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Como funciona o Conclave?

Salve Maria caros leitores,

Hoje às 16h horário local do Vaticano, os 115 cardeais eleitores iniciam a procissão até a Capela Sistina, onde ocorrerá a votação que elegerá o nosso novo pastor, o Papa.

Mas o que como que funciona essa votação que é denominada "Conclave"?

A pedido de uma leitora, eu trago para vocês um vídeo em que o Revmº Pe. Paulo Ricardo, explica de forma mais detalhada sobre este evento importantíssimo par a instituição que rege mais de 1 bilhão e 200 milhões de Católicos em volta do globo. Nesse vídeo, o Pe. Paulo responde à perguntas tais como:Quais são as regras que regem o Conclave? Quando e como ele se iniciará? Como se darão as votações? Quantos votos são necessários para que seja eleito o novo Papa? 

Segue abaixo do vídeo o link do documento do qual o Padre Paulo Ricardo, fala no vídeo.

Conheça o tesouro da Santa Missa Tridentina

Salve Maria!

Não se ama aquilo que não se conhece. Conheça melhor o tesouro da Santa Missa Tridentina para poder amá-la cada vez mais. Leia e estude o “Catecismo da Santa Missa” disponível neste blog.

Segue excerto do documento:

Sobre a necessidade de se entender as orações
e as cerimônias da Santa Missa

P12. É necessário conhecer profundamente a Missa?
R. Um ato de religião praticado com tanta freqüência, tão precioso em suas graças, e tão consolador em seus frutos, é desejoso que se conheça o mais possível, na medida das nossas capacidades.

P13. Como podemos conhecer mais profundamente a Santa Missa?
R. Podemos conhece-la mais profundamente estudando seus mistérios, seus dogmas, a moral que ela encerra, e até os menores detalhes de suas cerimônias e orações.

P14. Para que devemos conhecer tudo isto?
R. Para que a Missa, que é o centro do culto católico, desperte os mais vivos sentimentos de religião e de piedade.

P15. Que mais devemos conhecer da Missa?
R. Devemos conhecer suas palavras sagradas em que encontramos todo o sabor da unção de que estão repletas; cada ação e cada movimento do sacerdote; cada palavra que ele pronuncia para lembrar nossa alma e nosso coração que um Deus se imola para nós, e que nós também devemos nos imolar com Ele e por Ele.

P16. Com que estado de espírito devemos assistir a Santa Missa?
R. Devemos deixar fora do santuário a indiferença e o tédio, a dissipação e o escândalo, e sermos, no templo, adoradores em espírito e verdade. (Ioh 1 - 4)

P17. Deus exige de todos os fiéis uma instrução profunda e detalhada da Missa?
R. Não. Deus supre a sensibilidade da fé ao conhecimento que não foi possível adquirir e jamais irá desprezar o sacrifício de um coração arrependido e humilhado. (Sl 50, 19)

P18. Quais as disposições essenciais e suficientes para aproveitarmos do santo sacrifício da Missa?
R. Devemos assistir a Santa Missa com a alma penetrada de dor pelas faltas cometidas, e nos aproximarmos confiadamente deste trono da graça, unindo-nos à vítima, Nosso Senhor Jesus Cristo, e à intenção da Igreja, na pessoa do sacerdote, e por seu ministério.
[...]

Baixe o Catecismo da Santa Missa, clicando aqui.
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* Postagem importada NA ÍNTEGRA do blog "Missa Tridentina na Paróquia São Sebastião"
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Conversão de São Paulo

 Salve Maria...
Hoje é dia da Conversão de São Paulo Apóstolo e por isso a Igreja comemora com muita alegria e solenidade esse dia muito santo... 

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O martírio de São Paulo é celebrado em 29 de junho, junto com São Pedro, mas sua conversão tem tanta importância para a história da Igreja que merece uma data à parte.

Por se tratar de quem era, um rico fariseu, ala mais radical dos judeus, e por sua conversão ter-se dado da forma que ocorreu, com o próprio Cristo ressuscitado lhe aparecendo em visão que o cegou, esta conversão milagrosa levou o cristianismo aos intelectuais e poderosos.

Foi também em 25 de janeiro que se deu a fundação da cidade de São Paulo, que ganhou seu nome em homenagem a tão importante acontecimento.

Saulo, seu nome original, nasceu em Tarso, na Cilícia, da tribo de Benjamim e era um respeitado cidadão romano. Totalmente contrário ao cristianismo, combatia-o ferozmente.

Foi com ele que Estêvão travou acirrado debate no templo judeu. Paulo tanto clamou contra Estevão que este acabou apedrejado e morto, iniciando-se então uma incansável perseguição aos cristãos, com Paulo à frente.

Um dia, às portas da cidade de Damasco, uma luz, descrita nas Sagradas Escrituras como "mais forte e mais brilhante que a luz do Sol", desceu dos céus e o cegou. Apareceu-lhe então Jesus, pedindo para que parasse de persegui-Lo e aos Seus e, ao contrário, se juntasse aos apóstolos que pregavam as revelações de Sua vinda à Terra.
São Paulo redigindo algumas de suas cartas .

Os acompanhantes de Paulo também tudo ouviam, mas não viam quem falava. Jesus recomendou a Saulo que permanecesse na cidade, pois ali lhe revelaria o que queria dele. A experiência o transformou profundamente e ele permaneceu em Damasco por três dias sem enxergar, sem comer e sem beber.

Depois do ocorrido, foi levado a Ananias, um cristão da cidade. Batizado por ele, voltou a enxergar e saiu a pregar a palavra de Deus, já com o nome Paulo, como lhe ordenara Jesus, tornando-se seu grande apóstolo.

Sua conversão chamou a atenção de vários círculos de cidadãos importantes e Paulo passou a viajar pelo mundo, evangelizando e realizando centenas de conversões.

Depois que voltou a Damasco, os judeus planejaram matá-lo cercando todas as portas da cidade. Na escuridão da noite ele foi descido por seus discípulos para fora dos muros através de um cesto, prosseguindo em sua missão.

Perseguido incansavelmente, foi preso várias vezes e sofreu muito, sendo martirizado no ano 67.

São Paulo escreveu 14 cartas expondo a mensagem de Jesus, que se transformaram numa verdadeira Teologia do Novo Testamento.

É patrono das congregações paulinas que continuam a sua obra de apóstolo, levando a mensagem do Cristianismo a todas as partes do mundo através dos meios de comunicação.

Fonte: Filhas de São Paulo Apóstolo.

Dom Henrique Soares: Em certos ambientes da Igreja entrou uma concepção errada de liturgia, totalmente alheia ao sentido da genuína tradição cristã

Salve Maria,

Vendo as atualizações de Blogs amigos acabei por ler um artigo do Exmº. Revmº. Dom Henrique Soares, falando sobre as ponderações dentro da Liturgia. Leiam, vale a pena!

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Sobre a Liturgia: insistentes ponderações



A liturgia é para nosso alimento, alento e transformação espiritual: ela nos cristifica, isto é, é obra do próprio Cristo que, na potência do Espírito, nos dá sua própria vida, aquela que ele possui em plenitude na sua humanidade glorificada no céu. Participar da liturgia é participar das coisas do céu, é entrar em comunhão com a própria vida plena e glorificada do Cristo nosso Senhor.

A liturgia não é feita produzida por nós, não é obra nossa! Ela é instituição do próprio Senhor. Para se ter uma idéia, basta pensar em Moisés, que vai ao faraó e lhe diz: “Assim fala o Senhor: deixa o meu povo partir para fazer-me uma liturgia no deserto”. E, mais adiante, explica ao faraó que somente lá, no deserto, o Senhor dirá precisamente que tipo de culto e que coisas o povo lhe oferte.

Isto tem a ação litúrgica de específico e encantador: não entramos nela para fazer do nosso modo, mas do modo de Deus; não entramos nela para nos satisfazer, mas para satisfazer a vontade de Deus. Por isso digo tantas vezes que o espaço litúrgico não é primeiramente antropológico, mas teológico: a liturgia é espaço privilegiado para a manifestação e atuação salvífica de Deus em Cristo Jesus nosso Senhor. Nela, a obra salvífica de Cristo é perenemente continuada na Igreja.

O problema é que entrou em certos ambientes da Igreja uma concepção errada de liturgia, totalmente alheia ao sentido da genuína tradição cristã: a liturgia como algo que nós fazemos, do nosso modo, a nosso gosto, para exprimir nossos próprios sentimentos. Numa concepção dessas, o homem, com seus sentimentos, gostos e iniciativas, é o centro e Deus fica de lado! Trata-se, então, de uma simples busca de nós mesmos, produzida por nós mesmos; uma ilusão, pois aí só encontramos nós e os sentimentos que provocamos. É o triste curto-circuito: faz-se tudo aquilo (coreografias, palmas, trejeitos, barulho, baterias infernais, sorrisinhos do celebrante, comentários e cânticos intimistas, invenções impertinentes e despropositadas...) para que as pessoas sintam, liguem-se, “participem”... Mas, tudo isto somente liga a assembleia a si mesma. Não passa de uma exaltação subjetiva e sentimental! Aí não se abre de fato para o Silêncio de Deus, para Aquele que vem nos surpreender com sua glória e sua ação silenciosa, profunda, consistente e transformadora. A assembleia já não celebra com a Igreja de todos os tempos e de todos os lugares; muito menos com a Igreja celeste!

O sentido da liturgia é um outro: é um culto prestado a Deus porque ele é Deus! O interesse é Deus! A liturgia é algo devido a Deus e instituído pelo próprio Deus. Quando alguém participa de uma liturgia celebrada como a Igreja determina e sempre celebrou, se reorienta, se reencontra, toma consciência de sua própria verdade: sou pequeno, dependente de Deus e profundamente amado por ele: nele está minha vida, meu destino, minha verdade, minha paz. Nada é mais libertador que isso.

Vê-se a diferença entre essas duas atitudes ante a realidade litúrgica: na visão que se está difundindo, criamos uma sensação, uma ilusão. É algo parecido com a sensação de bem-estar que se pode sentir diante de uma paisagem bonita, num bloco de carnaval, num show, num momento sublime, numa noite com a pessoa amada... Na perspectiva que a Igreja sempre teve e ensinou, não! Estamos diante da Verdade que é Deus; verdade que não produzimos nem inventamos, mas vem a nós e enche o nosso coração! Devemos procurá-la? Certamente sim: "Fizeste-nos para ti, Senhor, e nosso coração andará inquieto enquanto não descansar em ti!" Mas para isto é indispensável a capacidade de silêncio, de escuta, de abrir os olhos do coração para a beleza de Deus. A liturgia nos dá isto!

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Fonte: Blog "SUBSÍDIOS LITÚRGICOS SUMMORUM PONTIFICUM"

Discipulado

Salve Maria...

Meus Irmãos hoje vou perguntar uma coisa para vocês, o que é Discipulado? Como Deve ser o Discípulo? O que marca o Discipulado?
- Basicamente Discipulado vem da Palavra de discípulo e sim, lembramos dos 12 Apóstolos de Cristo, e que acompanho Ele até o final de sua vida terrena no calvário...       

Ser discípulo é entregar sua vida para as mãos de Deus. Fazer com que sua vida seja abençoada todos os dias. Anunciar a boa nova e fazer com que sua vida seja voltada ao Senhor, aquele que criou sua vida...

Os Dez pontos chaves do Discipulado 

 De modo, esses dez pontos esclarecem de modo melhor de entender e ver o que é o DISCIPULADO e como deve ser o discípulo de Jesus..


  • Realizar um encontro vivo, persuasivo e decisivo com Jesus...

   Não se começa a ser cristão por uma decisão ética, uma grande idéia, mas por um encontro, um acontecimento, uma experiência com Jesus.

  • Ter admiração e fascinação por Jesus  
   Jesus precisa ser encontrado, seguido, amado, adorado, anunciado e comunicado para todo o mundo. A maior fascinação da humanidade é Jesus, desde o pequeno mendigo até o grande empresário, pois esse é alguém fascinado por Cristo..

  • Sentir atração, vinculação, intimidade e viver o seguimento de Jesus
   Para ser discípulo requer-se este quatro passos:
Atração, vinculação, intimidade e seguimento de Jesus.. Trata-se de uma experiência pessoal, profunda e decisiva

  • Assumir o estilo de vida, o destino, a cruz e a Glória de Jesus.
   O discípulo se assemelha ao mestre. A vida de Jesus, o jeito de Jesus, os sentimentos de Jesus, como também a cruz e a glória do Senhor são destino dos Discípulos..

  • Compartilhar o estilo de vida , o destino, a cruz e a Glória de Jesus.
   O discipulado leva à missão. Jesus envia os discípulos  a missão. Toda vocação é para missão. Não há missão sem discípulos, nem discipulado sem missão.

  • Ser discípulo na comunhão Eclesial.
   Discipulado e comunidade eclesial significam que o discípulo deve estar inserido na comunidade, vinculada à Igreja, engajado na vida da comunidade. Isso evita o intimismo, o individualismo e a separação ou afastamento da Igreja.

  • Assumir a formação para o discipulado 
   A formação do discípulo em reconhecer, acolher, integrar o desenvolvimento e a experiência do encontro. O discípulo é uma escola, uma aprendizagem que requer formação permanente, Pois quem ama quer a cada dia conhecer o seu(a) amado(a)..

  • A vida em Cristo comporta a libertação integral, a humanização, a reconciliar e a inserção social.
   Ser discípulo implica em transformar a sociedade. O discípulo é sal, luz e fermento do mundo. A mudança do coração leva à transformação social. 
  • Não há outro tesouro, outra felicidade, outra prioridade em nossas vidas...
   Sermos discípulos missionários. É o melhor que pode acontecer em nossas vidas. É a maior alegria da vida.
  • Ser discípulos missionários apaixonados a serviço da vida..
   O discípulo e a missão estão a serviço da vida...
   A finalidade e o objetivo da missão do discípulo é a vida plena da pessoa humana. O discipulado e a missão estão a serviço da vida digna, vida em Cristo e a vida eterna. Desigualdade e missão culminam na santidade da vida..

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Fonte: Documento de Aparecida " Síntese Popular"
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V Conferência de Aparecida



Salve Maria..


Hoje tenho em mãos um resumo básico sobre o Documento de Aparecida que no "Ditado Popular" uma síntese resumida para os leigos cristãos da América latina e do Caribe..

Este documento fala sobre a conferência dos Bispos da América Latina e do Caribe...

A Conferência dos Bispos em 2007 teve sua  V conferência aqui em Aparecida as outras localidades das conferências anteriores foram:   
Todos os Bispos Participantes da V Conferência em Aparecida
  • No Rio de Janeiro  - 1955
  • Em Medellin - 1968
  • Em Puebla - 1979
  • Em Santo Domingo - 1992
  • Em Aparecida - 2007      
             
  Quais São os Quatro Marcos da V Conferência ?

 Os que marco a V conferência de Aparecida e o que colaboro para o sucesso do mesmo foi...
1 - A intercessão de Maria, a fé Mariana do Povo, nascido no Santuário de Aparecida, local da Conferência.
2 - O discurso do Papa Bento XVI na abertura da Conferência que é citado 48 vezes no Documento de Aparecida...

Além de vários outros temas citados no Documento de Aparecida, e resumi para vocês verem...
   







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Fonte: Documento de Aparecida " Síntese Popular"
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Epifania do Senhor

Salve Maria,

Hoje a Igreja comemora a Solenidade da Epifania do Senhor. Segue dois textos que falam sobre a festa.

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Epifania
(Pelos padres claretianos)

Epifania, em grego, significa manifestação. Jesus se manifesta e revela aos reis magos, vindo do Oriente para vê-Lo e adorá-Lo, oferecendo-Lhe ouro, incenso e mirra. Jesus quer ser conhecido e amado por todos os habitantes da terra.

Ainda não se fechou o ciclo no Natal. Alcança novo ponto culminante na liturgia do dia 06 de janeiro. A festa desse dia ocupa, na Igreja Oriental, o lugar que o Natal ocupa entre nós. Trata-se da celebração de uma grande idéia: A Manifestação ou "Epifania do Senhor".

Para tanto, juntam-se três acontecimentos salvíficos: as homenagens dos Reis Magos do Oriente, o Batismo de Jesus no Jordão, as Bodas de Caná. Quer dizer, portanto, três manifestações iniciais de sua Glória.

Para epístola escolheu-se um dos trechos mais jubilosos do Livro de Isaías: 60, 1-6: "Levanta-te, Jerusalém, ilumina-te!" Deus farà brilhar a sua luz em Jerusalém, a tal ponto que os pagãos subirão para esta cidade. Em Jesus, apareceu, de Fato, a salvação de Deus para todos, em Jerusalém e na Palestina.

O Evangelho da missa narra o primeiro dos fatos salvíficos celebrados. É uma história que São Mateus conta no início de seu livro: a primeira manifestação de Jesus a não-judeus. Ela é a indicação sugestiva de que também o mundo extra-israelita está envolvido na vinda de Jesus. Por via de um sinal astronômico e de uma profecia judaica, alguns magos encontraram o Menino com sua Mãe, Maria, e prestam-lhe honra real. Desde os tempos das catacumbas, tem a arte cristã representado com predileção essa cena para, por meio dela, expressar a manifestação de Jesus ao mundo inteiro. O nome popular dessa festa é: "Dia dos Reis".

A história dos Reis Magos tem prolongamento na matança das crianças de Belém e na fuga para o Egito. A morte dos infantes inocentes, que derramaram seu sangue por Cristo, é celebrada dentro da oitava de Natal, no dia 28 de dezembro. Chama-se "Festa dos Inocentes". Quanto à fuga do Egito, ela quer significar que Jesus, ao voltar de lá, segue também os passos de seu povo, quando este outrora marchava do Egito para a terra prometida. Mateus chama a atenção sobre esse ponto: "... para que se cumprisse que o Senhor dissera pelo profeta: "Eu chamei meu filho do Egito" (Mt 2, 15). O povo israelita já se chama "filho de Deus", mas Jesus é "O" Filho de Deus por excelência. É nele que o povo voltará definitivamente da escravidão.

Acorramos mais uma vez ao presépio, em companhia dos reis magos, e ofereçamos também a Jesus, pelas mãos maternais de Maria Santíssima, o ouro do nosso amor, o incenso das nossas orações e a mirra das nossas mortificações e paciências.
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Bibliografia: Missal dominical Ave Maria, padres claretianos, Ed. Ave Maria, 1962; Catecismo da Igreja Católica, Edições Loyola, 1970
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Epifania
(Pelo Pe. João Batista Lehmann)

A Festa que a Igreja celebra, tem o nome de Epifania, isto é, aparição do Senhor, por apresentar-nos três grandes mistérios, em que Jesus Cristo se manifestou ao mundo como Filho de Deus e Salvador do gênero humano. O primeiro destes mistérios é a adoração que os três Magos prestaram ao Menino, em Belém. O segundo é o Batismo de Jesus Cristo no Jordão, ocasião em que o Pai celeste fez a apresentação de seu Filho, dizendo: “Este é meu Filho mui amado, em quem pus minha complacência”. O terceiro, finalmente, é a transformação da água em vinho, milagre que Cristo fez, por ocasião das bodas de Caná, para manifestar aos discípulos sua missão messiânica.

Logo após seu nascimento no estábulo de Belém, Jesus Cristo quis manifestar-se aos judeus e aos pagãos. Aos pastores, que estavam nos campos vigiando os seus rebanhos, mandou celeste mensagem, por intermédio dos Anjos, que lhes anunciaram o grande acontecimento, dizendo: “Não temais; anuncio-vos uma boa nova, que há de ser para todo o povo motivo de grande alegria! Hoje na cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é o Cristo, nosso Senhor”. (Lc. 2, 10). Aos pagãos do Oriente mandou a estrela maravilhosa, a anunciar-lhes o aparecimento daquela estrela profetizada por Balaam, nas palavras: “Uma estrela sai de Jacó, um cetro levanta-se de Israel, que esmagará os príncipes de Moab”. Os pagãos bem conheciam esta profecia, e ansiosos esperavam pelo aparecimento da estrela preconizada. Afinal a viram surgir. Sobressaindo entre as outras, pelo brilho e a posição extraordinários, chamou a atenção de três homens, conhecidos por Gaspar, Melquior e Baltazar ou, como a Bíblia os intitula, os três Magos do Oriente. Iluminados por luz divina, conheceram no aparecimento da estrela o sinal indubitável do cumprimento da palavra profética de Balaam, e sem demora trataram dos preparos da viagem, que os levassem à presença do rei dos Judeus recém-nascido. A estrela servia-lhes de guia. Seguindo-a sem desfalecimento, chegaram a Jerusalém. Pela primeira vez, ao chegarem à capital de Judá, o astro maravilhoso se lhes escondeu das vistas, e grande foi a tristeza e não menor o desapontamento do Magos. Na convicção, porém, de tratar-se de um fato por todos conhecidos e, julgando que não houvesse na cidade quem não soubesse dar-lhes as necessárias informações sobre o Rei dos Judeus recém-nascido, confiadamente entraram em Jerusalém e perguntaram: “Onde está o Rei dos Judeus, que acaba de nascer? Vimos sua estrela no Oriente, e viemos adorá-lo”. (Mt. 2, 2). Se grande foi o desaponto por não mais ver a estrela, sua fiel companheira, maior foi a decepção que experimentaram, ao notarem o espanto que essa pergunta causou às pessoas a quem dirigiram.

A chegada de três príncipes estrangeiros à capital dos Judeus provocou grande alvoroço na cidade e na corte real. O rei Herodes perturbou-se sobremodo, não sabendo o que pensar da inesperada nova. No íntimo começou a recear pelo trono. Reuniu os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo, para que lhe dissessem algo do lugar onde devia nascer o Cristo.

Os judeus conhecedores que eram das profecias, não duvidaram de que teria chegado o momento do Messias aparecer. Sabiam também o lugar onde, segundo o profeta Michéas, o Desejado das nações havia de nascer. A resposta dos sacerdotes não deixou nada a desejar, quanto à clareza, e era concisa nestes termos: Os sagrados livros dizem: Em Belém, terra de Judá, há de nascer o Cristo; pois está escrito pelo profeta: “Tu, Belém na terra de Judá, não és por certo a menor, entre as cidades principais da Judéia; pois é de ti que há de sair o chefe, que deve governar Israel, meu povo”. Tendo Herodes ouvido a resposta dos entendidos, mandou vir secretamente os magos, e indagou o tempo exato em que lhes tinha aparecido a estrela. Depois, mandando-os a Belém, disse-lhes: “Ide, informai-vos do Menino com cuidado, e logo que encontrardes, vinde dizer-me a fim de que eu também o vá adorar”. Não era, porém, esta a sua intenção. Falso que era, fingiu grande devoção e interesse de conhecer o Messias, e figurar entre os primeiros adoradores, quando sua intenção verdadeira era apoderar-se da criança e matá-la. Os Magos, cheios de alegria, por ter obtido informações tão claras partiram. A estrela que tinham visto no Oriente, caminhava diante deles e quando chegou em cima do lugar onde estava o Menino, parou. Por inspiração divina sabiam, que se achavam na presença d’Aquele que, nascido na pobreza, era o Rei do Universo.

Entraram na casa, e aí acharam o Menino, com Maria, sua Mãe. Tomados de profundo respeito, prostraram-se por terra e adoraram ao menino, como Deus e Salvador do mundo. Em seguida abriram os tesouros e ofereceram ao divino Infante ouro, incenso e mirra.

Cumprindo-se a profecia do rei Davi, que diz: “Reis de Tharsis e das ilhas virão oferecer-lhe presentes; os reis da Arábia e de Sabá trarão oferendas”. (S. 71, 10). Sobre o tempo que os Magos permaneceram em Belém, os Santos Livros nada dizem. Nada sabemos o que entre eles e José e Maria se passou. É, porém, provável, que se tenham demorado na cidade de Davi e que José e Maria lhes tenham referido tudo que se passara nos últimos dias, antes de sua chegada do Oriente.

Tratando da volta, quiseram, como a Herodes tinham prometido, passar por Jerusalém. Um Anjo, porém, apareceu-lhes dando-lhes a ordem expressa, que tal não fizessem. Obedientes a este celeste aviso, voltaram por caminho diferente para sua terra.

É fora de dúvida que os Magos tenham comunicado aos súditos o aparecimento do Salvador e com eles se tenham convertido à religião, de que se confessaram fiéis discípulos até o fim da vida. Um autor antiqüíssimo, na explicação que faz do Evangelho de São Mateus, diz que o Apóstolo Tomé os batizou na Pérsia e com eles milhares de súditos. Uma tradição existe, segundo a qual as relíquias dos Magos foram transportadas para Constantinopla, e de lá passaram para Milão, de onde, no século 12, o Imperador Frederico Barboroxa as transladou para Colônia, em cuja majestosa Catedral são até hoje veneradas.
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Bibliografia: Na luz Perpétua, 5ª ed, Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico - Juiz de Fora - Minas Gerais, 1959.
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CNBB publica artigo sobre Summorum Pontificum

Salve Maria,

Estava só dando uma olhada nas últimas notícias antes de ir dormir, quando vi uma coisa "inédita":

A CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, publicou ontem (04/01/2012 - 08:47) um artigo de Dom Fernando Arêas Rifan (Administrador Apostólico da Administração Apostólica Pessoal São João Maria vianney), falando da MISSA NA FORMA ANTIGA DO RITO ROMANO (título presente no site da CNBB).

Não é de duvidar que desde o ano de 2007, quando saiu a publicação do Summorum Pontificum, todos os blogueiros tradicionais fizeram crescer o número de acessos do site da CNBB, esperando ver qualquer publicação referente ao mesmo documento.

Não é notícia de primeira página no site citado, mas: está lá!

Segue abaixo o artigo de Dom Rifan, copiado na íntegra do site da CNBB.

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Missa na forma antiga do Rito Romano

Dom Fernando Arêas Rifan
Administrador Apostólico da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

Num gesto de bondade e generosidade, “abrindo plenamente o seu coração”, como ele mesmo se exprime, buscando a “reconciliação interna no seio da Igreja” o Papa Bento XVI, na Carta Apostólica Motu Proprio “Summorum Pontificum”, liberou para todo o mundo o uso da forma antiga do Rito Romano, também chamada Missa no rito de São Pio V ou Missa Tridentina, como forma extraordinária do único Rito Romano, ao lado da sua forma ordinária, que é a Missa no rito de Paulo VI, em vigor atualmente na Igreja. O Motu Proprio é acompanhado de uma elucidativa Carta aos Bispos.

Explicando que essa liberação não afeta a autoridade do Concílio Vaticano II nem a validade da reforma litúrgica dele procedente, o Papa fala que “as duas formas do uso do Rito Romano podem enriquecer-se mutuamente”. E, em termos de reconciliação e convivência, enquanto a nova forma (ordinária) da Missa se apresenta como mais participativa, a antiga forma (extraordinária) exprime mais a sacralidade e a reverência devida ao Mistério Eucarístico.

Sobre os interessados nessa forma antiga, o Santo Padre reconhece que, ao lado de exageros e desvios por parte de alguns, existem pessoas corretamente apegadas à antiga forma litúrgica da Santa Missa: “Quanto ao uso do Missal de 1962, como Forma extraordinária da Liturgia da Missa, quero chamar a atenção para o fato de que este Missal nunca foi juridicamente ab-rogado e, consequentemente, em princípio sempre continuou permitido. Na altura da introdução do novo Missal, não pareceu necessário emanar normas próprias para um possível uso do Missal anterior. Supôs-se, provavelmente, que se trataria de poucos casos individuais que seriam resolvidos um a um na sua situação concreta. Bem depressa, porém, se constatou que não poucos continuavam fortemente ligados a este uso do Rito Romano que, desde a infância, se lhes tornara familiar. Isto aconteceu sobretudo em países onde o movimento litúrgico tinha dado a muitas pessoas uma formação litúrgica notável e uma profunda e íntima familiaridade com a Forma anterior da Celebração Litúrgica. Todos sabemos que, no movimento guiado pelo Arcebispo Lefebvre, a fidelidade ao Missal antigo apareceu como um sinal distintivo externo; mas as razões da divisão, que então nascia, encontravam-se a maior profundidade. Muitas pessoas, que aceitavam claramente o carácter vinculante do Concílio Vaticano II e que eram fiéis ao Papa e aos Bispos, desejavam contudo reaver também a forma, que lhes era cara, da sagrada Liturgia; isto sucedeu antes de mais porque, em muitos lugares, se celebrava não se atendo de maneira fiel às prescrições do novo Missal, antes consideravam-se como que autorizados ou até obrigados à criatividade, o que levou frequentemente a deformações da Liturgia no limite do suportável. Falo por experiência, porque também eu vivi aquele período com todas as suas expectativas e confusões. E vi como foram profundamente feridas, pelas deformações arbitrárias da Liturgia, pessoas que estavam totalmente radicadas na fé da Igreja”. 

Em entrevista à revista americana Latin Mass (5/5/2004), o Cardeal Dario Castrillón Hoyos também já afirmara: “Eu não gosto, com efeito, das concepções que querem reduzir o “fenômeno” tradicionalista somente à celebração do Rito antigo, como se se tratasse de um apego nostálgico e obstinado ao passado. Isto não corresponde à realidade que se vive no interior deste vasto grupo de fiéis. Na realidade, nós estamos aí freqüentemente na presença de uma visão cristã da vida de fé e de devoção..., um desejo profundo de espiritualidade e sacralidade,... É interessante em seguida ressaltar como se encontram no seio desta realidade numerosos padres, nascidos depois do Concílio Ecumênico Vaticano II. Eles manifestam...uma ‘simpatia de coração’ por uma forma de celebração, e também de catequese, que... deixa um grande lugar ao clima de sacralidade e de espiritualidade que justamente conquista também os jovens de hoje: não se pode certamente defini-los como ‘nostálgicos’ ou um vestígio do passado.” 

Quanto ao uso do latim, língua oficial da Igreja, lembremo-nos que o Concílio Vaticano II, tendo liberado o uso do vernáculo na Liturgia, não deixou de lembrar a norma geral: “Seja conservado o uso da Língua Latina nos Ritos Latinos” (Sacr. Conc. 36). Aliás, era a observação feita pelo Papa Beato João XXIII: “Ninguém por afã de novidade escreva contra o uso da Língua Latina... nos sagrados ritos da Liturgia.” (Const. Ap. Veterum Sapientia, 11, § 2).
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Fonte: CNBB

Ano de 2012 chega para todos....

Salve Maria meus irmãos...

Um novo ano se chega para todos, e Deus se transforma sabe como...? 
As transformações na sua, na minha e na nossa vida; espero que você, que está lendo a primeira postagem do ano de 2012, sua vida seja transformada..
Deixe Jesus menino que nasceu em alguns dias atras entrar em tua vida, em teu coração, faça com que essa hospedagem se leve para sempre e eternamente, pois só Ele pode te fazer uma nova pessoa e uma nova criatura para superar as avaliações, tropeços, contradições, entre outras coisas que podem te fazer mal....  

Peça que neste ano de 2012 seja renovado(a) pelo Jesus que é flagelado, humilhado e morto por nós.. Mas que revive entre os mortos para nos libertar.. 

Faça o mesmo, se liberte de todas as coisas ruins do ano que se foi e peça para que nosso Senhor Jesus Cristo cure, liberte, salve e sare todas as feridas...

E nesse ano de 2012 desejo a todos que entram nesse BLOG que Deus misericordioso possa dar-lhes todas as graças e bençãos Divinas.. Pois só a Ele o Poder, a Glória e Honra para a SEMPRE... 

                                                                                               ..:: Paulo Sérgio ::..

Tempo do Menino Salvador

Salve Maria meus irmãos....

Estou aqui para mostrar uma coisa linda, uma oração de Santo Afonso Maria de Ligório....

  

" Oh, Santo menino, agora vos contemplamos sobre a palha, pobre, aflita e abandonada; mas sabemos que vireis um dia para julgar-nos sobre esplendoroso trono, rodeado de anjos. Perdoai-nos antes de julgar-nos. Então sereis um juiz  rigoroso, mas agora sois nosso redentor e nosso pai misericordioso. Ingratos fomos, não vos conhecendo por não querer conhecer-vos, [...] só desprezando vossa graça  e vosso amor. Em vossas mãos pomos nossa alma, para que vós as salveis. [...] Em vós deposito minhas esperanças, pois sei que, para resgatar-me do  inferno, deste sangue e vida. Tu me livrarás, Senhor, Deus de Verdade. [...] Salvai-me por vossa misericórdia e seja minha salvação amar-vos sempre nesta vida e por toda a eternidade. Minha amada mãe, recomendai-me a vosso filho, fazei-o ver que sou servo vosso e que em vós pus minha esperança, pois ele vos ouve e não vos nega nada".   

                               Santo afonso Maria de Ligório 

Menino Teimoso

Salve Maria,

Segue uma poesia composta pelo Revmº. Pe. Marcelo Tenório, sobre o Menino Jesus....


Menino Teimoso

Por que insistes em voltar assim
irreconhecivelmente frágil
na pobreza de uma noite silenciosa?

Por que repetes continuamente
apelos de acolhimento
aos olhares perdidos e distantes?

Por que não vens ao nosso encontro
todo cheio de luz?
É só pedir à tua Mãe aquela roupa
esplendorosa, toda bordada de estrelas e de sóis
e ordenar a Gabriel que nos comunique
o caminho iluminado pela grande estrela,
que nos conduzirá ao presépio arrumado,
do nosso jeito e para nós!

Não queres assim?
Que queres, então, Menino Teimoso?
Não te cansas de nos contrariar?

Ou pretendes mesmo,
a cada ano,
nos ensinar com a própria nudez,
a linguagem do amor?

Menino Teimoso,

Por que insiste tanto em voltar assim:
Pobre criança, apenas?

Pe. Marcelo Tenório

Motu proprio Summorum Pontificum

Salve Maria,


Para a 15ª postagem da série trago agora uma coisa que foi esperada por muitos durante muito tempo, o "Motu propio Summorum Pontificum", no qual Sua Santidade o Papa Bento XVI, permite que qualquer padre celebre a Santa Missa Tridentina. Boa leitura.

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Papa Bento XVI

Sempre foi preocupação dos Sumos Pontífices até o tempo presente, que a Igreja de Cristo ofereça um culto digno à Divina Majestade "para louvor e glória de seu nome" e "para nosso bem e o de toda sua Santa Igreja".

Desde tempos imemoriais até o futuro deve ser respeitado o princípio "segundo o qual cada Igreja particular deve estar de acordo com a Igreja universal não só sobre a doutrina da fé e os sinais sacramentais, mas nos usos universalmente transmitidos pela tradição apostólica contínua. Estes devem manter-se não só para evitar os enganos, mas também para que a fé seja transmitida em sua integridade, já que a regra de oração da Igreja (lex orandi) corresponde a sua regra da fé (lex credendi)." (1)

Entre os Pontífices que expressaram tal preocupação destacam os nomes de São Gregório Magno, quem se preocupou com a transmissão aos novos povos da Europa tanto a fé Católica como os tesouros do culto e a cultura acumulados pelos romanos durante os séculos precedentes. Temos instruções para a forma da Sagrada Liturgia tanto do Sacrifício da Missa como do Ofício Divino tal como eram celebrados na Cidade. Ele fez grandes esforços para promover monges e monjas, que militavam sob a Regra de São Bento, em todo lugar junto com a proclamação do Evangelho para que suas vidas igualmente exemplificassem aquela tão saudável expressão da regra "Nada, pois, antepor-se à Obra de Deus" (capítulo 43). Desta maneira a Sagrada liturgia segundo a maneira romana fez fértil não só a fé e a piedade, mas a cultura de muitos povos. Mais ainda é evidente que a Liturgia Latina em suas diversas formas estimulou a vida espiritual de muitíssimos Santos em cada século da Era Cristã e fortalecido na virtude da religião a tantos povos e fazendo fértil sua piedade.

Entretanto, com o fim que a Sagrada Liturgia possa de modo mais eficaz cumprir com sua missão, muitos outros Romanos Pontífices no curso dos séculos vieram a expressar particular preocupação, entre eles São Pio V é eminente, quem com grande zelo pastoral, segundo a exortação do Concílio de Trento, renovou o culto em toda a Igreja, assegurando a publicação de livros litúrgicos corrigidos e "restaurados segundo as normas dos Pais" e os pôs em uso na Igreja Latina.

É evidente que entre os livros litúrgicos de Rito Romano o Missal Romano é eminente. Nasceu na cidade de Roma e gradualmente ao longo dos séculos tomou formas que são muito similares a aquelas em vigor em recentes gerações.

"Este mesmo objetivo foi açoitado pelos Romanos Pontífices ao longo dos séculos seguintes, assegurando a colocação em dia, definindo os ritos e os livros litúrgicos, e empreendendo, do começo deste século, uma reforma mais geral". (2) Foi desta forma em que atuaram nossos Predecessores Clemente VIII, Urbano VIII, São Pio X (3), Bento XV, Pio XII e o Beato João XXIII.

Mais recentemente, entretanto, o Concílio Vaticano Segundo expressou o desejo de que com o devido respeito e reverência pela divina liturgia esta fora restaurada e adaptada às necessidades de nossa época.

Impulsionado por este desejo, nosso Predecessor o Sumo Pontífice Paulo VI em 1970 aprovou para a liturgia da Igreja Latina livros restaurados e parcialmente renovados, e que ao redor do mundo foram traduzidos em diversas línguas vernáculas, foram acolhidos pelos Bispos e pelos sacerdotes e fiéis. João Paulo II revisou a terceira edição típica do Missal Romano. Desta maneira os Romanos Pontífices atuaram para que "este edifício litúrgico, por assim dizer,...volte outra vez a aparecer esplêndido em sua dignidade e harmonia". (4)

Entretanto, em algumas regiões, um número não pequeno de fiéis estiveram e permanecem aderidos com tão grande amor e afeto às formas litúrgicas prévias, e imbuíram profundamente sua cultura e espírito, que o Sumo Pontífice João Paulo II, movido pela preocupação pastoral por estes fiéis, em 1984 mediante um indulto especial Quattuor abhinc annos, desenhado pela Congregação para a Liturgia Divina, outorgou a faculdade para o uso do Missal Romano publicado por João XXIII em 1962; enquanto que em 1988 João Paulo II uma vez mais, mediante o Motu Proprio Ecclesia Dei, exortou aos Bispos a fazer um uso mais amplo e generoso desta faculdade em favor de todos os fiéis que o solicitem.

Tendo ponderado amplamente os insistentes pedidos destes fiéis a nosso Predecessor João Paulo II, tendo escutado também os Padres do Consistório de Cardeais realizado em 23 de março de 2006, tendo sopesado todos os elementos, invocado o Espírito Santo e pondo nossa confiança no auxílio de Deus, pela presente Carta Apostólica, DECRETAMOS o seguinte:

Art. 1. O Missal Romano promulgado por Paulo VI deve ser considerado como a expressão ordinária da lei da oração (lex orandi) da Igreja Católica de Rito Romano, enquanto que o Missal Romano promulgado por São Pio V e publicado novamente pelo Beato João XXIII como a expressão extraordinária da lei da oração ( lex orandi) e em razão de seu venerável e antigo uso goze da devida honra. Estas duas expressões da lei da oração (lex orandi) da Igreja de maneira nenhuma levam a uma divisão na lei da oração (lex orandi ) da Igreja, pois são dois usos do único Rito Romano.
Portanto, é lícito celebrar o Sacrifício da Missa de acordo com a edição típica do Missal Romano promulgado pelo Beato João XXIII em 1962 e nunca anulado, como a forma extraordinária da Liturgia da Igreja. Estas condições estabelecidas pelos documentos prévios Quattuor abhinc annos e Ecclesia Dei para o uso deste Missal são substituídas pelas seguintes:

Art. 2. Em Missas celebradas sem o povo, qualquer sacerdote de Rito Latino, seja secular ou religioso, pode usar o Missal Romano publicado pelo Beato João XXIII em 1962 ou o Missal Romano promulgado pelo Sumo Pontífice Paulo VI em 1970, qualquer dia exceto no Sagrado Tríduo. Para a celebração segundo um ou outro Missal, um sacerdote não requer de nenhuma permissão, nem da Sé Apostólica nem de seu Ordinário.

Art. 3. Se Comunidades ou Institutos de Vida Consagrada ou Sociedades de Vida Apostólica de direito pontifício ou diocesano desejam ter uma celebração da Santa Missa segundo a edição do Missal Romano promulgado em 1962 em uma celebração conventual ou comunitária em seus próprios oratórios, isto está permitido. Se uma comunidade individual ou todo o Instituto ou Sociedade desejam ter tais celebrações freqüente ou habitualmente ou permanentemente, o assunto deve ser decidido pelos Superiores Maiores segundo as normas da lei e das leis e estatutos particulares.

Art. 4. Com a devida observância da lei, inclusive os fiéis Cristãos que espontaneamente o solicitem, podem ser admitidos à Santa Missa mencionada no art. 2.

Art. 5, § 1. Em paróquias onde um grupo de fiéis aderidos à prévia tradição litúrgica existe de maneira estável, que o pároco aceite seus pedidos para a celebração da Santa Missa de acordo ao rito do Missal Romano publicado em 1962. Que o pároco vigie que o bem destes fiéis esteja harmoniosamente reconciliado com o cuidado pastoral ordinário da paróquia, sob o governo do Bispo e segundo o Canon 392, evitando discórdias e promovendo a unidade de toda a Igreja.

§ 2. A celebração segundo o Missal do Beato João XXIII pode realizar-se durante os dias de semana, enquanto que aos Domingos e dias de festa deve haver só uma destas celebrações.

§ 3. Que o pároco permita celebrações desta forma extraordinária para fiéis ou sacerdotes que o peçam, inclusive em circunstâncias particulares tais como matrimônios, funerais ou celebrações ocasionais, como por exemplo peregrinações.

§ 4. Os sacerdotes que usem o Missal do Beato João XXIII devem ser dignos e não impedidos canonicamente.

§ 5. Nas Igrejas que não são nem paroquiais nem conventuais, é o Reitor da Igreja quem concede a permissão acima mencionada.

Art. 6. Nas Missas celebradas com o povo segundo o Missal do Beato João XXIII, as Leituras podem ser proclamadas inclusive nas línguas vernáculas, utilizando edições que tenham recebido a recognitio da Sé Apostólica.

Art. 7. Onde um grupo de fiéis laicos, mencionados no art. 5§1 não obtém o que solicita do pároco, deve informar ao Bispo diocesano do fato. Ao Bispo lhe solicita seriamente aceder a seu desejo. Se não puder prover este tipo de celebração, que o assunto seja referido à Pontifícia Comissão Ecclesia Dei.

Art. 8. O Bispo que deseje estabelecer provisões para os pedidos dos fiéis laicos deste tipo, mas que por diversas razões se vê impedido de fazê-lo, pode referir o assunto à Pontifícia Comissão "Ecclesia Dei", que deveria proporcionar conselho e ajuda.

Art. 9, § 1. Da mesma forma um pároco pode, uma vez considerados todos os elementos, dar permissão para o uso do ritual mais antigo na administração dos sacramentos do Batismo, Matrimônio, Penitência e Unção dos Enfermos, conforme sugira o bem das almas.

§ 2. Concede-se aos Ordinários a faculdade de celebrar o sacramento da Confirmação utilizando o anterior Missal Romano, conforme sugira o bem das almas.

§ 3. É lícito para sacerdotes em sagradas ordens usar o Breviário Romano promulgado pelo Beato João XXIII em 1962.

Art. 10. É lícito que o Ordinário local, se o considerar oportuno, erija uma paróquia pessoal segundo as normas do Canon 518 para as celebrações segundo a forma anterior do Rito Romano ou nomear um reitor ou capelão, com a devida observância dos requisitos canônicos.

Art. 11. Que a Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, ereta em 1988 por João Paulo II, (5) siga levando adiante sua função. Esta Comissão deve ter a forma, tarefas e normas de ação que o Romano Pontífice deseje atribuir.

Art. 12. A mesma Comissão, em adição às faculdades das que atualmente goza, exercerá a autoridade da Santa Sé para manter a vigilância sobre a observância e aplicação destas disposições.
Tudo o que é decretado por Nós mediante este Motu Proprio, ordenamos que seja assinado e ratificado para ser observado a partir de 14 de Setembro deste ano, festa da Exaltação da Santa Cruz, em que pese a todas as coisas em contrário.

Dado em Roma, junto a São Pedro, em 7 de julho no Ano do Senhor de 2007, Terceiro de nosso Pontificado.
Bento XVI

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*Tradução não-oficial, somente a versão em latim pode ser considerada como original
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NOTAS

1 Instrução Geral do Missal Romano, terceira edição, 2002, N. 397
2 Papa João Paulo II, Carta Apostólica Vicesimus quintus annus, 4 de Dezembro de 1988, N. 3: AAS 81 (1989) P. 899.
3 Ibidem.
4 O Papa São Pio X, Motu Proprio Abhinc duos annos, 23 de Outubro de 1913: AAS 5 (1913) 449-450; cf. O Papa João Paulo II, Ap. Carta Vicesimus quintus annus, 4 Dezembro de 1988,11. 3: AAS 81 (1989) P. 899.
5 Cf. O Papa João Paulo II, Motu proprio Ecclesia Dei adflicta, 2 de Julho de 1988, N. 6: AAS 80 (1988) P. 1498.