Decapitação do Papa na PUC-SP

Salve Maria caros leitores,

Segue abaixo o vídeo da peça teatral (de muito mal gosto e desrespeito, por sinal), apresentada no pátio da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em que Sua Santidade o Papa é desrespeitado, ofendido e por último DECAPITADO. 

Claro que é somente um teatro, mas de fato, só mostra onde que o desrespeito pela Igreja ou por tudo que é regido por ela, pode chegar. 

Ajudem a divulgar esse horror e a dar força na decisão do Grão-Chanceler da Puc-SP à respeito da eleição da nova reitoria da Universidade, que levou à essa coisa vergonhosa. Vejam, é simplesmente deplorável.



PS>> A situação da reitoria da qual eu falei acima, pode ser vista aqui no blog mesmo através desse link.

Deputado gay no Brasil ofende o Papa após o seu primeiro tweet, católicos reagem

Salve Maria, Caros Amigos!

Quero compartilhar, e levar ao conhecimento de todos, quem nós colocamos na Câmara Federal, que acusa um líder Religioso e de Estados, faltando com total desrespeito. em seu comentário e disse e o santo Padre é um dos maiores Hipócritas e de semeador de Ódio.

Leiam esse breve artigo que se espalha nas paginas de jornal e na mídia das redes sociais.
E despis dessa leitura avaliem bem que é hipócrita e quem tem mais sabedoria!

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BRASILIA, 19 Dez. 12 / 05:03 pm (ACI).- Após o primeiro tweet do Papa Bento XVI no dia 12 de dezembro, o deputado homossexual brasileiro Jean Wyllys publicou em sua conta de twitter várias ofensas ao Santo Padre, referindo-se a ele como “potencial genocida” e “hipócrita”. Diante das acusações de Wyllys, católicos no Brasil reagiram e pediram uma retratação do parlamentar por ter ofendido o líder da religião da maioria da população brasileira e um chefe de estado.

Esta não foi a primeira vez que o deputado e ativista das causas LGBT no Brasil insulta o Papa e levanta acusações à Igreja. Entretanto, os insultos do deputado não ficaram sem respostas por parte dos cristãos brasileiros.

O blogueiro católico Vanderlúcio Souza escreveu ao deputado que com suas posturas ele “ofendia um Chefe de Estado”.

“Católicos pedem tolerância e que o deputado pare de semear o ódio”, escreveu Vanderlúcio.

Em resposta, o deputado gay escreve: “No dia em que o papa deixar de "semear ódio" e intolerância nesses casos, eu deixarei de reagir; do contrário, não me calo”, e também publicou: “E vá ver o sentido de hipócrita para usá-lo corretamente: se há hipócrita, esse é o @pontifex”.

Em outros tweets o deputado afirma ainda sobre o Papa Bento: “Um líder religioso que foi membro da juventude nazista e ofende os homossexuais e sua luta? Não merece respeito!”. “Genocida em pontencial* --> “Papa considera o casamento igualitário "uma ferida grave infligida à justiça e à paz". (*NdE: erro de português cometido pelo deputado).

O parlamentar brasileiro ainda levanta acusações contra a Igreja católica criticando sua postura frente aos preservativos, acusando-a de fazer silêncio ante o casos de abusos sexuais por parte de alguns clérigos e de acumular dinheiro.

“É lamentável a postura do deputado Jean Wyllys em semear o ódio ao chamar o líder máximo da Igreja Católica e chefe de estado, Bento XVI, de hipócrita. Ainda mais por meio de uma rede social”, disse a ACI Digital Vanderlúcio Souza.

“Vale dizer que o povo brasileiro, majoritariamente religioso, é uma nação ordeira e que convive harmoniosamente com todos os segmentos e grupos da sociedade. Atitudes como esta do parlamentar apenas incita ao preconceito e à intolerância”, destacou o blogger.

Por outra parte, a Dra. Renata Gusson, conhecida no meio católico e pró-vida por um vídeo no Youtube no qual ela afirmou a membros da subcomissão permanente da defesa da mulher em Brasília que abortistas não representam as brasileiras, também se manifestou enviando uma carta ao deputado Jean Wyllys.

Na sua missiva a Dra. Gusson escreve ao deputado e ativista homossexual brasileiro:

“O senhor, em uma clara mensagem que incita o ódio e a humilhação ao Papa, afirma diversas acusações contra a Igreja Católica. Duas coisas me chamaram a atenção: primeiro, o senhor, como uma pessoa pública e representante do povo brasileiro que o elegeu (este povo, que em último censo realizado pelo IBGE mostrou-se majoritariamente religioso), teve uma postura desrespeitosa e impertinente”.

“Gostaria de lembrá-lo que o Papa é um chefe de Estado. Aos chefes de Estado deve-se o respeito e a consideração, por mais que discordemos de suas posturas éticas, filosóficas ou religiosas. O senhor, neste ponto, considerou-se acima do respeito devido a um chefe de Estado”.

“Em segundo lugar, eu quero pedir-lhe que me envie as fontes "primárias" que comprovem TODAS as acusações que o senhor levantou contra a Igreja Católica”.

“O senhor em seus comentários deveria, por força de justiça, junto com suas acusações à Igreja, dizer quais foram os bens legados e ainda hoje mantidos pela MAIOR INSTITUIÇÃO DE CARIDADE EXISTENTE NA FACE DA TERRA. Se não o fez, prova que a intenção não era a de simplesmente discordar da visão do Santo Padre e da Igreja Católica”, afirmou Renata Gusson, católica, mãe de família e membro do movimento pró-vida em São Paulo.

“Concluo esta mensagem pedindo-lhe que venha a público desculpar-se pelo viés causado por suas mensagens e também pedir-lhe que, em uma próxima vez, lembre-se que com a fé das pessoas não se brinca; se respeita, por mais que dela discordemos”, finalizou a Dra. Gusson.

Para manifestar-se contra as declarações do deputado Jean Wyllys sobre o Santo Padre os usuários podem ligar para o gabinete do parlamentar em Brasília:

Tel: (61) 3215-5646
Ou pelo e-mail: dep.jeanwyllys@camara.leg.br
O twitter do deputado é: @jeanwyllys_real

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Fonte: acidigital

O que é o Natal?

Salve Maria caros leitores,

Nesse tempo do Advento que está por se encerrar brevemente, estava pensando: o que é de fato o Natal, que celebramos no dia 25 de dezembro? Aí vai a resposta e uma breve explicação.

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O que significa a palavra Natal?

O temo Natal deriva do Latim Natalis ou Nativitate, que se refere ao nascimento e/ou ao local onde aconteceu o nascimento. Logo o dia do nosso aniversário é a comemoração do nosso nascimento que também poderia ser chamado de nosso natal, assim como no dia 25 de dezembro é o dia da comemoração do Nascimento de Jesus.

Natal de Cristo

O Natal que o mundo inteiro celebra solenemente no dia 25 de dezembro, é a comemoração/celebração do nascimento do Deus menino, Nosso Senhor Jesus Cristo, que outrora fora anunciado pelo Anjo Gabriel:
"No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria. entrando, o anjo disse-lhe: 'Ave, cheia de graça, o Senhor é Contigo.' Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação. O anjo disse-lhe: 'Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.' Maria perguntou ao anjo: 'Como se fará isso, pois não conheço homem algum?' Respondeu-lhe o anjo: 'O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida por estéril, porque a Deus nenhuma coisa é impossível.' Então disse Maria: 'Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.' E o anjo afastou-se dela." (Lucas 1,26-38)
"In mense autem sexto missus est angelus Gabriel a Deo in civitatem Galilaeae, cui nomen Nazareth, ad virginem desposatam viro, cui nomen erat Ioseph de dono David, et nomem virginis Maria. Et ingressus ad eam dixit: 'Ave, gratia plena, Dominus Tecum'. Ipsa autem turbata est in sermone eius et cogitabat qualis esset ista salutatio. Et ait angelus ei: 'Ne timeas, Maria: invenisti enim gratiam apud Deum. Et ecce concipies in utero et paries fiilium et vocabis nomen eius Iesum. Hic erit magnus et Filius Altissimi vocabitur, et dabit illi Dominus Deus sedem Davis patris eius, et regnabit super domum lacob in aeternum, et regni eius non erit finis'. Dixit autem Maria ad angelum: 'Quomodo fiet istud, quoniam virum non cognosco?'. Et respondens angelus dixit ei: 'Spiritus Sanctus superveniet in te, et virtus Altissimi obumbrabit tibi: ideoque et quod nascetur sanctum, vocabitur Filius Dei. Et ecce Elisabeth cognata tua et ipsa concepit filium senecta sua, et hic mensis est sextus illi, quae vocatur sterilis, quia non erit impossibile apud Deum omne verbum'. Dixit autem Maria: 'Ecce ancilla Domini; fiat mihi secundum verbum tuum'. Et discessit ab illa angelus." (Lucam 1,26-38)
 Quando a Virgem Maria pronunciou o maior Sim de todos os tempos: "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo tua palavra", todo o céu rejubilou imensamente de alegria, e começa então a gestação mais esperada de todos os tempos: a gestação do Filho de Deus.

Origem do Natal

Natal (com letra maiúscula) é o nome da festa religiosa cristã que celebra o nascimento de Jesus Cristo, o centro do cristianismo. O dia de Natal, 25 de dezembro, foi estipulado pela Igreja Católica no ano de 350 através do Papa Julio I, sendo mais tarde oficializado como feriado cívico.

Na antiguidade, o Natal era comemorado em várias datas diferentes, pois não se sabia com exatidão a data do nascimento de Jesus. Na Roma Antiga, o 25 de dezembro era a data em que os romanos comemoravam o início do inverno. Portanto, acredita-se que haja uma relação deste fato com a oficialização da comemoração do Natal.

As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, pois este foi o tempo que levou para os três reis Magos (Belquior/Melquior, Baltazar e Gaspar) chegarem até a cidade de Belém e entregarem os presentes (ouro, mirra e incenso) ao menino Jesus.
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Fontes: Bíblia, SuaPesquisa.com, Significados.com.br

Identidade e pluralismo: a missão da PUC-SP

Salve Maria caros leitores,

Segue abaixo mais um pronunciamento de Sua Eminência Reverendíssima Dom Odilo Pedro Scherer, em relação à polêmica que se surgiu logo após a sua decisão, no direito de Grão-Chanceler, de nomear a Professora Anna Maria Marques Cintra como nova reitora da Universidade.

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A Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP) esteve em evidência na imprensa nos últimos dias, em função da recente nomeação da professora Anna Maria Marques Cintra como reitora da instituição. Quero, pois, esclarecer o papel e a preocupação da Igreja Católica, presente na gestão de uma universidade.

Antes, porém, reitero que a nomeação está de acordo com a norma da universidade. Escolhi a reitora entre os candidatos da lista tríplice organizada e encaminhada a mim pelo Conselho Superior da Universidade, como estabelece o estatuto da PUC-SP.

Há quem considere que a PUC-SP cumpriria melhor o seu papel sendo uma universidade laica, desvinculada da Igreja. Isso, porém, não seria coerente com a natureza de nossa universidade católica que, além de tudo, também é “pontifícia”.

Não cabem equívocos, nesse sentido, e não dissimulo meu empenho para evidenciar e fortalecer na PUC-SP a sua identidade católica.

Assim fazendo, não busco simplesmente que ela esteja alinhada com os valores cristãos, mas que dê sua contribuição específica, como instituição católica, à sociedade paulista e brasileira.

Uma universidade católica não existe apenas para defender a Igreja. O seu fim primário é o serviço à verdade e ao bem do homem. E para nós, católicos, esse afã não coloca em risco a nossa fé: na visão cristã, é plenamente harmônica a relação entre fé e razão.

“Religião do logos, o cristianismo não relega a fé para o âmbito do irracional, mas atribui a origem e o sentido da realidade à única razão criadora”, afirma Bento 16.

A unidade entre fé e razão é um elemento essencial do pensamento cristão, que não está fechado em si mesmo. A fé, ao contrário de ser limite, é luz, que amplia a visão e as perspectivas para uma análise serena e positiva dos acontecimentos sociais e para uma compreensão mais profunda do mundo e do fenômeno humano.

Para um pesquisador cristão, a coerência com a sua fé não o faz sobrepor ao seu trabalho critérios alheios à ciência; sua própria fé leva-o ao amor à verdade e ao respeito pela dignidade da pessoa humana.

Num contexto relativista, como o atual, uma universidade católica contribui para mostrar que há valores inegociáveis, como a busca da verdade, o valor da vida humana em todas as suas etapas e a dignidade da mulher.

A universidade católica, diz ainda o papa, está chamada “a não limitar a aprendizagem à funcionalidade de um êxito econômico, mas a ampliar a sua ação em vista de projetos em que o dom da inteligência investiga e desenvolve as dádivas do mundo criado, superando uma visão apenas produtivista e utilitarista da existência”.

Essa especial missão não a faz ser superior às outras universidades, mas deve levá-la a uma atitude de serviço, de diálogo e de abertura às outras instituições educativas, num autêntico espírito universitário.

Reconheço que, no meio acadêmico contemporâneo, a maneira cristã de ver o mundo e o ser humano não é compartilhada por todos. No entanto, isso não desqualifica a sua contribuição para a pluralidade da cultura; antes, explicita ainda mais a sua relevância para a construção de uma sociedade aberta, na qual possa haver um confronto entre dados de fato e valores.

Karl Popper observa que uma sociedade aberta necessita de valores, que ela própria não está em condições de produzir para si mas, muitas vezes, vai buscar no cristianismo.

Por isso, mesmo, num mundo que parece esquecer-se de Deus, uma universidade católica tem uma importante função social, também como contribuição para o pluralismo e a liberdade de pensamento. E isso não parece irrelevante para o convívio democrático!
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Você conhece a Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney?

Salve Maria,

Dom Fernando Arêas Rifan, fala sobre a crise “pós-conciliar” em Campos, o cisma com a má compreensão do Concílio Vaticano II e a regularização e volta a unidade da Igreja dos tradicionalistas em Campos (Brasil). Nasce assim a Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney.

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Fonte: Blog Valderi

Mais desrespeito e intolerância da parte dos democratas na PUC-SP

Salve Maria, caros leitores,

Segue a notícia de mais um acontecimento da lamentável manifestação que está ocorrendo na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
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O “Pátio da Cruz”, no campus da PUC-SP em Perdizes (zona oeste), foi invadido ontem por centenas de estudantes e um boneco de 3 m de altura representando um padre.

O sacerdote, que dizia “querer a PUC”, teve partes do corpo mutiladas até perder a cabeça. Morreu ouvindo a frase derradeira: “O senhor também não pode querer ter tudo. Muito menos a PUC”.

A encenação foi conduzida por um ex-aluno famoso da universidade, o diretor de teatro Zé Celso Martinez, que reuniu cerca de 200 pessoas no pátio às 18h em ato em prol do movimento grevista que pede a desistência da professora indicada para a reitoria, Anna Cintra.

Zé Celso iniciou o espetáculo com frases provocativas: “Fora Anna Cintra!”; “O Vaticano tem que entrar pelo cano! Chega!”.

A plateia –alunos, ex-alunos e professores– ovacionou a cena, adaptada do espetáculo “Arcodes”, do próprio diretor e em cartaz atualmente em São Paulo.

Zé Celso, conhecido pela inventividade (e longa duração) de suas obras, foi convidado para fazer o ato pelos próprios alunos.

“O movimento político da PUC ficou forte e vai tocar o mundo. O papa é um ditador. A Igreja castra e o catolicismo é antropófago”, disse Zé Celso, após o ato.

O diretor foi aluno de filosofia da PUC-SP. Disse ter desistido após dois anos de curso porque a instituição não tinha a democracia que tem atualmente.

DEMOCRACIA

Presente no ato, Sônia Inácio, professora de pós-graduação, disse o movimento grevista é justo.

“Acho [o ato] maravilhoso! A arte deve ser empregada também para ajudar momentos políticos.”

Para Andréia Fischer, 23, aluna de psicologia, a luta dos estudantes é maior que a indicação para a reitoria.

“É uma luta a favor da democracia em todas as universidades”, afirmou.

TERCEIRA COLOCADA

A greve começou no dia 13, depois que Anna Cintra foi indicada para a reitoria por dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo e grão chanceler da PUC-SP.

Ela ficou em terceiro lugar em uma eleição entre alunos, funcionários e professores.

O estatuto prevê que a escolha final, entre os nomes de uma lista tríplice, cabe ao cardeal, mas, tradicionalmente, o primeiro era o nomeado. O vencedor foi Dirceu de Mello, o atual reitor.

Cintra deve tomar posse do cargo na sexta-feira. A comissão do movimento diz que os alunos e professores pretendem manter a greve até que ela desista do cargo de reitora da universidade.

DESRESPEITO

A assessoria da PUC disse que a reitoria não iria se manifestar sobre o ato.

A assessoria da Arquidiocese de São Paulo informou, em nota, que “desconhecia as manifestações do senhor José Celso Martinez acerca da fé católica e lamenta que o referido senhor desrespeite o sentimento religioso de milhões de brasileiros”.

“Mais lamentável o fato de as ofensas acontecerem no contexto do ambiente acadêmico, do qual se espera o mínimo de convivência com a liberdade de crença”, afirmou a arquidiocese.

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Oportuna também é a leitura do artigo do dr. Ives Gandra da Silva Martins no site da Arquidiocese de São Paulo: “O atual reitor da USP também não foi o primeiro colocado da lista, nem o atual procurador-geral do Ministério Público estava no topo dos três indicados. É uma prerrogativa estatutária, que foi exercida, legal e legitimamente”. O clamor por democracia vale, então, apenas para instituições ligadas à Igreja?
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Fonte: Folha de São Paulo e Fratres in Unum


Vocação

Salve Maria, caros leitores,

Segue abaixo um ótimo artigo sobre Vocação, importado do blog do Apostolado Tradição em Foco com Roma.
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Muitas vezes, bem orientados ou não, somos levados a fazer os seguintes questionamentos: “Quem sou eu? Qual a minha função neste mundo?”. Dentre muitos outros que, por vezes, acabam complicando ainda mais a reflexão de quem se propõe a pensar em tais coisas.

Em casos frequentes, falta a quem orienta um verdadeiro conceito cristão e, sobretudo, católico do assunto, tendo em vista que este tema pode ser manipulado conforme aquilo que pensa o diretor espiritual, conselheiro, amigo,etc.

Para muitos, estamos neste mundo para sermos vencedores, isto é, conquistar tudo o que queremos, enriquecermos, ter filhos – ou não, já que atualmente, “quanto menos filhos, melhor!” - enfim, ter vitórias (oh glória!). Para outros, o importante é ser feliz, independente da opinião de tudo e de todos, o importante é o amor! Outros querem construir o Céu na Terra, o que dispensa maiores comentários.

No meio de toda essa confusão, nos perdemos do verdadeiro significado dos questionamentos, que na realidade, resumem-se numa única pergunta: “Qual é minha vocação?”. Pronto! Mas o que é vocação?! É impossível esgotar o assunto neste texto, então, façamos uma breve análise do que seja a vocação/chamado.

Segundo o dicionário HOUAISS, a primeira acepção de vocação é “ato ou efeito de chamar”, sendo que chamado nada mais é que “ato de pronunciar o nome de (alguém), para pedir aproximação ou verificar presença”. Mas como associar isso a uma vida cristã?

Nos diz Santo Inácio de Loyola (nº 23), nos Exercícios Espirituais:

“O homem é criado para louvar, reverenciar e servir a Deus Nosso Senhor, e assim salvar a sua alma. E as outras coisas sobre a face da terra são criadas para o homem, para que o ajudem a alcançar o fim para que é criado. Donde se segue que há de usar delas tanto quanto o ajudem a atingir o seu fim, e há de privar-se delas tanto quanto dele o afastem. Pelo que é necessário tornar-nos indiferentes a respeito de todas as coisas criadas em tudo aquilo que depende da escolha do nosso livre-arbítrio, e não lhe é proibido”.

Pois bem, qual a relação entre uma coisa e outra. A meu ver, simples! Deus nos chama para que nos aproximemos Dele, para que compareçamos à reunião eterna de seus filhos: n’Ele, com Ele e por Ele. Contudo, tal como somos convocados a algum compromisso, no qual devemos escolher o meio mais adequado para sermos pontuais, há meios de que, não nos afastando do destino final, alcancemos Àquele que nos chamou.

Desde antes de nosso nascimento, Deus, com amor infinito já nos criou e nos quis (conf. Jr. 1, 5), para que com Ele tivéssemos uma vida plena. Assim, chamou-nos primeiramente a viver: “Como conservaria a sua existência se não a tivesses chamado?”. Ele que criou todas as coisas, visíveis e invisíveis.

Ocorre que, de maneira não muito incomum, a busca pela completa realização de si e, sobretudo, seguindo a premissa de que “desde que haja amor e me faça feliz, está certo”, a realidade cristã de nossa vida é esquecida, pondo em primeiro lugar a vontade do ser (eu) em detrimento da Sabedoria infinita de Deus. Agimos como se Ele não existisse, isto é, a rejeição ou ignorância da unidade que o Senhor quer nos proporcionar.

Passamos a ver, então, as consequências catastróficas do que ocorre quando iniciamos esta empreitada vocacional, que é a vida, sem o devido direcionamento proveniente, sobretudo, das riquezas que a santa religião nos oferece e/ou propõe: as Sagradas Escrituras, o direcionamento espiritual, a intimidade com Deus, a Sagrada Liturgia, a sabedoria da Igreja e dos santos que a compõe. Fato é que, não necessitamos exemplificar todos os casos em que o agir por si mesmo ocasiona o afastamento daquele Princípio-Fundamento de Santo Inácio de Loyola. Alguns deles são a desilusão, o desapontamento, o desespero, a violência a si e a outros, etc.

Mas, e aqueles que vivem a vontade de Deus e buscam ser orientados em conformidade com a Santíssima Vontade Dele e, mesmo assim, desviam-se do caminho?

Bom, um indício para resolver esta questão é que, segundo nos diz o Catecismo da Igreja Católica, o chamado a esta “união vital e íntima com Deus” pode ser, além de rejeitado ou ignorado, esquecido (CIC nº 21). Assim sendo, muitos daqueles que no início de seu “caminho vocacional” tinham o ardor- aquela paixão que se fazia questionar, qual diz a canção, “Como calar se tua voz arde em meu peito?” - na verdade, esqueceram que esta convocação não é para si.

Desta forma, percebemos que muitos casamentos não duram em razão da efemeridade das coisas, que são resultado de uma falta de direcionamento, falta de busca das reais virtudes que fazem frutificar e fortalecer os laços dessa difícil decisão. Igualmente ocorre com as vocações religiosas/sacerdotais, que esfriam porque foi tomada de uma soberba que impede de ouvir a voz da Sabedoria Encarnada, daí muitos casos de desleixo com a fé, com a doutrina, insensibilidade às coisas santas, até os mais extremos desvios morais e pecados.

Eis o chamado:

“Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto do céu nos abençoou com toda a bênção espiritual em Cristo, e nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos”. (Efésios 1,3-4)

Portanto, é fundamental que busquemos a humilde escuta e a disponibilidade àquilo que somos convocados, para que seja em todos os nossos pensamentos e obras, seja feita o que melhor aprouver ao Altíssimo.

Peçamos e busquemos, sempre, a graça divina, a fim de que tudo que ousamos fazer, seja para maior honra e glória de Nosso Senhor e, via de consequência, alcancemos ainda aqui um nada da alegria que alcançaremos na vida celestial.
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Fonte: Jonatan Rocha do Nascimento, Vocação – Rio de Janeiro, junho de 2012, blogue Apostolado Tradição em Foco com Roma.

Impressões de uma primeira Missa Tradicional

O artigo que segue foi publicado no blog do Padre Zuhlsdorf e traduzido gentilmente por Fabiano Rollim. A marcação em negrito e os comentários em vermelho são do próprio padre.

Impressão de um leitor sobre sua primeira Missa Tradicional (Pontifical!)

Um leitor enviou sua impressão sobre a primeira Santa Missa a que ele assistiu na Forma Extraordinária, e não foi apenas uma Missa Rezada:

Assisti à minha primeira Missa Tradicional em Latim na semana passada. Foi uma linda Missa Solene Pontifical celebrada pelo meu bispo. Durante e após a Missa, tive três grandes impressões:

1. Percebi o quão séria, reverente e solene foi a Missa. Durante a Missa me dei conta de que é exatamente assim que uma Missa deveria ser: séria, reverente a solene. A Missa colocou-me num estado de reflexão sobre as “Últimas Coisas”. Isso me pareceu apropriado, já que um dos propósitos do culto Católico é ajudar a sermos conduzidos ao Céu. [Exatamente, como eu disse a um grupo de jovens no Oratório de Brompton na semana passada, a Missa tem de nos ajudar a nos prepararmos para a morte.] Por comparação, vejo que a Forma Ordinária faz-nos sentir muito confortáveis, tipo “eu sou bom, você é bom” (isto é, não precisamos mudar), mais do que focar nossa atenção e fazer com que mudemos (movamo-nos) interiormente.

2. A presença de rubricas mais intrincadas fez sentido para mim. A Eucaristia é o todo e a substância de nosso culto. Então, por que isso não deveria estar refletido em tudo o que acontece durante a Missa? [Mais uma vez, BINGO!] Gestos e posturas corporais são importantes, mesmo para aqueles que não estão fazendo tais gestos. Eles nos tiram do ordinário e ajudam-nos a focar. Os americanos ficam de pé durante um juramento ou a execução do hino nacional. Levamos nossas mãos ao coração. Fazemos isso em sinal de respeito e para mostrar que o que estamos fazendo é diferente, especial. Seja o sacerdote sejam os coroinhas, seus gestos mostram para a assembleia que o que está acontecendo ali é diferente e especial se comparado ao que acontece no mundo do lado de fora.

3. Ajoelhar para receber a comunhão pareceu tão apropriado. Geralmente recebo a comunhão na boca, então isso não foi diferente, mas ajoelhar pareceu-me mais reverente. De novo, é uma postura que reflete a seriedade do que está acontecendo. Ficar de pé indica condição de igualdade. Ajoelhar é um sinal de humildade e reflete o fato de que não estamos na mesma posição dAquele a quem recebemos.

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E você, caro leitor, recorda-se de suas primeiras impressões ao assistir à Santa Missa Tradicional? Deixe-as na caixa de comentários.
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Fonte: Matéria importada do Fratres in Unum

História e sentido do sacrário na Liturgia

Salve Maria,

Estava lendo algumas postagens do nosso blog amigo o Salvem a Liturgia, e achei uma postagem muito interessante e me achei na obrigação de compartilhar também com vocês.

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Atualmente chamamos de Sacrário ou Tabernáculo o local, o receptáculo, onde se deve conservar a Sagrada Eucaristia na Igreja. Seu desenvolvimento e regulamentação pelas autoridades eclesiásticas resultam de um cuidado e devoção fomentados pela Santa Igreja ao longo dos séculos com o intuito de realçar a adoração devida ao Cristo substancialmente presente nas espécies consagradas.

Já nos primeiros séculos da Igreja fazia-se necessário a existência de um receptáculo digno para se guardar a Eucaristia. De início, utilizavam-se pequenos vasos ou caixas chamados de arca ou arcula para guardar a Eucaristia reservada aos doentes e também para os fiéis levarem a Eucaristia para casa, haja vista as eventuais impossibilidades de participações freqüentes na Missa em tempos de perseguição.[1] Nesse sentido, também alguns fiéis usavam a Eucaristia guardada em lenços costurados de linho (oraria) ou vasinhos ou caixas de marfim, prata, ouro, madeira ou argila (encolpia) que eram presos ao pescoço.[2] Tal costume foi, contudo, proibido pela Igreja depois do século IV para evitar-se os abusos, profanações e tratamentos de forma supersticiosa para com o Santíssimo Sacramento (atualmente essa prática também é proibida. Vide a Instrução Redemptionis Sacramentum da Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, n. 132).[3]

Com a liberdade de culto promulgada pelo Imperador Constantino I em 313, os cristãos passaram a construir edifícios próprios para o culto litúrgico (basílicas) e juntamente surgiu o costume de conservar a Eucaristia dentro das basílicas. Além dos casos raros em que o vinho consagrado era mantido em um pequeno vaso de ouro (dolium), o pão consagrado era guardado em pequenos receptáculos de ouro ou prata em formato de torre ou pomba. Estes receptáculos eram inicialmente mantidos no pastophorium (também chamado por alguns escritos da época por sacrarium) que se tratava do lugar mais reservado e inacessível da Igreja.[4] Ou seja, buscava-se custodiar cuidadosamente a Santíssima Eucaristia como a um tesouro. Segundo o Arcebispo Piacenza, “as espécies eucarísticas eram introduzidas na pomba por uma pequena abertura em seu dorso, fechada com cuidado por uma tampa com dobradiça.” Aos poucos, as torres ou pombas passaram a ser colocadas suspensas por correntes no baldaquino (ciborium) que erguia-se por quatro colunas acima do altar.[5]
Por volta do ano 1000, no período da arte românica, surge uma terceira forma de receptáculo, a píxide, uma espécie de caixa decorada. “Normalmente, consistia numa caixa redonda, algumas vezes quadrada, fechada por uma tampa na maioria das vezes cônica, mas também achatada. Justamente por essas características, era de uso muito prático e também de menor custo.”[6] As pombas e torres, contudo, continuaram a ser usadas. A pomba passou a ser mais bem trabalhada artisticamente possuindo muitas vezes um pedestal. Durante o período românico o uso da pomba e da píxide tornou-se bastante comum na França, ao passo que na Itália o mais comum até o século XVI era guardar a Eucaristia em um armário em uma das paredes do presbitério ou no secretarium, uma sacristia. Com o desaparecimento do cibório sobre o altar, apareceram também novas formas de suspender o receptáculo do Santíssimo. A forma mais comum era uma haste em forma de cruz no retábulo em cuja voluta se dependurava o receptáculo.[7] Lembremos que nessa época a palavra sacrarium designava tanto os receptáculos eucarísticos quanto os receptáculos para relíquias de santos e outros objetos sagrados.[8] Hoje usamos “sacrário” para designar especificamente o receptáculo da Sagrada Eucaristia e “relicário” para designar os receptáculos de relíquias de santos.


No período gótico, a partir do século XII aproximadamente, as pombas e píxides passam a ser suspensas acima do altar (por uma haste na parede ou retábulo, ou pelo teto) cobertas por um véu ou um dossel. Também no século XIII encontramos em alguns lugares o costume de por o receptáculo eucarístico sobre o altar.[9] Porém o uso que mais se disseminou na arte gótica foi o de manter o receptáculo em um armarinho ou edícula escavada em uma das paredes laterais do presbitério.[10] Estas eram por vezes chamadas de Sakramenthauz, “Casas do Sacramento”.
Dom Mauro Piacenza descreve minuciosamente a decoração dessas edículas:
“Tinha-se o cuidado, especialmente nas igrejas de certa importância, de enfeitar a porta do armarinho com adornos elegantes e pinturas, emoldurando tudo com um arco agudo sustentado por pequenos pilares revestidos de arcos e encimados por setas. Procurava-se sempre decorar com pinturas tanto o interior quanto a porta do armarinho. Uma abertura circular ou em forma de trevo de três ou quatro folhas, fechada por grades, aberta na parede na altura do interior do armário, permitia aos fiéis que, de fora, adorassem em qualquer tempo o Santíssimo Sacramento. Uma lâmpada acesa diante da abertura indicava, de longe, o lugar em que se conservava o pão transubstanciado. Com o advento do século XVI, já não nos contentamos com esse ornamento, que, mesmo significativo e de certo interesse artístico, é ainda assim um modesto armário. Começam a aparecer as primeiras edículas do Sacramento, que, num primeiro momento - perto do final do século XIV -, foram característica quase exclusiva das igrejas do norte da Europa.”[11]
Estas edículas em muitos lugares adquiriram aspectos de grandes torres que muitas vezes chegavam a tocar o teto da Igreja. Eram as chamadas “torres do Sacramento”. É também no período gótico que surgem os primeiros paralelismos entre o receptáculo eucarístico e o Tabernáculo judaico da Antiga Aliança. Pois a Arca, o Tabernáculo, na Antiga Aliança simbolizavam a Presença de Deus no meio de Seu Povo. Já o Tabernáculo eucarístico continha o Senhor substancialmente presente na Eucaristia.[12] Fica claro na arte gótica o desejo de realçar a majestade do Sacramento da Eucaristia frente às diversas heresias da época que negavam a Presença Real de Nosso Senhor no pão e no vinho consagrados. Também é um reflexo do crescimento das devoções ao Santíssimo Sacramento, suja expressão máxima é a instituição da Solenidade de Corpus Christi na Liturgia pelo Papa Urbano IV em 1264.[13]


A disposição do Tabernáculo eucarístico sobre a mesa do altar, que já encontramos nas Ordinationes de Alexandre IV aos Eremitas de Santo Agostinho no século XIII, se estabelecerá como uma verdadeira tendência a partir do século XVI. A primeira iniciativa nesse sentido foi tomada por Gian Mateo Giberti, bispo de Verona, que buscou implantar o tabernáculo sobre a mesa do altar-mor em toda a sua diocese. Giberti construiu um novo altar-mor em sua catedral na qual o tabernáculo figurava no centro, sobre a mesa do altar.[14] Um biógrafo do dito bispo assim descreveu tal disposição do tabernáculo na igreja: tanquam cor in pectore et mentem in anima (“tal como o coração no peito e a mente na alma”).[15] São Carlos Borromeo, Cardeal-Arcebispo de Milão reformou o altar-mor de sua catedral, retirando o antigo retábulo) e colocando sobre a mesa do altar-mor um Tabernáculo para guardar a Eucaristia, antes custodiada na sacristia da dita catedral.[16] Apesar da divulgação de Borromeo e da imposição do Ritual do Papa Paulo V (1614) para a diocese de Roma, vários concílios deixaram liberdade de escolha para as dioceses sob qual modelo de receptáculo eucarístico adotar. Na maioria dos lugares da Itália continuou-se a usar tabernáculos de parede ou edículas eucarísticas[17] (na França até o século XVIII era comum ainda o costume de manter uma píxide suspensa acima do altar-mor e na Bélgica e Alemanha mantiveram-se o uso das Sakramenthauz até meados do século XIX)[18] . Em Roma, a maioria das igrejas barrocas (Gesú, San Ignacio) bem como as Basílicas maiores (reformadas durante a Renascença e o Barroco) cultivou o uso de uma Capela lateral específica com um altar para sustentar o tabernáculo onde se conservavam as santas espécies.

Dom Mauro Piacenza explica esse novo destaque ao local do Santíssimo na Igreja, forma de reafirmar a doutrina eucarística da Igreja contra as novas heresias protestantes:

“Como se sabe, aqueles eram os anos da aplicação das normas do Concílio de Trento (1545-1563), que, nesse caso, reagia à doutrina protestante que negava a permanência da presença real de Cristo nas espécies eucarísticas. Deve-se à exigência de afirmar a doutrina católica a difusão do posicionamento do tabernáculo, bem visível, sobre o altar maior. A forma mais comum era a pequena casa, incorporada à parte elevada do altar, ladeada por degraus (habitualmente dispostos em três níveis) sobre os quais eram postos castiçais para a ascensão de sírios, às vezes numerosos, sobretudo por ocasião das exposições eucarísticas solenes. Assim, a mesa se tornou, visivelmente, quase uma parte menor do altar, cada vez mais monumental, no qual foi dado grande desenvolvimento artístico a cruzes, castiçais, bustos-relicários ou estátuas de santos e de anjos, grandes retábulos, etc. No século XVIII, as obras mais apreciadas eram as portinholas dos tabernáculos, em metais e pedras preciosas.”[19]

Foi durante o período barroco, entre os séculos XVII e XVIII, que o tabernáculo junto ao altar-mor começou a se difundir de maneira mais intensa. Prova disso é que o Papa Bento XIV em sua constituição Accepimus de 1746 declarava essa disposição de receptáculo eucarístico como “disciplina vigente”.[20] Em 1863 a Sagrada Congregação dos Ritos vetava qualquer outra forma de receptáculo além do tabernáculo de altar.[21] A prática do século XIX até a movimento litúrgico do século XX restringia o uso de altares-mor sem Sacrário somente para as igrejas Catedrais, Basílicas e Colegiatas, conforme determinava o Cerimoniale aepiscoporum vigente na época. Isto para que pudessem celebrar-se mais comodamente as cerimônias litúrgicas solenes, mais comuns nessas igrejas maiores, dispondo assim uma capela específica para o Santíssimo para que os fiéis pudessem melhor adorar e exercitar suas práticas devocionais. [22]

As normas litúrgicas atuais da Igreja dispõem o seguinte acerca do Sacrário ou Tabernáculo:

“«De acordo com a estrutura de cada igreja e os legítimos costumes de cada lugar, o Santíssimo Sacramento será guardado em um sacrário, na parte mais nobre da igreja, mais insigne, mais destacada, mais convenientemente adornada» e também, pela tranqüilidade do lugar, «apropriado para a oração», com espaço diante do sacrário, assim com suficientes bancos ou assentos e genuflexórios. Atenda-se diligentemente, além disso, a todas as prescrições dos livros litúrgicos e às normas do direito, especialmente para evitar o perigo de profanação.” (Redemp. Sacr. n. 130)[23]

O sentido de o Sacrário ter um posto de destaque na configuração arquitetônica da Igreja é explicada pela mesma Instrução Redemptionis Sacramentum (n. 129): favorecer a adoração e o culto de latria ao Cristo Eucarístico em todos os momentos, mesmo fora da Santa Missa, além da finalidade prática de custodiar as Hóstias destinadas à comunhão dos enfermos e outros incapacitados de participarem da celebração da Santa Missa.[24]

Refletindo encima desses princípios, de que a localização do receptáculo eucarístico deve estar localizado de tal forma que possa ser reconhecido individualmente por todos os fiéis, o Papa Bento XVI recorda a importância da lâmpada perenemente acesa junto ao sacrário para recordar a Presença do Senhor e pondera as seguintes considerações:

“Tendo em vista tal objetivo, é preciso considerar a disposição arquitectónica do edifício sagrado: nas igrejas, onde não existe a capela do Santíssimo Sacramento mas perdura o altar-mor com o sacrário, convém continuar a valer-se de tal estrutura para a conservação e adoração da Eucaristia, evitando porém colocar a cadeira do celebrante na sua frente. Nas novas igrejas, bom seria predispor a capela do Santíssimo nas proximidades do presbitério; onde isso não for possível, é preferível colocar o sacrário no presbitério, em lugar suficientemente elevado, no centro do fecho absidal ou então noutro ponto onde fique de igual modo bem visível. Estas precauções concorrem para conferir dignidade ao sacrário que deve ser cuidado sempre também sob o perfil artístico. Obviamente, é necessário ter em conta também o que diz a propósito a Instrução Geral do Missal Romano. Em todo o caso, o juízo último sobre esta matéria compete ao bispo diocesano. (Sacr. Car., n. 69)”[25]

Como se pode ver, o Santo Padre enumera 3 possibilidades:
1) Continuar usando o Sacrário do altar antigo junto à parede; 
2) Construir uma Capela própria para o Santíssimo Sacramento; 
3) Dispor o Sacrário em um local visível, de preferência no fecho absidal.

Das três formas a opção 2 é bastante comum na construção de novas igrejas e inclusive é a recomendada preferencialmente pelo Arcebispo Mauro Piacenza. Contudo, ao escolher essa opção deve-se observar duas coisas: a Capela do Santíssimo deve ser um lugar de destaque e de fácil acesso aos fiéis e deve proporcionar um ambiente digno que transmita uma atmosfera de sacralidade propícia à oração, meditação e adoração. Em muitas construções recentes, influenciados por um liturgicismo desordenado, a Capela eucarística acaba se tornando uma forma de “esconder” o Santíssimo dos fiéis (pois estes liturgicistas erroneamente crêem que devoção pessoal e prática litúrgica se antagonizam). Tal situação acaba gerando também alguns sacrários de gosto duvidoso, com materiais e formas indecorosas e contrárias à tradição iconográfica da Igreja.

A primeira e a terceira opção são semelhantes. Os fiéis já estão familiarizados com a presença do Sacrário no centro do fecho absidal, mesmo que não esteja sobre um antigo altar, ele ainda adquire um destaque latente no edifício. Há contudo de se cuidar para que Altar e Sacrário formem um conjunto harmonioso no presbitério. Este modelo de dispor o Sacrário no centro do fecho absidal é utilizado, por exemplo, pela Abadia beneditina de Le Barroux na França e pela Catedral de São Paulo em Birmingham, Alabama, nos Estados Unidos. Outra opção nesse caso seria também construir sacrários artisticamente trabalhados na parede do presbitério, inspirando-se nos modelos góticos da Basílica de São Clemente em Roma (que ainda está em uso) ou nos Sakramenthauz alemães (contudo levando-se em conta as normas vigentes da Igreja quanto aos materiais a serem utilizados na confecção do Tabernáculo). Já as antigas formas de pomba ou píxide estão certamente descartadas, haja vista serem pequenas demais para ocuparem a posição de destaque e visibilidade exigida pelas atuais normas litúrgicas.


Como a Liturgia desenvolve-se em continuidade e não em ruptura com a Tradição, podemos refletir a partir das práticas tradicionalmente usadas. Podemos partir de um princípio semelhante ao antigo Cerimonial dos Bispos: em paróquias de vida menos tumultuada, onde não haja grande concurso de pessoas, disponha-se o Sacrário sobre o altar ou no fecho absidal de forma que fique suficientemente visível a todos os fiéis. Nas igrejas onde haja grande concurso de pessoas ou grande quantidade de Ofícios solenes (igrejas turísticas, Basílicas, Catedrais, Colegiatas, Santuários, grandes Abadias, etc) disponha-se o Santíssimo em uma Capela própria para favorecer um ambiente mais calmo de oração para os fiéis. Esta é a forma adotada, por exemplo, nas Basílicas maiores de Roma e funciona muito bem. Estas basílicas recebem freqüentemente grande número de turistas, mas na Capela do Santíssimo só se entra para oração e isto propicia aos fiéis momentos de oração na dita igreja sem serem importunados pela movimentação de turistas no restante do edifício.

Por fim, vimos que dado as normas vigentes na Igreja, há 3 possibilidades de se dispor o Sacrário na Igreja. Os responsáveis pela construção ou reforma dos edifícios dedicados ao culto devem portanto levar em conta as circunstâncias ao julgarem qual das 3 formas será a mais adequada para cada caso. O que não se deve perder de vista é o destaque que deve-se dar ao Santíssimo na Igreja: deve ser um ponto de referência para os fiéis, um lugar de decoro e sacralidade, que demonstre e testemunhe sensivelmente a Presença de Nosso Senhor nas espécies consagradas, para que possam os fiéis tributar ao Senhor presente neste Augusto Sacramento a devida adoração.
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Notas de Referência:
[1]Interessante o relato de um rito de comunhão privada que pela sua forma de adoração e reverência contrasta com a abusiva comunhão “self-service” de nossos tempos: “O cardeal Bona, em seu Rerum liturgicarum, no nº 17, cita o texto das disposições emitidas por um bispo de Corinto, que permitem conhecer o rito de uma comunhão doméstica. “Se vossa casa for dotada de um oratório, depositareis sobre o altar o vaso que contém a Eucaristia. Se faltar o oratório, sobre uma mesa decente. Estendereis um pequeno véu sobre a mesa e lá depositareis as sagradas partículas; queimareis alguns grãos de incenso e cantareis o trisagion [o nosso Sanctus, ndr.] e o Símbolo; então, depois de terdes feito as genuflexões, em sinal de adoração, absorvereis religiosamente o Corpo de Jesus Cristo”.” PIACENZA, Mauro. O receptáculo da Eucaristia. In: Revista 30 Dias. Junho de 2005. Disponível aqui.
[2]PIACENZA, Mauro. Op. Cit. 
[3]“Em vista dos vários abusos cometidos com a S. Eucaristia, os Concílios regionais, desde o século IV, foram admoestando os fiéis. Tenham-se em vista, por exemplo, o Concílio de Saragoça (Espanha) em 380 (cân. 3) e o l de Toledo (Espanha), que em 400 assim legislava: “Se alguém não consumir realmente a Eucaristia recebida do sacerdote, seja expulso como um sacrílego” (cân. 14).” BETTENCOURT, Estêvão, OSB. A Comunhão Eucarística na Mão. In: Revista Pergunte e Responderemos. 2000. 
[4]PIACENZA, Mauro. Op. Cit.
[5]Idem, Ibidem.
[6]Ibidem. 
[7]Ibid. 
[8]BRAUN, Joseph. Verbete Tabernaculo. In: Enciclopedia Catolica. Disponível aqui
[9]Encontramos essa forma de receptáculo eucarístico relatados nas Admonitio synodalis de Regino de Prüm no século IX, bem como no Rationale Divinorum Officiorum de Guillaume Durand e nos Sínodos de Trier e Münster, no século XIII. Há também evidências de retábulos em forma de tríptico com cofres para o Santíssimo, como o altar de Santa Clara na Catedral de Colônia (século XIV) ou combinações de retábulo com casa do Sacramento como o altar-mor da Igreja de São Martinho de Ladshut na Bavária, datado de 1424. Idem, Ibidem. 
[10]PIACENZA, Mauro. Op. Cit. 
[11]Idem, Ibidem. 
[12]LANG, Uwe Michael. Tanquam cor in pectore: the Eucharistic Tabernacle Before and After the Council of Trent. In: Revista Sacred Architecture. Volume 15. Disponível aqui
[13]PIACENZA, Mauro. Op. Cit. 
[14]Idem, ibidem. 
[15]RIGHETTI, Mario. Historia de La Liturgia. Tomo I. Madrid: Biblioteca de Auctores Cristianos, 1955. p. 472. 
[16]LANG, Uwe Michael. Op.Cit. 
[17]PIACENZA, Mauro. Op. Cit. 
[18]BRAUN, Joseph. Op. Cit. 
[19]PIACENZA, Mauro. Op. Cit. 
[20]Idem, ibidem. 
[21]BRAUN, Joseph. Op. Cit. ; PIACENZA, Mauro. Op. Cit. 
[22]BRAUN, Joseph. Op. Cit.; RIGHETTI, Mario. Op. Cit. p. 473. 
[23]ARINZE, Cardeal Francis. Instrução Redemptionis Sacramentum da Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos sobre algumas coisas que se devem observar e evitar acerca da Santíssima Eucaristia. Roma, 2004. Disponível aqui
[24]“«A celebração da Eucaristia no Sacrifício da Missa é, verdadeiramente, a origem e o fim do culto que se lhe tributa fora da Missa. As sagradas espécies se reservam depois da Missa, principalmente com o objeto de que os fiéis que não podem estar presentes à Missa, especialmente os enfermos e os de avançada idade, possam unir-se a Cristo e ao seu Sacrifício, que se imola na Missa, pela Comunhão sacramental». Além disso, esta conservação permite também a prática de tributar adoração a este grande Sacramento, com o culto de latria, que se deve a Deus. Portanto, é necessário que se promovam vivamente aquelas formas de culto e adoração, não só privada mas sim também pública e comunitária, instituídas ou aprovadas pela mesma Igreja.” Idem, ibidem.
[25]BENTO XVI, Papa. Exortação Apostólica pós-sinodal Sacramentum Caritatis sobre a Eucaristia fonte e ápice da vida e missão da Igreja. Roma, 2007. Disponível aqui.
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PERGUNTAS AOS PROTESTANTES:

Se todos dizem que Lutero foi necessário para consertar os “erros” do catolicismo, por que todos estes grupos não permaneceram com Lutero?

Onde está na Bíblia que alguém pode se rebelar contra o “ungido” do Senhor, “escolhido” para consertar a “Babilônia” que seria a Igreja Católica ?

Lutero foi levantado por DEUS ou pelo Diabo ? Se foi por DEUS, por que não permaneceram com Lutero?

Se foi pelo Diabo, por que lhe dão ouvidos e o têm por mestre e ídolo?

Se alguns dizem que mesmo antes de Lutero já existiam grupos que se opunham a “opressão” da Igreja Católica e segundo a tese protestante tais grupos representam a Igreja primitiva, pergunta-se: Como é possível a Igreja primitiva, que não tinha Bíblia, gritar em alto e bom som o dogma de Lutero “Só a Bíblia”?

Como é possível aos que se dizem representantes atuais da igreja primitiva utilizar a Bíblia como única fonte de revelação se a Bíblia não existia no tempo da Igreja primitiva?

Como é possível aos que se dizem representantes da igreja primitiva aceitarem a Bíblia produzida por um ex monge da grande “Babilônia” que seria a Igreja Católica ?

Como é possível aos que se dizem representantes da igreja primitiva aceitarem a Bíblia de Lutero que foi produzida a partir da Bíblia produzida pela Igreja Católica que seria a Grande Babilônia? 

E é sabido que Lutero também condenou tais grupos. E até os persegui. Pergunta-se: Lutero estava certo ou errado em condenar tais grupos que, entre outras coisas, se opunham a doutrina católica? 

Quem estava certo?

 Lutero ou os grupos que se opunham à Igreja Católica?

Se Lutero e tais grupos eram antagonistas, como você protestante consegue ao mesmo tempo se dizer primitivo e adotar teorias de Lutero que condenava os tais grupos “primitivos” ? 

Se a Igreja Católica é obra de homens, como é possível ao protestante abraçar a sua pretensa reforma ? 

Quer dizer que a igreja é obra do homem e sua reforma obra divina?

E se Lutero surgiu no mundo 1.500 anos após o início da era cristã, você realmente acredita que Jesus Cristo esperou tanto tempo para instituir sua igreja na terra? 

É nisto que você acredita ? 

Você acredita que o mundo ficou sem cristianismo e sem igreja por 1.500 anos? 

E de onde partiu a Bíblia de Lutero se não havia cristianismo por 1.500 anos ?
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Igreja questiona pedido para retirar "Deus seja louvado" das notas de real

O cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, questionou nesta segunda-feira (12) a ação do Ministério Público Federal que pede que as novas cédulas de real sejam produzidas sem a expressão "Deus seja louvado".

"Questiono por que se deveria tirar a referência a Deus nas notas de real. Qual seria o problema se as notas continuassem com essa alusão a Deus?", afirmou, em nota. "Para quem não crê em Deus, ter ou não ter essa referência não deveria fazer diferença. E, para quem crê em Deus, isso significa algo. E os que creem em Deus também pagam impostos e são a maior parte da população brasileira", segue a nota.

No pedido, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão diz que a existência da frase nas notas fere os princípios de laicidade do Estado e de liberdade religiosa.
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Fonte: Fratres in Unum e Gazeta do Povo.

Procuradoria pede retirada do termo "Deus seja louvado" das cédulas

Salve Maria,

É com grande revolta e desgosto para com muitos dos que detém o poder civil em nosso país, que trago hoje a notícia que li (porém já havia) no site da Gazeta do Povo, divulgando a criação de um documento pelo procurador dos direitos do cidadão em São Paulo, Jefferson A. Dias, solicitando a retirada da expressão "Deus seja  Louvado" das cédulas de real. 

Segue a notícia e que Deus nos proteja desses pobres loucos.

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O Ministério Público Federal entrou com uma ação civil pública nesta segunda-feira (12) em que pede que as novas cédulas de real passem a ser impressas sem a expressão "Deus seja louvado".

O pedido, feito pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, diz que a existência da frase nas notas fere os princípios de laicidade do Estado e de liberdade religiosa.

Procurador Jefferson Aparecido Dias
"A manutenção da expressão "Deus seja louvado' [...] configura uma predileção pelas religiões adoradoras de Deus como divindade suprema, fato que, sem dúvida, impede a coexistência em condições igualitárias de todas as religiões cultuadas em solo brasileiro", afirma trecho da ação, assinada pelo procurador Jefferson Aparecido Dias.

"Imaginemos a cédula de real com as seguintes expressões: "Alá seja louvado', "Buda seja louvado', "Salve Oxossi', "Salve Lord Ganesha', "Deus não existe'. Com certeza haveria agitação na sociedade brasileira em razão do constrangimento sofrido pelos cidadãos crentes em Deus", segue o texto.

O Banco Central, consultado pela Procuradoria, emitiu um parecer jurídico em que diz que, como na cédula não há referência a uma "religião específica', é "perfeitamente lícito" que a nota mantenha a expressão.

"O Estado, por não ser ateu, anticlerical ou antirreligioso, pode legitimamente fazer referência à existência de uma entidade superior, de uma divindade, desde que, assim agindo, não faça alusão a uma específica doutrina religiosa", diz o parecer do BC.

O texto do BC cita ainda posicionamento do especialista Ives Gandra Martins, em que afirma que a "Constituição foi promulgada, como consta do seu preâmbulo, "sob a proteção de Deus', o que significa que o Estado que se organiza e estrutura mediante sua lei maior reconhece um fundamento metafísico anterior e superior ao direito positivo".

Segundo o texto do BC, a expressão apareceu pela primeira vez na moeda nacional em 1986, nas cédulas de cruzados, por orientação do então presidente, José Sarney, e foi mantida nas notas de real por determinação de Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda.

O responsável pelas características das cédulas é o Conselho Monetário Nacional, que tem entre seus membros o presidente do BC.

A Procuradoria pede que a União comece a imprimir as cédulas sem a frase em até 120 dias. Pede ainda que haja uma multa simbólica de R$ 1 por dia de descumprimento.
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O valor da Santa Missa

Salve Maria,

É com grande alegria de coração que trago hoje, um ótimo texto que nos leva a pensar e refletir melhor sobre o verdadeiro sentido da Santa Missa. Recomendo à todos, boa leitura.

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Eis um breve relato de algumas visões do padre João Baptista Reus, com relação à maravilhosa realidade sobrenatural da Santa Missa. Falecido em odor de santidade, teve este sacerdote, a graça de ver o que acontece de sobrenatural durante a Santa Missa, a qual, por razão, costumava chamar de "A FESTA NO CÉU".

Ao tempo em que o demônio procura eclipsá-la, vamos adorar mais e mais a Jesus, em reparação a tantas blasfêmias que contra a Eucaristia se cometem. Eis o que era dado ver ao Padre Reus:

"Nossa Senhora convida todo o Paraíso para participar da Santa Missa. Todos os anjos e Santos A seguem em maravilhoso cortejo até o altar. Os Santos formam um semi-círculo ao redor do sacerdote celebrante e o acompanham até o altar. Lá chegando, os anjos se colocam atrás dos Santos.

Outra multidão de anjos cerca a igreja e cobre os fiéis, impedindo a aproximação dos demônios durante a Santa Missa, em honra á Majestade de Nosso Senhor Jesus Cristo. A Virgem Santíssima está sempre junto do celebrante, do lado do altar onde é servida a água e o vinho, e onde são lavadas as mãos do sacerdote. É a própria Mãe de Jesus quem serve o celebrante e lava suas mãos. Entre Nossa Senhora e o celebrante, é convidado o Santo do dia.

Todas as almas do Purgatório também são convidadas pela Virgem Maria e permanecem durante toda a Santa Missa aos pés do altar, entre o celebrante e os fiéis. Conta o Padre Reus que ele via as almas do Purgatório em verdadeira festa e com grande esperança de libertação. Padre Reus via uma chuva caindo sobre o Purgatório durante toda a Santa Missa.

No momento sublime da Consagração, quando estas almas veem Nosso Senhor Jesus Cristo em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, sentem um desejo incontrolável de sair daquelas chamas e se atirarem em Seus braços, mas não conseguem, por não estarem ainda purificadas.

Após a Consagração, acontece a libertação do Purgatório, das almas que já atingiram a purificação. Nossa Senhora estende a mão a cada uma delas e diz: "Minha filha, pode subir ".

Os anjos saúdam as almas libertadas do Purgatório, abraçando-as. É um momento de imensa alegria e beleza. Em seguida, estas almas, resplandecendo com a beleza indescritível, adornadas como noivas, como anjos, são introduzidas triunfalmente no Paraíso, por uma multidão de anjos, ao som de música e cantos celestiais.

- Na hora da morte, as Missas que houveres assistido serão a tua maior consolação.

- Toda Missa implora o teu perdão junto da justiça Divina.

- Em toda Missa podes diminuir a pena temporal devida aos teus pecados e diminuí-las mais ou menos consoante a teu fervor.

- Assistindo com devoção à Missa, prestas a maior das honra à Santa Humanidade de Jesus Cristo.

- Ele se compadece de muitas das tuas negligências e omissões.

- Perdoa-te os pecados veniais não confessados, dos quais porém te arrependestes.

- Diminui o império de Satanás sobre ti.

- Sufraga as almas do Purgatório da melhor maneira possível.

- Uma só Missa a que houveres assistido em vida, ser-te-á mais salutar que muitas a que outros assistirão por ti depois da tua morte, pois pela Missa participas da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

- A Missa preserva-te de muitos perigos e desgraças que te abateriam.

- Na Missa recebes a benção do sacerdote, a qual Nosso Senhor confirma no Céu. És abençoado em seus negócios e interesses pessoais.

- Toda Missa alcança-te um grau maior no Céu e diminui o teu Purgatório."
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Comentário ao Evangelho do Dia por: Papa Bento XVI

Carta Encíclia Deus caritas est, nº 41 - 1ª Parte (cf. site do Vaticano)

Entre os Santos, sobressai Maria, Mãe do Senhor e espelho de toda a santidade. No Evangelho de Lucas, encontramo-La empenhada num serviço de caridade à prima Isabel, junto da qual permanece « cerca de três meses » (1, 56) assistindo-a na última fase da gravidez. «Magnificat anima mea Dominum – A minha alma engrandece o Senhor» (Lc 1, 46), disse Ela por ocasião de tal visita, exprimindo assim todo o programa da sua vida: não colocar-Se a Si mesma ao centro, mas dar espaço ao Deus que encontra tanto na oração como no serviço ao próximo — só então o mundo se torna bom. Maria é grande, precisamente porque não quer fazer-Se grande a Si mesma, mas engrandecer a Deus. Ela é humilde: não deseja ser mais nada senão a serva do Senhor (cf. Lc 1, 38.48). Sabe que contribui para a salvação do mundo, não realizando uma sua obra, mas apenas colocando-Se totalmente à disposição das iniciativas de Deus. É uma mulher de esperança: só porque crê nas promessas de Deus e espera a salvação de Israel, é que o Anjo pode vir ter com Ela e chamá-La para o serviço decisivo de tais promessas. É uma mulher de fé: « Feliz de Ti, que acreditaste », diz-lhe Isabel (cf. Lc 1, 45). (...)

NOTA: [1] Comentário alusivo ao Evangelho da Festa de Nossa Senhora do Rosário.

LUTERO, HOMICIDA SUICIDA

Caros leitores,
Salve Maria!

Hoje venho esboçar uma pesquisa realiza a algum tempo e que tinha em meus arquivos de estudos. Nesse longo trabalho apresento a vocês quem realmente foi Lutero(Fundador do Protestantismo), assim provando que ele ao fundar as seitas protestantes não era tão coerente com nos ensinarão nas aulas de Historia e Filosofia, colocando Lutero sempre como um homem justo e a Igreja de Cristo como aproveitadora e materialista que pensava só em enganar o povo e tomar o seu pouco dinheiro.

Nossa Senhora Auxiliadora, Rogai por nós!
Fraternalmente:
Messias Lira Ramires - "Ecce venio, ut faciam voluntatem tuam volunptas"

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Eis alguns dados históricos da triste vida do fundador do protestantismo, e do seu fim trágico, depois de uma de suas muitas bebedeiras seres tais com príncipes amigos

Martinho Lutero nasceu em Eisleben, na Saxônia (Alemanha) em 1483, e pôs fim à própria vida em 1546, cerca de 25 anos após a sua revolta contra a Igreja de Nosso Senhor. Sua mãe Margarida foi muito religiosa, porém, muito supersticiosa e dada a bruxarias e encantamentos, o que influiu muito no comportamento do filho. O jovem Lutero, depois de seus estudos de humanidades nas escolas locais de Mansfeld, foi estudar filosofia e direito na Universidade de Erfurt, onde se formou, no ano de 1505. Em junho deste ano entrou para o Convento dos Agostinianos, “não por vocação, mas por medo da morte”. Ele mesmo falou várias vezes desse “medo da morte” que determinou a sua entrada na religião, como o veremos.

A – Lutero homicida: O Dr. Dietrich Emme, em seu livro:“Martinho Lutero – sua juventude e os seus anos de estudos, entre 1483 e 1505″, Bonn, 1983, afirma que Lutero entrou no Convento só para não ser submetido à justiça criminal, cujo resultado teria sido, provavelmente, a pena de morte, por ter matado em duelo um seu colega de estudos chamado Jerônimo Buntz. Daí o seu “medo da morte” ao qual se referia freqüentemente. Então um amigo o aconselhou a se refugiar no Convento dos Eremitas de Santo Agostinho, que então gozava do direito civil de asilo, que o colocava ao abrigo da justiça. Foi aí que se tornou monge e padre agostiniano.


Lutero parecia ter-se convertido. Mas não. Sempre perturbado e contraditório, ele se declara réu confesso em uma prédica em 1529: “Eu fui monge, eu queria seriamente ser piedoso. Ao invés, eu me afundava sempre mais: eu era um grande trapaceiro e homicida.” (WA W, 29, 50, 18) E um discurso transcrito por Veit Dietrich, afirma: “Eu me tornei monge por um desígnio especial de Deus, a fim de que não me prendessem; o que teria sido muito fácil. Mas não puderam porque a Ordem se ocupava de mim.” Isto é, os superiores do Convento o protegiam. (WA Tr 1, 134, 32) Portanto, Lutero foi réu de um homicídio que cometeu quando era estudante em Erfurt. E segundo os seus biógrafos, o motivo teria sido despeito por ter o seu colega obtido melhor nota nos exames.

B – Lutero ébrio e ímpio: Ele o confessa: “Eu aqui me encontro insensato, e endurecido, ocioso e bêbado de manhã à noite… Em suma, eu que devia ter fervor de espírito, tenho fervor da carne, da lascívia, da preguiça e da sonolência”. No entanto, chamava o Papa de “asno”.

Sobre a oração dizia: “Eu não posso rezar, mas posso amaldiçoar. Em lugar de dizer ‘santificado seja o vosso nome’, direi: ‘maldito e injuriado seja o nome dos papistas…, que o papado seja maldito, condenado e exterminado’. Na verdade é assim que rezo todos os dias sem descanso”.

Sobre os mandamentos, dizia: Todo o Decálogo deve ser apagado de nossos olhos, de nossa alma e de nós outros tão perseguidos pelo diabo… Deves beber com mais abundância, e cometer algum pecado por ódio e para molestar ao demônio…”. Lutero não só afirmava que as boas obras nada valem para a salvação como as amaldiçoava.

Mas sobre o pecado, ele dizia: “Sê pecador e peca fortemente, mas crê com mais força e alegra-te com Cristo vencedor do pecado e da morte… Durante a vida devemos pecar”.

Sobre a castidade, Lutero incentivou os monges, sacerdotes e religiosas a saírem de seus Conventos e se casarem. “O celibato – dizia – é uma invenção maldita”“Do mesmo modo que não posso deixar de ser homem, assim não posso viver sem mulher”.

Sobre a Virgem Maria, a caneta recusa a escrever as blasfêmias que proferiu contra a sua pureza.

Sobre Jesus Cristo, afirma que “cometeu adultério com a samaritana no poço de Jacó, com a mulher adúltera que perdoou …, e com Madalena…”

Sobre Deus: “Certamente Deus é muito grande e poderoso, bom e misericordioso…, mas é muito estúpido; é um tirano”.

Seu último sermão em Wittenberg, em maio/1546, foi um furioso ataque contra o Papa, o sacrifício da Missa e o culto a Nossa Senhora.

C – Lutero suicida: Lutero tinha um temperamento extremamente mórbido e neurótico. Depois de sua revolta contra a Igreja, a sua neurose atingiu os limites extremos. Estudos especializados lhe atribuem uma “neurose de angústia gravíssima”, do tipo que leva ao suicídio. (Roland Dalbies, em “Angústia de Lutero”)

O suicídio de Lutero é afirmado tanto por católicos como por protestantes. Eis o depoimento do seu criado, Ambrósio Kudtfeld, que mais tarde se tornou médico:

“Martinho Lutero, na noite que antecedeu a sua morte, se deixou vencer por sua habitual intemperança, e com tal excesso, que fomos obrigados a carregá-lo totalmente embriagado, e colocá-lo em seu leito. Depois nos retiramos ao nosso aposento sem pressentir nada de desagradável. Pela manhã voltamos ao nosso patrão para ajudá-lo a vestir-se, como de costume. Mas, que dor! Vimos o nosso patrão Martinho pendurado de seu leito e estrangulado miseramente."

Tinha a boca torta e a parte direita do rosto escura; o pescoço roxo e deformado. Diante de tão horrendo espetáculo, fomos tomados de grande terror. Corremos sem demora aos príncipes, seus convidados da véspera, para anunciar-lhes aquele execrável fim de Lutero. Eles ficaram aterrorizados como nós. E logo se empenharam com mil promessas e juramentos, que observássemos, sobre aquele acontecimento, eterno silêncio, e que colocássemos o cadáver de Lutero no seu leito, e anunciássemos ao povo que o ‘Mestre Lutero’ tinha improvisamente abandonado esta vida”.

Este relato do suicídio de Lutero foi publicado em Anversa, no ano de 1606, pelo sensato Sedúlius. Dois médicos comprovaram os sintomas de suicídio relatados pelo seu doméstico Kudtfeld. Foram eles Cester e Lucas Fortnagel. As informações desse último foram publicadas pelo escritor J. Maritain, em seu livro: “Os Três Reformadores”. Nesse livro o autor oferece ainda uma impressionante lista de amigos e companheiros de Lutero que se suicidaram.

Portanto, irmãos separados da Igreja Católica por esse falso e ébrio reformador, abram os olhos, e voltem à verdadeira Igreja de Jesus Cristo. É fácil de reconhecê-la. Está claro nos Santos Evangelhos que a verdadeira Igreja de Cristo é uma só (Mt. 16, 18). É o que aí lemos: “Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificareia minha Igreja.“ (Cf “Folhetos Católicos” – nº 1)

Inútil imaginar que Cristo apontava para Si quando falava a Pedro. Sabemos que Cristo é a “Pedra Angular” principal da sua Igreja. Mas Ele tornou a Pedro participante dessa sua condição. Suas palavras “são palavras de vida e de verdade”. Só Ele, como único Mediador “de Redenção” (1 Tim 2, 5-6), pôde fundar, e realmente fundou a sua única e verdadeira Igreja tendo também por fundamento visível, neste mundo, a Pedro e seus sucessores, os Papas. Como há um só Senhor, uma só Fé, um só batismo (Ef. 4, 5), também uma só tem que ser a Igreja desse único Senhor.

É a Igreja dos primeiros cristãos, é a Igreja dos mártires, é a Igreja católica de sempre, a única que é Apostólica, porque é a única que vem desde os Apóstolos.

É a única que existiu desde Cristo e dos Apóstolos até Lutero, e até hoje (Mt. 16,18), e que existirá “até o fim dos séculos.” (Mt 28, 19-20) Ao passo que as dos protestantes são “uma legião”. Elas começaram a partir desse falso reformador, no ano 1521, que foi o primeiro a se atrever a fazer o que só Deus pode fazer:fundar uma religião. A 1ª das religiões dessa “legião” de igrejas chamou-se igreja luterana. Mas, já no tempo de Lutero, alguns luteranos imitaram o seu mau exemplo.

Assim, Calvino fundou o calvinismo em Genebra. Logo surgiram osanabatistas, os anglicanos, os batistas, os metodistas, etc. (Cf.“Folhetos Católicos”, nº 14) Calcula-se hoje em vários milheiroso número de seitas oriundas dos erros luteranos. E hoje a suanova versão, com as suas “Lojas da bênção”, praticando um verdadeiro curandeirismo de Bíblias na mão. A má semente semeada pelo ébrio e neurótico monge continua a produzir seus maus frutos.

Mas a tentação de se pretender reformar a irreformável obra de Nosso Senhor Jesus Cristo, a sua Igreja, continua. E até nos meios católicos ditos progressistas, estão pretendendo reformar, não os homens da Igreja, mas a própria Igreja. Eles se assemelham hoje aos “católicos reformados” dos tempos de Lutero, com a sua falsa reforma. No entanto, a Bíblia afirma que a única Igreja de Cristo, em si mesma, “é… santa e imaculada.” (Ef. 5, 27)

Nota: Os dados desse folheto são extraídos de “Martinho Lutero, homicida e suicida”, Pe. Luigi Villa, rev. “Chiesa Viva”, nº 258, Brescia, Itália; e de “Lutero”, Pe. Pedro de Muños, rev. “Tradicion Católica”, nº 137, Barcelona, Espanha