão XIII, as espectativas de que o então patriarca de Veneza, cardeal Giuseppe Melchiorre Sarto, fosse escolhido sucessor de São Pedro eram mínimas. O próprio prelado não cogitava a eleição. Há quem diga que, para a viagem ao conclave do qual sairia papa, tenha comprado passagens de ida e de volta. Além disso, Sarto não almejava o pontificado, sobretudo, por se considerar incapaz de exercer “essa tarefa urgente e dificílima” [2]. Outro fator que pesava contra a sua candidatura era a marca de seu predecessor. Leão XIII era um gênio político, de grande envergadura intelectual. Sarto era apenas um “pároco de aldeia”, como gostava de se definir. Mas a providência divina tinha outros planos.

A princípio, tudo parecia convergir para o cardeal Rampolla, Secretário de Estado de Leão XIII, não fosse o veto imposto por políticos austríacos ao seu nome. O Imperador da Áustria tinha esse “direito” segundo um antigo privilégio. Mas embora a Cúria tenha rechaçado a intervenção, dando ainda mais votos ao antigo braço direito do falecido papa, o fato é que Rampolla não foi capaz de obter o número necessário para a eleição. Fez-se verdade o antigo adágio sobre os conclaves: sai cardeal quem entra papa. O prelado começou a cair escrutínio após escrutínio. Em contrapartida, ganhava força o nome de Sarto.

Quando percebeu que seria eleito Sumo Pontífice, o cardeal não pôde esconder seu assombro e angústia diante da vontade de Deus. A sua primeira atitude, por conseguinte, foi de renúncia. O futuro papa considerava o ministério petrino como uma cruz extremamente pesada para os seus ombros. Recolheu-se para rezar numa capela. Banhado em lágrimas, já sabendo que seria inevitável, aceitou a eleição, tomando para si o nome de Pio X, “em memória dos santos pontífices que, no século passado, lutaram corajosamente contra os erros que pululavam” [3].

E tão logo assumiu o trono de São Pedro, o novo papa fez valer a herança de seus pios predecessores, lançando mãos à obra de recristianização das sociedades. A palavra de ordem era esta: “Restaurar todas as coisas em Cristo” [4]. Com efeito, tudo o que concorria para o bem espiritual da Igreja ganhou prioridade em seu pontificado: a defesa da fé, a atenção aos humildes, a piedade popular, os direitos da Igreja etc. Interessava-lhe, sobretudo, a Sacrifício Eucarístico, o que lhe renderia posteriormente a alcunha de “Papa da Eucaristia”. Assim, incentivou fortemente a comunhão diária além de permiti-la também a crianças com sete anos de idade. Isso porque, tendo a visão espiritual de um santo, Pio X já previa a tragédia na qual a humanidade cairia anos mais tarde. A respeito da guerra, o papa advertiu: “O desejo da paz certamente está bem presente em cada um e não há ninguém que não a invoque com ardor. Mas querer paz sem Deus é absurdo. Onde não há Deus, não há justiça. Onde não há justiça, em vão nutre-se esperança de paz” [5].

Por conseguinte, à medida que Pio X expunha sua figura à sociedade, quer por meio de suas encíclicas e exortações, quer por meio de seus gestos de bondade, crescia a veneração dos fiéis em torno do pontífice. O historiador Daniel-Rops assim descreve [6]:

“Os católicos admiraram Leão XIII e Pio XI; mas amaram Pio X, o seu sorriso de luz, a sua bondade sem reserva, a sua inesgotável caridade. Já em vida se construíra à volta da sua pessoa uma ‘legenda áurea’, abundante em pormenores comovedores, palavras exemplares e até narrativas de milagres (...) Mesmo que alguns traços tenham sido embelezados, ainda ficam outros, indiscutíveis, para que a sua figura nos apareça fora de série”.

Dada a santidade de Pio X, é possível, então, compreender o seu combate severo às heresias, mormente ao modernismo — “a síntese de todos os erros” [7]. É dever do pastor usar o cajado contra os lobos que atacam o rebanho, pois “não se trata de amor, quando se toleram comportamentos indignos da vida sacerdotal. E também não se trata de amor, se se deixa proliferar a heresia, a deturpação e o descalabro da fé, como se tivéssemos nós autonomamente inventado a fé” [8]. Era com base nesta consciência que o santo papa não economizava palavras contra os modernistas: “Não se afastará, portanto, da verdade quem os tiver como os mais perigosos inimigos da Igreja.” [9]

A 20 de agosto de 1914, Deus chamava para o sono eterno o “Papa da Eucaristia”, que tanto tempo lutara para estabelecer a cruz de Cristo sobre todo o mundo. Pio X não suportara a notícia da guerra que então começava a arrasar dezenas de nações. 40 anos depois ele seria elevado às glórias dos altares pelas mãos de outro Pio: “A santidade, inspiradora e guia de Pio X em todos os seus empreendimentos, brilhou ainda mais fulgurante em suas ações quotidianas. A meta que almejava, unir e restaurar todas as coisas em Cristo, é algo que ele fez se tornar realidade em si mesmo antes de levá-la aos outros” [10].

Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Referências

  1. DEL VAL, Rafael Merry. O Papa que eu conheci de perto — Memórias de São Pio X. São Paulo: Artpress, 2001, pág. 115.
  2. Pio X, Carta Enc. E Supremi Apostolatus (4 de outubro de 1903), n.3
  3. DANIEL-ROPS. A Igreja das revoluções: um combate por Deus. São Paulo: Quadrante, 2006, pág. 73.
  4. Pio X, Carta Enc. E Supremi Apostolatus (4 de outubro de 1903).
  5. Ibidem, n. 7 
  6. DANIEL-ROPS. A Igreja das revoluções: um combate por Deus. São Paulo: Quadrante, 2006, pág. 83.
  7. Pio X, Carta Enc. Pascendi Dominici Gregis (8 de setembro de 1907).
  8. Bento XVI, Homilia de encerramento do Ano Sacerdotal (11 de junho de 2010).
  9. Pio X, Carta Enc. Pascendi Dominici Gregis (8 de setembro de 1907).
  10. Há 60 anos, o Santo Papa Sarto era canonizado in Fratres in unum.

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Imagem: arquivo pessoal

Não, Pio XII não se calou

Salve Maria caros leitores,

Segue abaixo um artigo importado do site CHRISTO NIHIL PRAEPONERE, em que é deixado bem claro para que Pio XII jamais compactuou com qualquer das atitudes dos líderes nazistas (entenda-se Hitler). De certa maneira me lembrou um pouco do que estamos vivenciando com os ataques contra o Papa Francisco (nota-se também evidente o amor dos dois papas para com os pobres e marginalizados).
Vale a pena parar uns minutinhos para ler, e saber como defender a Santa Igreja e a identidade Papal dessa corja demoníaca que ataca a Igreja e seus membros.

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Passados 55 anos da morte do venerável Papa Pio XII, é momento de voltar alguns anos e honrar a sua grandiosa memória



Há uma lenda negra em curso: a de que o Papa Pio XII teria sido conivente com os crimes perpetrados pelos nazistas em meados do século XX.

Essa mentira nasceu de uma peça teatral, produzida por Rolf Hochhuth, no ano de 1963, de nome "O Vigário" (Der Stellvertreter, em alemão). Nela, Eugenio Pacelli é retratado como um homem pusilânime e covarde diante da deportação de judeus para campos de concentração. A obra de Hochhuth inspirou o filme Amen (Costa-Gavras, 2002). No decorrer da trama, um padre jesuíta tem pressa para falar com o Papa, para pedir a ele que se manifeste com mais veemência a favor dos judeus e contra o Holocausto. O clérigo é recebido com frieza pela personagem de Pacelli, que se limita a dizer que o coração do Pontífice sangra pelas vítimas do Holocausto... e nada mais.

O auge da difamação acontece em 1999, com a publicação de "O Papa de Hitler" (The Hitler’s Pope). Mesmo que o seu autor, John Cornwell, tenha admitido que, ao escrever a dita biografia, "faltou equilíbrio" de sua parte, o mito permanece e não são poucos os acadêmicos que recorrem a todas estas obras mentirosas para acusar a Igreja de conluio com Hitler.

Os fatos, porém, são outros. Hoje, sabe-se que tanto barulho em torno da figura de Pacelli não passou de um plano arquitetado pela KGB para desacreditar a Igreja Católica. Além disso, ainda que Pio XII tenha preferido a estratégia de ações concretas para poupar a vida de milhares de judeus, não é correto falar que o Pontífice tenha se "silenciado" diante da iniquidade que se passava na Alemanha.

A ação de Eugenio Pacelli contra o nazismo começa ainda no pontificado de Pio XI, quando ele era secretário do Estado do Vaticano. Em 1937, foi ele quem escreveu grande parte da famosa encíclica Mit Brennender Sorge ("Com ardente preocupação"), condenando os erros do nazismo. "Naquele tempo, Pio XI estava gravemente doente e lembro-me de [que] ele reteve o texto de Pacelli durante dois dias, corrigindo-o só levemente e assinando-o, depois. Portanto, esta encíclica que mostrava o verdadeiro rosto do nazismo, foi obra do cardeal Pacelli", conta o padre Roberto Leibier, colaborador de Pio XII.

A carta foi lida integralmente, durante a Missa, em mais de 11 mil igrejas da Alemanha. Suas palavras eram duras: "Só espírito superficiais podem cair no erro de falar de um Deus nacional, de uma religião nacional, e empreender a louca tentativa de encerrar Deus, criador do mundo, nos limites de um só povo e na estreiteza étnica de uma única raça". E ainda: "As leis humanas que estão em contraste insolúvel com o direito natural, estão feridas de vício original, não sanável nem com coações nem com desdobramento de força externa".

Os nazistas tinham entendido a mensagem de Roma. Ainda que a carta de Pio XI em nenhum momento usasse as palavras "nazismo" ou "judeus", o órgão oficial da SS – a organização paramilitar ligada ao Partido Nazista – qualificara a encíclica como "um insulto à nova Alemanha". Também Hitler reagiu à ousadia da Igreja, no 1º de maio daquele mesmo ano: "Não podemos suportar que esta autoridade, que é a autoridade do povo alemão, seja atacada por quem quer que seja. Isto vale para todas as Igrejas. Enquanto elas se ocupam dos seus problemas religiosos, o Estado não se preocupa com elas. Mas, quando elas tentam, através de medidas de todo o gênero, com escritos, encíclicas, etc., atribuir a si mesmas direitos que competem exclusivamente ao Estado, nós reprimi-las-emos (...). Da moralidade do Estado e do povo alemão tratarão os dirigentes do Estado alemão".



A represália dos dirigentes do Partido Nazista foi grande. A imprensa católica foi suprimida e processos contra clérigos católicos ressuscitaram das cinzas. Quando o Papa Ratti faleceu e Pacelli foi eleito, ele sabia da responsabilidade que tinha diante de si, do perigo que corriam não só os judeus, mas os próprios católicos alemães. Se uma mensagem com expressões indiretas causara tamanho rebuliço, uma condenação mais direta poderia causar uma verdadeira tragédia.

Mesmo consciente disto, Pio XII não se calou. Mal assumira o trono de Pedro, Pio XII condenou "a premeditada agressão a um povo pequeno, trabalhador e pacífico, com o pretexto de uma ameaça que nem existe nem é querida e nem sequer é possível" e pediu o respeito "às verdadeiras necessidades e às justas exigências das nações e dos povos, como também das minorias étnicas", fazendo clara alusão ao povo judeu.

Quando o exército alemão invadiu os países baixos, novamente o Pastor Angelicus levantou a sua voz. Enviou telegramas aos soberanos da Holanda, da Bélgica e de Luxemburgo, deplorando as ações bélicas nazistas perpetradas "contra a sua vontade e o seu direito". De novo, as atitudes do Papa não agradaram nada às potências do Eixo. O texto das mensagens diplomáticas foi publicado por L’Osservatore Romano e "os ardinas do jornal vaticano foram maltratados tal como foram agredidos todos os que foram vistos com um exemplar do diário".

Em dezembro de 1940, Pio XII oferece socorro aos refugiados da guerra e decide nominar diretamente os judeus. "Nem menor conforto é para nós ter tido condições de consolar, com a assistência moral e espiritual dos nossos representantes e com o óbolo dos nossos subsídios, um número enormíssimo de refugiados, de expatriados e de emigrantes, também entre os de estirpe semita...".

As manifestações do Santo Padre não param aí. Nas grandes radiomensagens natalícias de 1941 e 1942, o Papa Pacelli não poupou tinta para condenar a totaler Krieg ("guerra total") de Hitler e "o conceito que reivindica para certas nações, raças ou classes o instinto jurídico, como último imperativo e norma sem apelação". Era uma denúncia direta do ódio pregado pelos orgulhosos advogados da "raça ariana", os nazistas.

Um fato particularmente curioso da vida de Pacelli ilustra sua inconformidade visceral com os projetos de Adolf Hitler. De acordo com a sua fiel serviçal, a irmã Paschalina Lehnert, Pio XII estava convencido, ainda nos tempos de nunciatura em Berlim, de que Hitler "estava completamente possesso". Tudo leva a crer que estas palavras devem ser lidas em seu sentido literal. Um de seus sobrinhos conta que "Pio XII teria até o hábito de rezar, durante a guerra, orações de exorcismo para tentar expulsar o diabo da alma de Hitler".

Papa de Hitler? Pode-se até questionar a ação diplomática de Pio XII em tempos de guerra: se poderia ter sido mais prudente ou mais enfático, se poderia ter se pronunciado mais ou dito menos... Porém, falar de "silêncio" ou pior, de pacto com Hitler, é aderir à tática suja de quem usa qualquer pedaço de pau para bater na Igreja Católica. O Pastor Angelicus manifestou-se várias vezes em favor da vida dos inocentes e contra as arbitrariedades ideológicas dos partidários nazistas.

Isto não é apologia de católico papista; é apenas história.

Por Equipe Christo Nihil Praeponere
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Referências:

  1. The papacy: For God’s sake
  2. O fim de uma longa farsa
  3. Andrea Tornielli, Pio XII, il Papa degli ebrei. Trad. António Maia da Rocha. Porto: Ed. Civilização. P. 99
  4. Pius XI, Mit Brennender Sorge (14/03/1937)
  5. Discurso a los miembros del Sacro Colegio y de la Prelatura Romana con motive de las felicitaciones de Navidad
  6. Andrea Tornielli, Pio XII, il Papa degli ebrei. P. 163
  7. Allocuzione "Grazie, Venerabili fratelli"
  8. Natal de 1942
  9. Lehnert P., Pio XII – Il privilegio di servirlo, Rusconi, Milão 1984
  10. Andrea Tornielli, Pio XII, il Papa degli ebrei. P. 110


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Fonte (dessa importação): Site CHRISTO NIHIL PRAEPONERE

"Os anjos nos invejam de uma só coisa: que eles não podem sofrer" - Pe. Pio

Salve Maria,

Aqui vemos que o Anjo não nos livra da Cruz, mas sente e compadece conosco. Mas também se alegra com nossas dores, enquanto as aceitamos dignamente para a glória de DEUS. Outra vez quando o Padre Pio foi muito atacado pelos demônios, o Anjo lhe disse: 
Agradece a Jesus por te estar tratando como a um escolhido para subir o caminho escarpado para o Calvário. Alma confiada por Jesus aos meus cuidados, eu guardo com alegria e profunda comoção este comportamento de Jesus contigo. Acaso pensas que estaria tão feliz se não te visse tão maltratado? Eu, que em santo amor desejo teu bem, começo a jubilar mais e mais ao ver-te neste estado. Jesus permite estes assaltos do diabo porque Sua compaixão te faz querido a Ele e Ele quer que te pareças com ELE no deserto, no Jardim (das Oliveiras) e na Cruz” (Ibid., 330–331).

Isso combina muito bem com o que o Padre Pio disse uma vez: “Os Anjos nos invejam de uma só coisa: que eles não podem sofrer por DEUS” (Send me your Angel, 65).

Queremos nos deixar inspirar por este grande Santo e pôr em prática os seus conselhos a respeito dos Anjos. E mesmo que ele não viva mais e, por isso, não possamos enviar mais os nossos Anjos da Guarda a San Giovanni Rotondo, não quer dizer que acabou a grande ajuda deste grandioso Santo. Muito mais podemos enviar agora os nossos Anjos da Guarda para o Padre Pio no céu, confiando que ele tem agora ainda mais poder para nos ajudar.
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Padre Pio nos explica a Santíssima Trindade

Salve Maria,
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Tradução: Carlos Wolkartt

Em abril de 1920, Padre Pio recebe em seu confessionário uma jovem de 25 anos, que lhe diz: “Padre, o motivo de minha presença não é a confissão, mas o esclarecimento de algumas dúvidas que me atormentam. Perturba-me, sobretudo, o mistério da Santíssima Trindade”.

O padre, com palavras sensíveis, começou a dissipar as dúvidas: “Filha, quem pode compreender e explicar os mistérios de Deus? Chamam-se mistérios justamente porque não podem ser compreendidos por nossa pequena inteligência. Podemos formar alguma ideia com exemplos. Alguma vez já viste a preparação da massa para fazer o pão? O que faz o padeiro? Toma a farinha, o fermento e a água. São três elementos distintos: a farinha não é o fermento nem a água; o fermento não é a farinha nem a água; e a água não é a farinha nem o fermento. Misturam-se os três elementos e se forma uma só substância. Portanto, três elementos distintos formam, juntos, uma só substância. Com essa massa, se faz três pães que têm a mesma substância, mas possuem formas distintas um do outro. Isto é, três pães distintos um do outro, porém uma única substância.

Assim se diz de Deus: Ele é Uno na natureza, Trino nas pessoas iguais e distintas uma da outra. O Pai não é o Filho nem o Espírito Santo; o Espírito Santo procede do Pai e do Filho. São três pessoas iguais, porém distintas. Contudo, é um só Deus, porque única e idêntica é a natureza de Deus”.
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A Missa de São Pe. Pio

Salve Maria...

Para a 2ª postagem de 2012, trago uma "Reportagem" com Pe. Pio sobre a Santa Missa... Muito importante as respostas dele.



Padre, o Sr. ama o Sacrifício da Missa?
Sim, porque Ela regenera o mundo.

Que glória dá a Deus a Missa?
Uma glória infinita.

Que devemos fazer durante a Missa?
Compadecer-nos e amar.

Padre, como devemos assistir à Santa Missa?
Como assistiram a Santíssima Virgem e as piedosas mulheres. Como assistiu S. João Evangelista ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrifício cruento da Cruz.

Padre, que benefícios recebemos ao assistir à Santa Missa?
Não se podem contar. Vê-lo-ás no céu. Quando assistires à Santa Missa, renova a tua fé e medita na Vítima que se imola por ti à Divina Justiça. Não te afastes do altar sem derramar lágrimas de dor e de amor a Jesus, Crucificado por tua salvação. A Virgem Dolorosa te acompanhará e será tua doce inspiração.

Padre, que é sua Missa?
Uma união sagrada com a Paixão de Jesus. Minha responsabilidade é única no mundo. (Dizia-o chorando.)

Que devo descobrir na sua Santa Missa?
Todo o Calvário.

Padre, diga-me tudo o que o senhor sofre durante a Santa Missa.
Sofro tudo o que Jesus sofreu na sua Paixão, embora sem proporção, só enquanto pode fazê-lo uma criatura humana. E isto, apesar de cada uma de minhas faltas e só por sua bondade.

Padre, durante o Sacrifício divino o senhor carrega os nossos pecados?
Não posso deixar de fazê-lo, já que é uma parte do Santo Sacrifício.

O senhor considera a si mesmo um pecador?
Não o sei, mas temo que assim seja.

Eu já vi o senhor tremer ao subir aos degraus do altar. Por quê? Pelo que tem de sofrer?
Não pelo que tenho de sofrer, mas pelo que tenho de oferecer.

Em que momento da Missa o senhor sofre mais?
Na Consagração e na Comunhão.

Padre, esta manhã na Missa, ao ler a história de Esaú, que vendeu os direitos de sua primogenitura, seus olhos se encheram de lágrimas.
Parece-te pouco desprezar o dom de Deus!?

Por que, ao ler o Evangelho, o senhor chorou quando leu estas palavras: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue...”
Chora comigo de ternura!

Padre, por que o senhor chora quase sempre que lê o Evangelho na Missa?
A nós nos parece que não tem importância que um Deus fale às suas criaturas e elas O contradigam e continuamente O ofendam com sua ingratidão e incredulidade.

Sua Missa, Padre, é um sacrifício cruento?
Herege!

Perdão, Padre, quis dizer que na Missa o Sacrifício de Jesus não é cruento, mas a sua participação em toda a Paixão o é. Engano-me?
Não, nisso não te enganas. Creio que tens toda a razão.

Quem lhe limpa o sangue durante a Missa?
Ninguém.

Padre, por que o senhor chora no Ofertório?
Queres saber o segredo? Pois bem: porque é o momento em que a alma se separa das coisas profanas.

Durante sua Missa, Padre, o povo faz um pouco de barulho...
Se estivesses no Calvário, não ouvirias gritos, blasfêmias, ruídos, e ameaças? Havia um alvoroço enorme.

Não o distraem os ruídos?
Em nada.

Padre, por que sofre tanto na Consagração?
Não sejas maldoso... (Não quero que me perguntes isso...)

Padre, diga-me: por que sofre tanto na Consagração?
Porque nesse momento se produz realmente uma nova e admirável destruição e criação.

Padre, por que chora no altar, e que significam as palavras que pronuncia na Elevação? Pergunto por curiosidade, mas também porque quero repeti-las com o senhor.
Os segredos do Rei Supremo não podem revelar-se nem profanar-se. Pergunta-mes por que choro, mas eu não queria derramar essas pobres lagrimazinhas, mas torrentes de lágrimas. Não meditas neste grandioso mistério?

Padre, o senhor sofre, durante a Missa, a amargura do fel?
Sim, muito freqüentemente...

Padre, como pode estar-se de pé no Altar?
Como estava Jesus na Cruz.

No altar, o senhor está pregado na Cruz, como Jesus no Calvário?
E ainda me perguntas?

Como se acha o senhor?
Como Jesus no Calvário.

Padre, os carrascos deitaram a Cruz no chão para pregar os cravos em Jesus?
Evidentemente.

Ao senhor também lhos pregam?
E de que maneira!

Também deitam a Cruz para o senhor?
Sim, mas não devemos ter medo.

Padre, durante a Missa o senhor pronuncia as Sete Palavras que Jesus disse na Cruz?
Sim, indignamente, mas também as pronuncio.

E a quem diz: “Mulher, eis aí teu filho”?
Digo para Ela: “Eis aqui os filhos de Teu Filho”.

O senhor sofre a sede e o abandono de Jesus?
Sim.

Em que momento?
Depois da Consagração.

Até que momento?
Costuma ser até a Comunhão.

O senhor diz que tem vergonha de dizer: “Procurei quem me consolasse e não achei”. Por quê?
Porque nossos sofrimentos de verdadeiros culpados não são nada em comparação com os de Jesus.

Diante de quem sente vergonha?
Diante de Deus e da minha consciência.

Os Anjos do Senhor o reconfortam no Altar em que o senhor se imola?
Pois... não o sinto.

Se não lhe vem o consolo até à alma durante o Santo Sacrifício, e o senhor sofre, como Jesus, o abandono total, nossa presença não serve para nada.
A utilidade é para vós. Por acaso foi inútil a presença da Virgem Dolorosa, de São João e das piedosas mulheres aos pés de Jesus agonizante?

Que é a Sagrada Comunhão?
É toda uma misericórdia interior e exterior, todo um abraço. Pede a Jesus que se deixe sentir sensivelmente.

Quando Jesus vem, visita somente a alma?
O ser inteiro.

Que faz Jesus na Comunhão?
Deleita-se na sua criatura.

Quando se une a Jesus na Santa Comunhão, que quer peçamos a Deus pelo senhor?
Que eu seja outro Jesus, todo Jesus e sempre Jesus.

O senhor sofre também na Comunhão?
É o ponto culminante.

Depois da Comunhão, continuam seus sofrimentos?
Sim, mas não sofrimentos de amor.

A quem se dirigiu o último olhar de Jesus agonizante?
À sua Mãe.

E o senhor para quem olha?
Para meus irmãos de exílio.

O senhor morre na Santa Missa?
Misticamente, na Sagrada Comunhão.

É por excesso de amor ou de dor?
Por ambas as coisas, porém mais por amor.

Se o senhor morre na Comunhão, continua a ficar no Altar? Por quê?
Jesus morto permanecia pendente da Cruz no Calvário.

Padre, o senhor disse que a vítima morre na Comunhão. Colocam o senhor nos braços de Nossa Senhora?
Nos de São Francisco.

Padre, Jesus desprega os braços da Cruz para descansar no Senhor?
Sou eu quem descansa n’Ele!

Quanto ama a Jesus?
Meu desejo é infinito, mas a verdade é que, infelizmente, tenho de dizer nada e me causa pena.

Padre, por que o senhor chora ao pronunciar a última palavra do Evangelho de São João: “E vimos sua glória como do Unigênito Pai, cheio de graça e de verdade”?
Parece-te pouco? Se os Apóstolos, com seus olhos de carne, viram essa glória, como será a que veremos no Filho de Deus, em Jesus, quando se manifestar no céu?

Que união teremos então com Jesus?
A Eucaristia nos dá uma idéia.

A Santíssima Virgem assiste à sua Missa?
Julgas que a Mãe não se interessa por seu Filho?

E os Anjos?
Em multidões.

Padre, quem está mais perto do Altar?
Todo o Paraíso.

O senhor gostaria de celebrar mais de uma Missa por dia?
Se eu pudesse, não quereria descer do Altar.

Disseram-me que traz com o senhor o seu próprio Altar...
Sim, porque se realizam estas palavras do Apóstolo: “Eu trago no meu corpo os estigmas de Jesus”. “Estou cravado com Cristo na Cruz.” “Castigo o meu corpo, e o reduzo à escravidão...”

Nesse caso, não me engano quando digo que estou vendo Jesus Crucificado!
(Nenhuma resposta)

Padre, o senhor se lembra de mim na Santa Missa?
Durante toda a Missa, desde o princípio até o fim, lembro-me de ti.

A Missa do Padre Pio, em seus primeiros anos, durava mais de duas horas. Sempre foi um êxtase de amor e de dor. Seu rosto estava inteiramente concentrado em Deus e cheio de lágrimas. Um dia, ao confessar-me, perguntei-lhe sobre este grande mistério:

Padre, quero fazer-lhe uma pergunta.
Dize-me, filho.

Padre, queria perguntar-lhe que é a Missa?
Por que me perguntas isto?

Para ouvi-la melhor, Padre.
Filho, posso dizer-te que é a minha Missa.

Pois é isso o que quero saber, Padre.
Meu filho, estamos na Cruz, e a Missa é uma contínua agonia.

Tirada de Tradition Catolica, nº 141, nov. 98 citando "Assim Falou o Padre Pio" (S. Giovanni Rotondo, Foggia, Itália, 1974) com o Imprimatur de D. Fanton, Bispo Auxiliar de Vicenza.

Padre Pio - O filme

Salve Maria,

Para a 16ª postagem da série trago agora - por motivos de devoção pessoal minha e de centenas de milhares de católicos - o filme de padre Pio; embora o áudio não esteja em português e só de para acompanhar o filme pelas legendas em português, o filme é muito bom mesmo. Bom filme a todos. 

PS>>> Deixem comentários sobre esse filme.
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