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Comunicado ao povo de Deus sobre Roberto Francisco Daniel

Salve Maria leitores e leitoras,

Segue abaixo o comunicado oficial da Santa Sé, à respeito de Roberto Francisco Daniel, ex-sacerdote da Diocese de Bauru-SP.

Creio que com a publicação aqui feita, retirada integralmente do site da referida diocese, cumprimos o nosso apoio ao Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Bispo Diocesano de Bauru Dom Caetano Ferrari, que ordenara a publicação deste comunicado.

Pax et bonum!

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Comunicado ao clero e ao povo de Deus da Diocese de Bauru-SP

Já é do conhecimento de todos do Clero e do Povo de Deus da Diocese de Bauru-SP a consequência canônica gravíssima na qual incorreu o Reverendo padre Roberto Francisco Daniel, quando formalmente recusou sua comunhão com a doutrina do Magistério da Igreja, seus Dogmas e a Disciplina Eclesiástica, negando a comunhão e obediência ao seu legítimo superior eclesiástico, apesar das repetidas exortações do seu Bispo Diocesano.

A excomunhão é a mais grave pena na qual um fiel cristão católico pode incorrer.

O reverendo padre incorreu de modo livre e consciente nessa pena.

A causa da excomunhão não foi uma punição irrogada pelo Bispo ou pelo Papa, mas em virtude dos seus atos cismáticos e heréticos que, pela prática dos mesmos, o Sacerdote foi atingido – automaticamente – pela censura de excomunhão.

Os procedimentos canônicos foram feitos por mim como Juiz Instrutor para as "matérias reservadas" e enviados à Congregação para a Doutrina da Fé (no Vaticano), que é o Tribunal Supremo da Sé Apostólica para tratar dessa matéria e de outras particularmente graves.

Esta Congregação respondeu em carta datada de 14 de outubro de 2014, Prot. N. 301/2013- 48363, e ordenou que tornasse formalmente pública a pena e a situação canônica do referido presbítero.

Portanto em obediência à ordem da Sé Apostólica comunico que:

O reverendo Padre Roberto Francisco Daniel está e permanece excomungado segundo o Cân. 1364 § 1.

A excomunhão é chamada no Direito Canônico de "pena medicinal", pois dura enquanto durar a "contumácia" do réu. (Cân. 1358 § 1).

O referido padre tem manifestado essa contumácia nos seus repetidos pronunciamentos e atitudes em relação à Igreja Católica e nos processos movidos nas instâncias judiciais do Estado brasileiro, contra a Igreja.

Ao ordenar sua formal comunicação ao Clero e ao Povo de Deus dessa Diocese, a Sé Apostólica confirma a referida pena até a pública retratação do réu.

Portanto: O referido padre não pode mais celebrar nenhum sacramento ou sacramental da Igreja Católica e nem os receber e fica privado de quaisquer ofícios ou encargos na Igreja conforme o Cân. 1331 § 1 do Código de Direito Canônico.

Solicito aos fiéis para que não participem de possíveis "atos de culto" que forem celebrados pelo referido padre.

Todos os matrimônios celebrados (assistidos), após a declaração da pena, pelo mesmo sacerdote são inválidos pelo próprio Direito.

A Revelação que é definida, ensinada, transmitida e guardada pelo Magistério da Igreja e professada na fé católica, não pode ser adulterada ou mudada segundo as modas, ideologias ou grupos que pretendem "adaptar" a fé aos seus gostos e práticas sociais. Para aceitar Jesus Cristo é preciso carregar a cruz de Cristo na vida de cada dia.

Os Dogmas da Fé por serem atos solenes do Supremo Magistério da Igreja formalmente definidos pelos Concílios Ecumênicos e pelas definições dos Romanos Pontífices estão sob o dom da infalibilidade, portanto "... são irreformáveis por si mesmos e não em virtude do consentimento da Igreja, pois foram proferidos com a assistência do Espírito Santo... e por isso não precisam da aprovação de ninguém nem admitem apelação a outro tribunal..." (assim nos ensina o Concílio Vaticano II na Constituição Dogmática Lumen Gentium, Cap.III, N.25).

Ninguém é obrigado a professar a fé católica, mas quem está na Igreja Católica tem o dever de ser fiel à fé da Igreja Católica. Os fiéis são chamados a defender, consolidar e fortalecer a Unidade da Igreja, que é uma das quatro notas características da Esposa de Cristo (Unidade, Santidade, Catolicidade, Apostolicidade). São sinais visíveis da Unidade da Igreja a Eucaristia, o Santo Padre o Papa e o Bispo Diocesano. Exorto os fiéis católicos para que evitem tudo o que possa ferir a Unidade da Igreja, a repeito de quem Jesus disse: “Quem vos ouve, a mim ouve; quem vos rejeita, a mim rejeita” (Lc 10,16).

Ao fazer essa comunicação fica cumprido o que foi determinado pela Sé Apostólica através da Congregação para a Doutrina da Fé.

Convido todos os cristãos católicos a rezarem para que o Espírito Santo ilumine a todos, sobretudo, ao referido sacerdote para que tenha a coragem da humildade sabendo pedir perdão e se reconciliando com a Igreja que o acolheu e lhe concedeu o sacerdócio ministerial.

Este comunicado por mim redigido, foi apresentado ao Exmo. Sr. Bispo Diocesano de Bauru Dom Caetano Ferrari que o aprovou e ordenou a sua publicação.

Pe. Dr. Tiago Wenceslau

Juiz Instrutor para as “matérias reservadas a Sé Apostólica”

Bauru, 14 de novembro de 2014.

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Comunicado importado do Site da Diocese de Bauru

A visão profética do Pe. Pio

Salve Maria, caros leitores e leitoras.

Segue abaixo, um post de Cristina Siccardi, postado inicialmente no Corrispondenza Romana e traduzido pelo Fratres, no qual a autora relata uma visão de São Padre Pio de Pietrelcina, que fala sobre a agonia de Cristo e sobre os ministros sagrados da Santa Igreja. 

Leiam, e rezem pela santificação de todo o clero, que, através deste, poderemos nos santificar cada vez mais e santificar aos outros.

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Existe na história da Igreja, além da leitura dos acontecimentos, real ou falsa, uma outra leitura, a dos místicos, que têm o privilégio de ser objeto da predileção divina e, portanto, de serem informados diretamente pelo Céu sobre os eventos, fazendo-se de porta-vozes dos anúncios sobrenaturais e das profecias.

Nos tempos atuais de confusão, mistificação, engano e erro da e na Fé, torna-se muito interessante ler o que o Padre Pio de Pietrelcina escreve a seu confessor, Padre Agostinho, em 7 de abril de 1913. Nesse sofrido escrito o santo descreve uma aparição de Cristo agonizante devido ao comportamento dos sacerdotes indignos: 

“Na sexta-feira de manhã eu me encontrava ainda na cama, quando Jesus me apareceu. Estava todo maltratado e desfigurado. Ele me mostrou uma grande multidão de sacerdotes regulares e seculares, entre os quais diversos dignitários eclesiásticos; destes, alguns estavam celebrando, outros se desviando, e outros se despindo das vestes sagradas. A visão de Jesus angustiado causava-me muita pena, por isso quis Lhe perguntar por que sofria tanto. Não obtive nenhuma resposta. Contudo, seu olhar se dirigiu para aqueles sacerdotes; mas pouco depois, quase horrorizado e como se fosse parar de fitar, retirou o olhar e, quando o voltou para mim, observei com grande horror duas lágrimas que Lhe sulcavam o rosto. Distanciou-se daquela turba de sacerdotes com uma grande expressão de desgosto na face, gritando: ‘Açougueiros!’"

E voltando-se para mim, disse: "Meu filho, não acredites que minha agonia foi de três horas, não; Eu estarei, por causa das almas mais beneficiadas, em agonia até o fim do mundo. Durante o tempo da minha agonia, meu filho, não se deve dormir. Minha alma vai em busca de algumas gotas de compaixão humana, mas infelizmente me deixam sozinho sob o peso da indiferença. A ingratidão e o sono de meus ministros tornam minha agonia mais pesada. Oh, como correspondem mal ao meu amor! O que mais me aflige é que à indiferença essas pessoas juntam o desprezo, a incredulidade. Quantas vezes Eu estive para fulminá-los, se não tivesse sido contido pelos anjos e pelas almas enamoradas de Mim… Escreve ao teu confessor e narra-lhe o que viste e ouviste de Mim esta manhã. Diz-lhe que mostre a tua carta ao Provincial …"

Jesus ainda continuou, mas o que Ele disse não posso jamais revelar a criatura alguma neste mundo. Essa aparição me causou uma tal dor no corpo, mas ainda mais na alma, que durante todo o dia fiquei prostrado e julguei que fosse morrer, se o dulcíssimo Jesus já não me tivesse revelado… Jesus infelizmente tem razão para lamentar de nossa ingratidão! Quantos desgraçados de nossos irmãos correspondem ao amor de Jesus lançando-se de braços abertos na seita infame da maçonaria!

Rezemos por eles, a fim de que o Senhor ilumine suas mentes e toque seus corações. Encoraje o nosso padre provincial, que receberá do Senhor um copioso socorro de favores celestes. O bem da nossa província mãe deve ser a sua constante aspiração. Para isso devem tender todos os seus esforços. Para esse fim devem ser direcionadas as nossas orações, tudo o que possuímos. Na reorganização da província, não podemos poupar ao provincial as dificuldades, as doenças, as fadigas; contudo, cuidar para não perder o ânimo, o misericordioso Jesus sustentará a empresa. A guerra dos cossacos vai se intensificando cada vez mais, mas não tenha medo, com a ajuda de Deus” (Padre Pio da Pietrelcina, Epistolario I, por Melchiorre da Pobladura e Alessandro da Ripabottoni, San Giovanni Rotondo 2004, pp. 350 e ss., carta no. 123).


Padre Pio, como ele assinava, demonstra com este documento o seguinte: 
1) Na Igreja existem ministros que fazem agonizar e irar (desejo de fulminá-los) o Filho de Deus; 
2) Esses ministros demonstram sua indiferença e ingratidão para com Quem os chamou a uma tão alta honra; 
3) Eles desagradam seriamente o Senhor Jesus, a ponto de O fazerem gritar, referindo-se a eles, “Açougueiros!”, pelo fato de se aproximarem do Santíssimo Sacramento com indiferença, desprezo e descrença; 
4) Eles são abertamente acusados de entrar e fazer parte da “seita infame da maçonaria”; 
5) A guerra lançada pelos maçons na Igreja é cada vez mais forte (estamos no ano 1913), mas não faz temer o Padre Pio, porque ele confia na ajuda do Onipotente.

[...]

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Re-paragrafamento nosso. Os destaques são da postagem original. 

3º Domingo da Quaresma

Salve Maria caros leitores,

Hoje, 3º Domingo da Quaresma, prosseguimos com o acompanhamento das Meditações Quaresmais produzidas pela Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney. Meditação de hoje: Excelentíssimo Reverendíssimo Dom Fernando Arêas Rifan.

Segue o vídeo.


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2º Domingo da Quaresma

Salve Maria caros leitores,

Hoje, 2º Domingo da Quaresma, prosseguimos com o acompanhamento das Meditações Quaresmais produzidas pela Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney. Meditação de hoje: Excelentíssimo Reverendíssimo Dom Fernando Arêas Rifan.

Segue o vídeo.


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"Quarta-feira" da I Semana da Quaresma

Salve Maria caros leitores,

Hoje, Quarta-feira da 1ª Semana da Quaresma, prosseguimos com o acompanhamento das Meditações Quaresmais produzidas pela Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney.

Na meditação de hoje: Reverendíssimo Padre Renan Damaso Menezes.

Segue o vídeo.

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"Terça-feira" da I Semana da Quaresma

Salve Maria caros leitores,

Hoje, Terça-feira da 1ª Semana da Quaresma, prosseguimos com o acompanhamento das Meditações Quaresmais produzidas pela Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney.

Na meditação de hoje: Reverendíssimo Padre Silvano Salvatte Zanon.

Segue o vídeo.


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Segunda-feira da I Semana da Quaresma

Salve Maria caros leitores,

Hoje, Segunda-feira da 1ª Semana da Quaresma, prosseguimos com o acompanhamento das Meditações Quaresmais produzidas pela Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney.

Na meditação de hoje: Reverendíssimo Padre Claudiomar Silva Souza.

Segue o vídeo.


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1º Domingo da Quaresma

Salve Maria caros leitores,

Hoje, 1º Domingo da Quaresma, prosseguimos com o acompanhamento das Meditações Quaresmais produzidas pela Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney. Meditação de hoje: Excelentíssimo Reverendíssimo Dom Fernando Arêas Rifan.

Segue o vídeo.



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"Sexta-feira" depois das Cinzas

Salve Maria caros leitores,

Hoje, Sexta-feira depois das Cinzas, prosseguimos com o acompanhamento das Meditações Quaresmais produzidas pela Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney. Meditação de hoje: Reverendíssimo Padre Everaldo B. Robert.

Segue o vídeo.


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Quinta-feira depois das Cinzas

Salve Maria caros leitores,

Hoje, Quinta-feira depois das Cinzas, prosseguimos com o acompanhamento das Meditações Quaresmais produzidas pela Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney. Meditação de hoje: Reverendíssimo Padre Gaspar Pelegrini.

Segue o vídeo.



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Quarta-feira de Cinzas (Meditação)

Salve Maria caros leitores,

Hoje, Quarta-feira de Cinzas, iniciamos solenemente  o tempo da Quaresma. 

É com o coração resplandescente com as graças de Deus, que anuncio que o nosso blog irá acompanhar uma série de meditações em vídeo produzida pela Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, na qual a cada dia um padre da Administração ou o Excelentíssimo Senhor Bispo Dom Fernando Arêas Rifan, bispo administrador apostólico, irá fazer uma meditação baseada na Liturgia do dia. 

Fiquem atentos ao nosso blog, pois procuraremos postar diariamente a meditação do dia. 

Segue abaixo a primeira meditação  feita pelo Reverendíssimo Padre Gaspar Pelegrini, sobre a Quarta-feira de Cinzas.




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Oração feita pelo Beato Padre Miguel Pro

Salve Maria caros leitores,

Hoje, dia da Imaculada Conceição da Virgem Maria, trago para conhecimento de vocês, a oração feita pelo Beato Padre Miguel Pro, extremamente devoto da Virgem Maria. Uma belíssima oração, que mostra claramente o ardente desejo de chegar à santidade. Segue.

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Beato Padre Miguel Pro

Deixe-me viver ao Seu lado, minha Mãe, para fazer companhia a sua solidão
e a sua profunda dor!

Deixe-me sentir em minha alma
a pranto doloroso de teus olhos
e o abandono de seu coração!

Eu não quero no caminho da minha vida
desfrutar da alegria de Belém, adorando o Menino Jesus,
em seus braços virginais.

Eu não quero desfrutar em sua humilde casa de Nazaré
a presença querida de Jesus Cristo.

Nem quero unir-me ao coro dos anjos
na sua gloriosa Assunção!

Eu quero na minha vida
o desprezo e a zombaria do Calvário;
Eu quero a morte lenta de seu Filho,
o desprezo, a ignomínia, a infâmia da Cruz.

Quero, ó Virgem Dolorosa, estar perto de Ti, em pé,
para fortalecer o meu espírito com suas lágrimas,
consumar o meu sacrifício com o seu martírio,
apoiar o meu coração com a sua solidão,
amar o meu e o vosso Deus com o sacrifício de todo o meu ser.

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Postado inicialmente no blog DEFENSORES DA SAGRADA CRUZ

PARA OS FIÉIS DEFUNTOS - Por Padre Marcelo Tenório

Salve Maria caros leitores, 

Hoje, celebramos o dia dos fiéis defuntos. Dia de rezarmos por aquelas almas que padecem no purgatório; dia de cumprir penitência e jejum em sufrágio dessas almas, para que alcancem a glória dos céus o quanto antes.

Para que saibamos mais sobre essa data e um pouco mais sobre as almas que padecem no purgatório, segue abaixo um texto produzido pelo Revmº Padre Marcelo Tenório, a respeito do assunto citado acima.

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PARA O DIA DOS FIÉIS DEFUNTOS
(Por Padre Marcelo Tenório)

Pe. Marcelo Tenório na Tríplice Missa no Rito Tridentino
pelas almas do Purgatório (Momento do Confiteor)
Próximo dia 2 de novembro comemoraremos o dia dos "Fiéis Defuntos", o dia dos mortos... O nosso coração se volta à lembrança daqueles que passaram em nossa vida e que foram importantes para nós.

Onde estarão todos? É a pergunta que fazemos olhando para os túmulos que se levantam, tendo erguida a Santa Cruz, nossa única esperança.

Todos fomos criados para Deus para o céu. Ver a Deus é a nossa plena felicidade, é a nossa meta. Nosso único objetivo: "Senhor é a vossa face que o procuro" (Sl 27,8).

A Santa Igreja ensina a existência de duas realidades eternas para a alma: uma é o céu: a visão beatífica, a posse da felicidade plena que é a participação na vida divina e trinitária. São Paulo nos fala e nos estimula a buscar "As coisas do Alto" e nos diz: "olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam" ( I Cor 2,9).

Outra realidade, portanto, é o inferno, a perda eterna, por culpa própria, do Sumo Bem: "Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão e Isaque e Jacó, e todos os profetas no reino de Deus, e vós lançados fora" (Lc 13, 28).

É doutrina infalível da Igreja, portanto de Fé Católica, a existência de um estágio intermediário para alma que precisa de uma maior purificação antes de entrar no céu, na vida de Deus. É um "local" onde ficam as almas que morreram em estado de graça, isto é, sem pecado mortal, mas que necessitam de maior purificação, visto que os pecados cometidos na terra e, contritamente, chorados e perdoados pela confissão sacramental, imprimiram na alma uma macha (culpa temporal do pecado) e esta deverá ser retirada, visto que Deus sendo Sumo Bem e de Santidade inefável, nada admite em si que não seja santidade perfeita, pois no céu nada de impuro pode entrar (Ap 21, 27).

A sagrada Escritura nos traz alusão ao purgatório. Nosso Senhor ensina a sua existência, por isso podemos dizer que é de Verdade Positiva, revelada pelo próprio Deus. Vejamos:

"Reconcilia-te com o teu adversário... enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao ministro e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que, de modo nenhum, sairás dali, enquanto não pagares até o último centavo" (Mt 5, 25-26).

Agora, S. Paulo:

I Cor 3, 12-15: "...Aquele, cuja obra (de ouro, prata, pedras preciosas) sobre o alicerce resistir, esse receberá a sua paga, aquele, pelo contrário, cuja obra, (de madeira, feno, ou palha), for queimada, esse há de sofrer prejuízo; ele próprio, porém, poderá salvar-se, mas como que através do fogo".

Aqui ficam apenas esses dois textos, embora existam mais. Também fazendo uso da razão poderíamos pensar para onde iriam as almas que não foram tão más, mas que tinham algumas imperfeições e defeitos a vencer, que não eram bastante santas para irem diretas ao céu, nem tão pérfidas para descerem aos infernos...

Vejamos esse texto do AT, onde já se acreditava na necessidade de se rezar pelos mortos, para ajudá-los em seu estágio de purificação.

"Judas, tendo feito uma coleta, mandou duas mil dracmas de prata a Jerusalém, para se oferecer um sacrifício pelo pecado. Obra bela e santa, inspirada pela crença na ressurreição... Santo e salutar pensamento de orar pelos mortos. Eis porque ele ofereceu um sacrifício expiatório pelos defuntos, para que fossem livres de seus pecados." ( II Mc 12, 43)

Não é difícil de se ver aqui, com clareza, a fé na existência do purgatório, visto que depois de mortos, podem ser livres de seus pecados pelo "sacrifício expiatório", logo não se trata do inferno, pois este é eterno, mas de um estado intermediário para alma.

Esta Verdade de Fé foi promulgada pelo Santo Concílio de Trento, em sua sessão XXV (cf. Sess. XXV, D. B. 983).


Das Penas Temporais do Pecado.

Falemos das Penas Temporais do Pecado, pois são elas que levam muitas almas ao purgatório, onde depois de um certo "tempo", livres de toda macha, entram na Felicidade Eterna de Deus.

Vejamos: quando alguém gera um dano ao outro, embora perdoado pelo mesmo, tem a obrigação de reparar o mal que causou. Se alguém rouba uma jóia, se arrepende, é perdoado pelo lesado, mas tem a obrigação moral de devolver o objeto roubado.

Na Sagrada Escritura encontramos exemplos claros de expiação da culpa temporal.

Davi é perdoado pelo adultério e assassinato de Urias, assim que humildemente reconheceu a sua culpa, mas teve que sofrer a perda do filho (2Sm 12, 13); Moisés e Araão por não terem tido, algumas vezes em suas vidas, firmeza de fé, foram, por castigo, privados de entrar na Terra da Promessa (Nm 2, 12s).

Imaginemos ainda uma camisa branca, exposta à poeira. Ora tem certas manchas que basta abrir a torneira, molhar um pouco, leve esfregão e... pronto. Outras manchas já não saem tão rápido: deve-se colocar sabão, esfregar... outras mais intensas demoram a sair e usa-se de outros recursos: água sanitária, detergente, deixa-se de "molho" por algumas horas, um dia... e tem dona de casa que gosta de colocar no sol, afim de amolecerem as manchas e com isso saírem mais facilmente.

Na confissão bem feita e contrita, nos livramos das Penas Eternas do Pecado (o inferno), mas as manchas que o pecado provocou em nós (penas temporais) ficam em nossa alma e devem ser retiradas ainda nesta vida através de várias práticas, tais como jejuns, penitencia, esmolas, indulgência recebida, acolhimento resignado do sofrimento, ou no purgatório após a morte.


Da duração das penas.

As almas no purgatório já estão salvas, por isso as chamamos de "benditas", entretanto sofrem imensamente no fogo purificador por causa dos pecados cometidos.

Alguns santos da Igreja, em suas experiências místicas nos falaram sobre a realidade do purgatório.

S. Vicente Ferrer nos fala que há almas que ficaram no purgatório um ano inteiro por um só pecado cometido. Santa Francisca afirma que a maioria das almas do purgatório lá sofrem de trinta a quarenta anos. Muitos santos viram almas destinadas a sofrer no purgatório até o fim do mundo. Nossa Senhora, ela mesma em Fátima, indagada pelo destino de algumas pessoas da convivência de Lúcia e, respondendo particularmente sobre uma certa Maria da Luz, diz:"Esta estará no purgatório até o fim do mundo".

Os santos também ensinam que as almas simples e humildes, sobretudo as que muito sofreram neste mundo com paciência e se conformaram perfeitamente com a vontade de Deus, podem ter um purgatório muitíssimo abreviado, às vezes horas...

S. Paulo da Cruz, estando em oração, ouviu que batiam à porta com força. – “Que queres de mim", pergunta.

"- Quanto sofro. Quanto sofro, meu Deus! Sou a alma daquele padre falecido. Há tanto tempo estou num oceano de fogo, há tanto tempo!... Parecem mil anos!"

São Paulo da Cruz, comovido, reconheceu o padre e disse: "mas faz tão pouco tempo que você faleceu e já fala de mil anos?". O santo orou muito por ele e no dia seguinte celebrou a Missa pelo defunto. Viu-o, então, entrar triunfante no céu, na hora da comunhão.

Santa Lutgarda viu Papa Inocêncio III dizendo que deveria ficar no purgatório até o fim do mundo por algumas faltas no governo da Igreja.

Nosso Senhor mostrou-lhe ainda quatro padres que estavam lá já mais de cinquenta anos, por administrarem mal os Ss. Sacramentos.

Santa Verônica Juliani: Ela fala de uma irmã que deveria ali permanecer tantos anos quantos passou neste mundo.

Ao padre Scoof, de Louvain, foi revelado que um banqueiro de Antuérpia estava no purgatório há mais de duzentos anos porque tinham rezado pouco por ele.


Os Terríveis Sofrimentos no Purgatório.

Santo Tomás nos ensina que no purgatório não há tempo, mas etapas psicológicas sucessivas, o que ele chama de Evo.

O que os santos doutores da Igreja nos falam sobre os terríveis sofrimentos no purgatório, deveria nos encher de grande misericórdia e nos fazer rezar mais e mais pelas almas que ali se encontram.

S. Boaventura ensina que nossos maiores sofrimentos ficam muito aquém dos que ali se padecem.

São Tomás diz que o menor dos seus sofrimentos ultrapassam os maiores tormentos que possamos suportar. Confirmam esse ensinamento Santo Ambrósio e São João Crisóstomo: "que todos os tormentos que o furor dos perseguidores e dos demônios inventaram contra os mártires, jamais atingirão a intensidade dos que padecem em tal lugar de expiação".


Quanto ao fogo do purgatório.

É um fogo real, embora não material. As almas nele são lançadas inteiramente: um fogo ativo, penetrante que vai até o mais íntimo do ser, que queima intensamente à medida da consciência que lá se toma do amor incondicional de Deus e da resposta negativa que a ele se deu pelo pecado. Agora, a alma iluminada pela Verdade e Luz divinas vê-se queimada por dentro, em sua essência.

Diz Santo Antônio que esse fogo é de tal maneira rigoroso que comparado com o nosso, da terra, o nosso parece às almas no purgatório, como pintura de painel... elas bem desejariam está no nosso fogo material...

Santa Catarina de Gênova teve uma visão do purgatório e exclamou: "Que coisa Terrível! Confesso que nada posso dizer e nem conceber que se aproxime sequer da realidade. As penas que lá se padecem são tão dolorosas como as penas do inferno".

S. Nicolau Tolentino viu em êxtase "um imenso vale onde multidões de almas se retorciam de dor num braseiro imenso e gemiam de cortar o coração. Ao perceberem o Santo, bradavam suplicantes, estendendo os braços e pedindo misericórdia e socorro. 'Padre Nicolau, tem piedade de nós! Se celebrares a Santa Missa por nós, quase todas seremos libertadas de nossos dolorosos tormentos'. São Nicolau celebrou sete missas em sufrágio dessas almas. Durante a última missa apareceu-lhe uma multidão de almas resplandecentes de glória que subiam ao céu".

No purgatório não há ingratidão. Elas jamais se esquecem daqueles que rezaram e se sacrificaram por elas. E, uma vez, entrando no céu por nossas orações, pedirão incessantemente pela nossa salvação eterna.

Não as deixemos sozinhas. Rezemos, mandemos celebrar missas e missas em sufrágio das pobres almas. Elas já nada podem fazer por elas, necessitam só e somente só das nossas orações. Para elas passaram o tempo e agora se encontram nos suplícios expiatórios.

Há almas que ficam mais "tempo" no purgatório por falta de oração e sacrifício da nossa parte. Cuidemos delas e elas cuidarão de nós.

E ao chegar o dia dos mortos, com os sinos que dobram em sinais de tristeza, rezemos por esses nossos irmãos que já transpuseram os umbrais da eternidade e unidos à Santa Igreja neste dia, rezemos:

Requiem æternam dona eis, Domine,
et lux perpetua luceat eis.

Série "LITURGIA HORARUM": "O que é a Liturgia das Horas e qual a sua importância?"

Salve Maria caros irmãos e irmãs,

Hoje, começamos então mais uma nova série denominada LIGURGIA HORARUM (Liturgia das Horas).

Nessa série vamos procurar conhecer um pouco mais essa tamanha riqueza da Igreja, e aqueles que nunca ouviram falar, poderão passar a conhecer e caso entreguem-se, poderão também amá-la e procurar praticá-la.

Para começarmos, trago abaixo um curto vídeo do programa "A Resposta Católica" apresentado pelo Revmº Pe. Paulo Ricardo, em que é respondida a pergunta: O que é a Liturgia das Horas e qual a sua importância?


Amanhã, começaremos a trabalhar em cima da IGLH - Instrução Geral sobre a Liturgia das Horas. Trataremos capítulo por capítulo, afim de que possamos caminhar progressivamente.

Postagem de amanhã: Capítulo I - "Importância da Liturgia das Horas ou Ofício Divino na vida da Igreja".

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Fonte: A Resposta Católica

Pe. Paulo Ricardo X Rock in Rio

Salve Maria,

Segue o vídeo do nosso querido Padre Paulo Ricardo, sobre o Rock in Rio, no "40 - Parresía: Rock in Rio e o orgulho dos porcos", no ano de 2011. Segue o vídeo na íntegra.


O que um leigo não pode fazer na Missa?

Salve Maria,

Achei muito interessante o artigo que um Padre postou em seu blog, e que é muito pertinente com o nosso. Segue o post do Pe. Luís Fernando.

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Questão teórica: o que pode, o que não pode e porquê.


Sacrossanctum Concilium
28. Nas celebrações litúrgicas, seja quem for, ministro ou fiel, exercendo o seu ofício, faça tudo e só aquilo que pela natureza da coisa ou pelas normas litúrgicas lhe compete. 
29. Os que servem ao altar, leitores, comentaristas e componentes do grupo coral exercem também um verdadeiro ministério litúrgico. Desempenhem, portanto, sua função com a piedade sincera e a ordem que convêm a tão grande ministério e que, com razão, o povo de Deus exige deles. Por isso, é necessário que, de acordo com as condições de cada qual, sejam cuidadosamente imbuídos do espírito litúrgico e preparados para executar as suas partes, perfeita e ordenadamente.

Em nome de uma mal interpretada participação na liturgia, muito se confundiu os papéis. Já vi e vivi coisas de arrepiar. Algumas do tipo: no dia do aniversário de consagração religiosa de uma freira ela tomou a cadeira presidencial e o sacerdote sentou-se no primeiro banco da Igreja. A freira "celebrou a missa" até o ofertório quando então o sacerdote tomou seu lugar junto ao altar para a liturgia Eucarística. Por mais querida que a freira seja, por mais "democrático" que o padre seja, ambos erraram fragorosamente. O lugar da freira e do leigo não é presidindo a assembléia litúrgica. Este lugar cabe ao sacerdote que o faz In Persona Christi Capitis por força do sacramento da Ordem. Não é algo ou uma prerrogativa que o sacerdote concede a si ou da qual possa dispor sem mais. É um sacramento que ele recebe da Igreja para exercê-lo em nome da mesma Igreja. Não é um cargo para que outras pessoas posam ocupá-lo. É um verdadeiro e próprio ministério que na liturgia tem lugar e ofício próprios.

Quando um fiel tenta celebrar a missa (apenas tenta porque quem de fato e de direito a preside é o sacerdote) ele incorre nalguns erros graves:
1º) A ação litúrgica nunca é particular, mas, ação da Igreja e deve ser feita consoante à mesma (Cân. 837);
2º) Cânon 1384: quem exerce ilegitimamente uma função sacerdotal ou outro ministério sagrado pode ser punido com justa pena;
3º) Nunca é lícito simular sacramento por três razões:
- trata-se sempre de uma mentira grave, pois o objeto que induz a erro é algo importante: um sacramento;
- constitui certo desprezo para com as coisas sagradas (isto é, um sacrilégio), já que implica uma certa brincadeira com os sacramentos instituídos por Cristo;
- pode constituir uma falta contra a justiça ou contra a caridade, ao negar-se ao sujeito os meios necessários ou convenientes para a sua vida espiritual. (HORTAL, Jesús. Igreja e Direito: Os sacramentos da Igreja na sua dimensão canônico-pastoral. pág. 35)

O leigo não pode presidir a assembléia. Este é um ofício do Sacerdote. "A celebração da missa é ação do povo de Deus hierarquicamente organizado" (IGMR, n. 16). A mesma Instrução Geral do Missal Romano diz que o Sacerdote tem funções próprias, presidenciais.

Instrução Geral do Missal Romano
30. Entre as partes da Missa que pertencem ao sacerdote, está em primeiro lugar a Oração eucarística, ponto culminante de toda a celebração. Vêm a seguir as orações: a oração colecta, a oração sobre as oblatas e a oração depois da comunhão. O sacerdote, que preside à assembleia fazendo as vezes de Cristo, dirige estas orações a Deus em nome de todo o povo santo e de todos os presentes . Por isso se chamam “orações presidenciais”.

31. Compete igualmente ao sacerdote, enquanto presidente da assembleia reunida, fazer certas admonições previstas no próprio rito.

32. O carácter «presidencial» destas intervenções exige que elas sejam proferidas em voz alta e clara e escutadas por todos com atenção . Por isso, enquanto o sacerdote as profere, não se hão-de ouvir nenhumas outras orações ou cânticos, nem o toque do órgão ou de outros instrumentos musicais. Pertence ainda ao sacerdote presidente anunciar a palavra de Deus e dar a bênção final. Pode ainda introduzir os fiéis, com brevíssimas palavras: na Missa do dia, após a saudação inicial e antes do rito penitencial; na liturgia da palavra, antes das leituras; na Oração eucarística, antes do Prefácio, mas nunca dentro da própria Oração; finalmente, antes da despedida, ao terminar toda a ação sagrada.

Além das orações presidenciais, ficou claro no texto acima que as BREVES intervenções devem ser do Presidente e não do leigo. Aqui já se descartam os comentários kilométricos que se faz nas missas, explicando o rito ao invés de introduzir a assembléia ao Mistério.

35. As aclamações e as respostas dos fiéis às saudações do sacerdote e às orações constituem aquele grau de participação ativa por parte da assembleia dos fiéis, que se exige em todas as formas de celebração da Missa, para que se exprima claramente e se estimule a ação de toda a comunidade .

36. Há ainda outras partes da celebração, que pertencem igualmente a toda a assembleia convocada e muito contribuem para manifestar e favorecer a participação ativa dos fiéis: são principalmente o ato penitencial, a profissão de fé, a oração universal e a oração dominical.

Claro está que a participação ativa e frutuosa do leigo, da assembléia, não se dá quando estes usurpam o ministério do sacerdote nem quando o sacerdote exerce uma função que não é sua. Não é função do sacerdote tocar o violão ou fazer as respostas. Cada sujeito litúrgico tem sua função determinada na ação litúrgica e como tal o papel do leigo é insubstituível.


Qual o lugar do leigo então?

Em primeiro lugar há que se tirar a compreensão de uma falsa competição por lugar na Igreja. Na Igreja, o ministério é sempre sinal do serviço. Certa feita estava eu numa reunião pastoral e algumas freiras e leigos faziam uma abordagem do sacerdócio como cargo, "algo a que se apegar ciosamente". Esta visão errada está entremeada nalguns setores da Igreja para os quais o lugar do leigo é substituir o sacerdote exatamente com uma falsa compreensão do sacerdócio.

A participação ativa e frutuosa que pede o Concílio é aquela adequatio da mente à coisa, ou seja, do coração e da mente ao mistério Pascal de Cristo celebrado na liturgia. Não se resume a funções. Caso reduzisse esta participação a funções, a liturgia sofreria um empobrecimento irreparável. Um cadeirante, um idoso, um analfabeto, uma criança, uma pessoa de outra nacionalidade e outra língua tem, de fato, pouco "espaço" para fazer coisas na liturgia. Nem por isso participam com menos intensidade do Mistério. A maioria dos leigos dentro de um templo não faz nenhuma função vistosa na liturgia. Eles permanecem em seus bancos e nem por isso participam menos ou com menor intensidade, com menos santidade ou com menor proveito espiritual da liturgia. Este mito de que "participação" litúrgica é sinônimo de "fazer coisas para todo mundo ver" precisa cair afim de que a verdadeira participação ativa e frutuosa seja promovida.

O leigo não pode fazer as orações presidenciais.
O leigo não pode simular sacramento (celebrar no lugar do padre).
O leigo não pode distribuir a sagrada comunhão, a menos que seja delegado de modo extraordinário para auxiliar o sacerdote a cujo ministério está ordenada esta função.
O leigo não pode apresentar o cálice durante a doxologia (Por Cristo, com Cristo em Cristo..).
O leigo não pode apresentar âmbulas ou hóstias durante a doxologia.
O leigo não pode proclamar o evangelho na missa.
O leigo não pode fazer a homilia.
O leigo não pode rezar o embolismo nem a oração da paz junto com o Padre (Livrai-nos de todos os males... Senhor Jesus Cristo dissestes aos vossos Apóstolos...).
O leigo não pode rezar nenhuma parte da oração Eucarística que é reservada ao sacerdote. A mesma começa no diálogo inicial "O Senhor esteja Convosco. Ele está no meio de nós" e prossegue até o Amém da doxologia (Por Cristo, com Cristo em Cristo...).
O lugar do leigo é na assembléia e não no presbitério.
A menos que tal leigo seja o acólito que auxilia o sacerdote junto ao altar.
Os Ministros Extraordinários da Comunhão não são acólitos.
Os acólitos possuem funções próprias. A função do MESC é somente de auxiliar o sacerdote na distribuição da comunhão e, eventualmente, preparar alfaias e vasos sagrados para a missa caso não haja sacristão na Igreja.

Espero ter podido contribuir para uma melhor participação ativa e de fato frutuosa na celebração eucarística.

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Post Importado do Blog do Padre Luís Fernando

Desabafo de um padre sobre Missas


Salve Maria,

É um desabafo emocionante e impressionante. Não vou comentar nada, prefiro que leiam, tire apenas alguns minutos do seu tempo para isso, e depois se acharem que devem, comentem, compartilhem, rezem.

Que Nossa Senhora esteja sempre conosco!

* * * 


Sou padre há quase 5 anos. Fui seminarista por 7 anos. Já estive em vários lugares Brasil afora, já celebrei em tantos outros e guardo no meu coração uma tristeza profunda. Quando eu era criança na roça e ia com minha família à missa uma vez por mês eu sabia que naquela hóstia tinha Jesus. Eu sentia o cheiro da vela queimando e aprendi a me perseguinar toda vez que passava diante de uma Igreja. Eu achava tudo meio estranho porque não entendia a missa, mas, sentava no primeiro banco e respondia a todas as perguntas que o padre fazia na hora do sermão. Daí eu cresci, fomos pra cidade e eu continuava inocente. Fui pro seminário e as escamas de meus olhos caíram. A missa pela qual eu sempre nutri o maior religioso respeito
virou palco
virou show
virou passeata
virou passarela
virou camarim de estrela
virou sambódromo
virou terreiro
virou tudo e suportou tudo
menos ser de fato, missa.

Já vi tanto desleixo... alfaias puídas, vasos sagrados zinabrados, hóstias consagradas carunchadas dentro do sacrário, um sacrário no meio de uma reforma de Igreja com hóstias consagradas dentro, consagração de vinho em tamanha quantidade que as sobras Eucarísticas precisaram de um exército de MESC para consumi-las porque o padre não poderia fazê-lo sem ficar bêbado e outros tantos abusos. Quando veio a Redemptionis Sacramentum e a Ecclesia de Eucharistia veio uma lufada de ar fresco e os rebeldes da Teologia da Libertação, da Rede Celebra e das CEB`s reagiram vorazmente. O site do mosteiro da Paz que hospedava uma carta de Reginaldo Velloso eivada de críticas às necessárias mudanças na liturgia e catalizadora desta mentalidade saiu do ar, mas, encontrei-a no site da Montfort disponível aqui.

Capitaneada pelo dualismo marxista de tipo maniqueísta, a reinterpretação que a missa sofreu nas décadas que sucederam o Concílio Vaticano II seguiu as pegadas da subjetividade humana. É odioso ouvir: "ah o jeito do outro padre é diferente". Isto denota uma personalização que a missa não comporta. A missa nunca foi a missa do padre, mas a missa da Igreja!

Esta mentalidade impregnou tanto a liturgia que quando um Padre quer celebrar a missa da Igreja, aquela do Missal Romano, é chamado de retrógrado. O respeito às normas litúrgicas são sinônimo de opressão. A missa pura e simples foi esvaziada para poder ser enchida pela ideologia da enxada, da faixa, do cartaz, da freira, do padre TL... a missa se transformou... virou manifestação e protesto contra o Governo e o Sistema
contra a Igreja
contra os padres
contra a fé católica de sempre
contra a liturgia de sempre.

Enfiaram bananeiras, berrantes, espeto de churrasco, cuia de chimarrão, pão de queijo, cachaça, coco, faca e facão, pipoca, balões e ervas de cheiro na missa, enfiaram panos coloridos para todos os lados, colocaram mães de santo manuseando o turíbulo e leigos lendo preces seminus. Para essa CORJA a missa já deixou há muito tempo de ser o sacrifício redentor de Cristo PRO MULTIS e se tornou só mais uma mesa para comensais na qual vale o discurso e não a fé, na qual o que importa é o que o homem diz aos seus iguais e não o que Deus diz ao homem. Lembro-me de um professor contando todo garboso que certa feita utilizou-se de uma Adoração ao Santíssimo Sacramento para dar uma aula de teologia ao povo - aos seus moldes é claro - porque para ele aquela hóstia era pobre de significado.

Aquela hóstia pobre...
tão pobre quanto o cocho de Belém,
tão pobre quanto a cama em Nazaré,
tão pobre quanto a casa de Pedro em Cafarnaum,
tão pobre quanto a casa de Lázaro em Betânia,
tão pobre quanto o coração do Filho de Deus,
ela só pôde se tornar Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Cristo
porque Ele se fez pobre!
Sua pobreza não comporta reduções
tampouco acréscimos desnecessários.
Ele é aquele que é e nada mais,
mas, só para quem tem fé!

Aos meus irmãos padres um apelo: que nós diminuamos e que Ele apareça. Não somos o noivo, apenas amigos do noivo! Rezemos a missa da Igreja, a missa do Missal. Que Ele fale aos corações e às mentes, inclusive às nossas mentes e corações! Ele ele toque as vidas, inclusive as nossas. Que sua voz ecoe nas consciências, também nas nossas. Que toda a nossa Liturgia seja feita Por [causa de] Cristo, Com Cristo e em Cristo a[o] Pai na Unidade do Espírito Santo. Só isso. Se fizermos isso bem feito teremos feito tudo o que nos compete nesta vida.

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Cuidado com a batina!

Salve Maria caros leitores,

Trago para vocês no dia de hoje, aina nesse mês vocacional, um artigo do Revmº Pe. Gaspar Pelegrini em que ele trata de um assunto que é, de certa forma, bastante discutido entre vocacionados ao sacerdócio e aqueles que já são seminaristas.

Muito bom o artigo. Vale a pena ler.

* * *


  
Padres da FSSP, em um distrito da França
Sei que o título deste artigo soa estanho. Mais ainda vindo de um padre que usa sempre a batina. Mas eu repito: cuidado com a batina!
Se me permitem, eu me explico.

Para tanto, temos que recordar o sentido da batina. E quando digo batina, entenda-se o hábito sacerdotal, seja a batina mesma ou o clergyman, ou outra veste sacerdotal.

A batina tem como fim ser um sinal para os outros e para o padre. Para os outros a batina ajuda a identificar o sacerdote em meio a outras pessoas. O padre, como nos dizia o Beato João Paulo II, não pode perder-se no anonimato. Ele é sinal de Deus. É luz, é referência. Ele tem que ser visto, tem que ser encontrado com facilidade. E o hábito sacerdotal ajuda a identificar o padre.

A vista de um padre nos leva a pensar em Deus, a lembrar-nos de Deus de quem o padre é sinal e mais ainda, ministro. Se estamos num perigo e vemos um policial, nós nos tranqüilizamos e vamos até ele pedir ajuda. A farda não faz o policial, mas facilita encontrá-lo, identificá-lo. Como também o nome de uma loja não é a loja, mas ajuda a encontrá-la. A batina não é o padre. O poder não está na batina. Mas a batina ajuda muito a encontrar o padre. E para o Padre?

O hábito o ajuda a não se esquecer de sua missão, de sua entrega a Deus. A batina é para o padre proteção, alerta e às vezes, até sinal vermelho. Alerta porque se ele está com a sua veste própria, é convidado a agir como sacerdote. O hábito lembra ao padre uma coisa que muitas vezes não queremos aceitar: o padre não é uma pessoa comum. Não é um homem como os demais. Não. O jovem que é chamado por Deus e é ordenado padre, sim, é um homem como os demais. Mas, enquanto sacerdote, não é mais como os demais. Houve uma mudança em seu próprio ser. Ele não se pertence mais, não tem direito de agir como se não fosse sacerdote. Isso o próprio povo de Deus espera de nós. O povo quer e tem direito de ver no padre um padre.

Às vezes também a batina pode ser um sinal vermelho para o padre no sentido em que como sacerdote, vestido como padre, ele não pode tomar certas atitudes, ir a certos lugares, etc. A batina é ainda um desafio para o padre. Temos que ser o que a batina representa. Por isso eu digo: cuidado com a batina. Cuidado, meu irmão padre, para não se esquecer de seu hábito que lhe recorda sua identidade. Cuidado com a batina, pois ela o sinaliza. Suas ações e atitudes são vistas como ações de um ministro de Deus. Mas quando digo aqui “cuidado com a batina”, eu quero mesmo é insistir num outro aspecto totalmente diferente.

Um dos grandes significados da batina é lembrar ao padre e aos outros que ele abriu mão de muitas coisas para se dedicar a Cristo, na simplicidade, na pobreza, numa vida austera, embora cheia de alegria. Ou seja, a batina nos convida a renunciar a roupas ostensivas, roupas de marca, cores preferidas por nós, roupas da moda, etc. Por isso se diz que a batina é sinal de morte para o mundo. Neste sentido. Mas eu percebo um pouco hoje entre nós padres e, talvez, mais ainda, entre seminaristas, uma atitude que é uma grande incoerência: usar a batina por vaidade. Fazer da batina um meio de ostentação. Já viram na internet fotos de padres e seminaristas fazendo poses de batina, querendo imitar fotos antigas, um pezinho pra frente, olhar para o infinito, uma boa quantidade de gel no cabelo, etc., etc?

A batina que tem que ter não sei quantos botões, em honra dos anos da vida de Jesus, das bem-aventuranças, dos coros angélicos... O tecido tem que ser tal que para dê uma boa caída. A faixa tem que ter tantos centímetros de largura, uma franja bem entrelaçada para lembrar a rede de São Pedro. A capinha para imitar S. João Bosco. O solidéu... Outro dia um jovem desistiu de nosso Seminário porque me perguntou se nossos seminaristas usavam solidéu e eu disse que não. Imaginem. Uma vocação condicionada a um solidéu...

E o preço que às vezes se paga por uma batina, porque tem tal tipo de corte, é de tal marca... Até a batina virou roupa de marca. O que acontece então? Aquela veste que seria um convite à simplicidade e à pobreza, torna-se ocasião de vaidade, de ostentação, de consumismo. Nestes casos, o uso da batina não serve para mostrar a condição de ministros de Deus, mas para a pessoa se mostrar, se exibir através da batina. Mais triste ainda quando a pessoa que faz uso da batina tem um comportamento que não condiz em nada com a condição de discípulos de Cristo, mortos para a vaidade e para as coisas mundanas. Por isso digo: cuidado com a batina!

Não estou defendendo que não se use a batina. Até porque eu só ando de batina. Quero dizer que devemos usá-la corretamente. Ter cuidado porque o diabo, que se veste de anjo de luz, pode também querer usar da batina para nos fazer cair no contrário de tudo o que ela significa e nos recorda.

Cuidado com a batina! Cuidado para não deixar de lado este grande sinal. Cuidado para não usá-la mal, deformando o seu significado. Cuidado para não transformar o remédio em veneno. Cuidado para não transformar o hábito que é um sinal do que trazemos lá dentro de nós, em uma capa que esconde o que lá dentro não está bem. Dizer “cuidado com a batina” não é um convite para não usá-la, mas um apelo a usá-la corretamente, segundo o que realmente ela é e nos lembra: sinal de morte às coisas mundanas, entrega e consagração a Deus como seus ministros no seguimento de Cristo, a serviço de nossos irmãos.

Escrito por Padre Gaspar Pelegrini.

O ministério sacerdotal é...

Salve Maria caros leitores,

Hoje em que comemoramos o dia do Padre, trago para vocês um belo texto do Catecismo Católico Popular sobre o ministério sacerdotal; vejam:

‎"O ministério sacerdotal é penoso porque os sacerdotes têm graves obrigações a cumprir: têm de rezar todos os dias o ofício divino no seu breviário, que leva cerca de uma hora; são obrigados ao celibato durante toda a vida; tem obrigação de ir a qualquer hora, e muitas vezes de noite, visitar os doentes, mesmo que estejam atacados de doenças contagiosas e ministrar-lhes os últimos sacramentos. Muitas vezes, tem de passar horas e horas a ouvir confissões, muitas vezes também tem de estar em jejum muito tempo para dizerem missa tarde. Cumpre-lhes evitar os divertimentos mundanos (ainda mesmo lícitos); devem ser generosos para com os pobres, e edificar a todos com bons exemplos para serem o sal da terra. Além disso, quanto mais o padre estiver animado pelo zelo pelas almas, tanto mais exposto estará às perseguições e às suspeitas caluniosas, sobretudo na nossa época. O mundo costuma recompensar muito mal o padre animado de espírito apostólico; os mundanos procedem para com o sacerdote como o cão da fábula, mostrando os dentes e mordendo as mãos àquele que procurava tirá-lo da água. O ministério sacerdotal impõe uma grande responsabilidade: se o lobo vem e devora as ovelhas, é ao pastor que se pedirá conta delas. Os sacerdotes um dia hão de dar conta de todas as almas que lhes foram confiadas, e os que tiverem de dar contas de muitas almas, tem deveres penosos e perigosos. No dia em que foi ordenado, S. João Crisóstomo dizia em um sermão: "agora é que eu preciso de muitos milhares de intercessores, para que no dia do juízo não seja lançado nas trevas exteriores". (Catecismo Católico Popular, Francisco Spirago)

Rezemos por todos os nossos padres nesse dia e em todos os outros, pois sem eles nehhum de nós teria a Sagrada Eucaristia.

Afinal, os padres são ou não obrigados a usar um hábito eclesiástico?

Salve Maria caros leitores,

Abaixo trago para vocês, o 113º vídeo do programa "A Resposta Católica" em que o Padre Paulo Ricardo nos explica através dos documentos da Igreja a legislação a respeito do uso do hábito eclesiástico. Afinal, os padres são ou não obrigados a usar um hábito eclesiástico?


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