As 7 excelências da batina

Salve Maria,

Eis aqui um texto do Padre Jaime Tovar Patrón:

Esta breve coleção de textos nos recorda a importância do uniforme sacerdotal, a batina ou hábito talar. Valha outro tanto para o hábito religioso próprio das ordens e congregações. Em um mundo secularizado, da parte dos consagrados não há melhor testemunho cristão que a vestimenta sagrada nos sacerdotes e religiosos.



“SETE EXCELÊNCIAS DA BATINA”

“Atente-se como o impacto da batina é grande ante a sociedade, que muitos regimes anticristãos a têm proibido expressamente. Isto nos deve dizer algo. Como é possível que agora, homens que se dizem de Igreja desprezem seu significado e se neguem a usá-la?”

Hoje em dia são poucas as ocasiões em que podemos admirar um sacerdote vestindo sua batina. O uso da batina, uma tradição que remonta a tempos antiqüíssimos, tem sido esquecido e às vezes até desprezado na Igreja pós-conciliar. Porém isto não quer dizer que a batina perdeu sua utilidade, se não que a indisciplina e o relaxamento dos costumes entre o clero em geral é uma triste realidade.

A batina foi instituída pela Igreja pelo fim do século V com o propósito de dar aos seus sacerdotes um modo de vestir sério, simples e austero. Recolhendo, guardando esta tradição, o Código de Direito Canônico impõe o hábito eclesiástico a todos os sacerdotes.

Contra o ensinamento perene da Igreja está a opinião de círculos inimigos da Tradição que tratam de nos fazer acreditar que o hábito não faz o monge, que o sacerdócio se leva dentro, que o vestir é o de menos e que o sacerdote é o mesmo de batina ou à paisana.

Sem dúvida a experiência mostra o contrário, porque quando há mais de 1500 anos a Igreja decidiu legislar sobre este assunto foi porque era e continua sendo importante, já que ela não se preocupa com ninharias.

Em seguida expomos sete excelências da batina condensadas de um escrito do ilustre Padre Jaime Tovar Patrón

1ª RECORDAÇÃO CONSTANTE DO SACERDOTE

Certamente que, uma vez recebida a ordem sacerdotal, não se esquece facilmente. Porém um lembrete nunca faz mal: algo visível, um símbolo constante, um despertador sem ruído, um sinal ou bandeira. O que vai à paisana é um entre muitos, o que vai de batina, não. É um sacerdote e ele é o primeiro persuadido. Não pode permanecer neutro, o traje o denuncia. Ou se faz um mártir ou um traidor, se chega a tal ocasião. O que não pode é ficar no anonimato, como um qualquer. E logo quando tanto se fala de compromisso! Não há compromisso quando exteriormente nada diz do que se é. Quando se despreza o uniforme, se despreza a categoria ou classe que este representa.

2ª PRESENÇA DO SOBRENATURAL NO MUNDO

Não resta dúvida de que os símbolos nos rodeiam por todas as partes: sinais, bandeiras, insígnias, uniformes… Um dos que mais influencia é o uniforme. Um policial, um guardião, é necessário que atue, detenha, dê multas, etc. Sua simples presença influi nos demais: conforta, dá segurança, irrita ou deixa nervoso, segundo sejam as intenções e conduta dos cidadãos.
Uma batina sempre suscita algo nos que nos rodeiam. Desperta o sentido do sobrenatural. Não faz falta pregar, nem sequer abrir os lábios. Ao que está de bem com Deus dá ânimo, ao que tem a consciência pesada avisa, ao que vive longe de Deus produz arrependimento.
As relações da alma com Deus não são exclusivas do templo. Muita, muitíssima gente não pisa na Igreja. Para estas pessoas, que melhor maneira de lhes levar a mensagem de Cristo do que deixar-lhes ver um sacerdote consagrado vestindo sua batina? Os fiéis tem lamentado a dessacralização e seus devastadores efeitos. Os modernistas clamam contra o suposto triunfalismo, tiram os hábitos, rechaçam a coroa pontifícia, as tradições de sempre e depois se queixam de seminários vazios; de falta de vocações. Apagam o fogo e se queixam de frio. Não há dúvidas: o “desbatinamento” ou “desembatinação” leva à dessacralização.

3ª É DE GRANDE UTILIDADE PARA OS FIÉIS


  O sacerdote o é não só quando está no templo administrando os sacramentos, mas nas vinte e quatro horas do dia. O sacerdócio não é uma profissão, com um horário marcado; é uma vida, uma entrega total e sem reservas a Deus. O povo de Deus tem direito a que o auxilie o sacerdote. Isto se facilita se podem reconhecer o sacerdote entre as demais pessoas, se este leva um sinal externo. Aquele que deseja trabalhar como sacerdote de Cristo deve poder ser identificado como tal para o benefício dos fiéis e melhor desempenho de sua missão.



4ª SERVE PARA PRESERVAR DE MUITOS PERIGOS

A quantas coisas se atreveriam os clérigos e religiosos se não fosse pelo hábito! Esta advertência, que era somente teórica quando a escrevia o exemplar religioso Pe. Eduardo F. Regatillo, S.I., é hoje uma terrível realidade.
Primeiro, foram coisas de pouca monta: entrar em bares, lugares de recreio, diversão, conviver com os seculares, porém pouco a pouco se tem ido cada vez a mais.
Os modernistas querem nos fazer crer que a batina é um obstáculo para que a mensagem de Cristo entre no mundo. Porém, suprimindo-a, desapareceram as credenciais e a mesma mensagem. De tal modo, que já muitos pensam que o primeiro que se deve salvar é o mesmo sacerdote que se despojou da batina supostamente para salvar os outros.

Deve-se reconhecer que a batina fortalece a vocação e diminui as ocasiões de pecar para aquele que a veste e para os que o rodeiam. Dos milhares que abandonaram o sacerdócio depois do Concílio Vaticano II, praticamente nenhum abandonou a batina no dia anterior ao de ir embora: tinham-no feito muito antes.

5ª AJUDA DESINTERESSADA AOS DEMAIS

O povo cristão vê no sacerdote o homem de Deus, que não busca seu bem particular se não o de seus paroquianos. O povo escancara as portas do coração para escutar o padre que é o mesmo para o pobre e para o poderoso. As portas das repartições, dos departamentos, dos escritórios, por mais altas que sejam, se abrem diante das batinas e dos hábitos religiosos. Quem nega a uma monja o pão que pede para seus pobres ou idosos? Tudo isto está tradicionalmente ligado a alguns hábitos. Este prestígio da batina se tem acumulado à base de tempo, de sacrifícios, de abnegação. E agora, se desprendem dela como se se tratasse de um estorvo?


6ª IMPÕE A MODERAÇÃO NO VESTIR

A Igreja preservou sempre seus sacerdotes do vício de aparentar mais do que se é e da ostentação dando-lhes um hábito singelo em que não cabem os luxos. A batina é de uma peça (desde o pescoço até os pés), de uma cor (preta) e de uma forma (saco). Os arminhos e ornamentos ricos se deixam para o templo, pois essas distinções não adornam a pessoa se não o ministro de Deus para que dê realce às cerimônias sagradas da Igreja.

Porém, vestindo-se à paisana, a vaidade persegue o sacerdote como a qualquer mortal: as marcas, qualidades do pano, dos tecidos, cores, etc. Já não está todo coberto e justificado pelo humilde hábito religioso. Ao se colocar no nível do mundo, este o sacudirá, à mercê de seus gostos e caprichos. Haverá de ir com a moda e sua voz já não se deixará ouvir como a do que clamava no deserto coberto pela veste do profeta vestido com pêlos de camelo.

7ª EXEMPLO DE OBEDIÊNCIA AO ESPÍRITO E LEGISLAÇÃO

Como alguém que tem parte no Santo Sacerdócio de Cristo, o sacerdote deve ser exemplo da humildade, da obediência e da abnegação do Salvador. A batina o ajuda a praticar a pobreza, a humildade no vestiário, a obediência à disciplina da Igreja e o desprezo das coisas do mundo. Vestindo a batina, dificilmente se esquecerá o sacerdote de seu importante papel e sua missão sagrada ou confundirá seu traje e sua vida com a do mundo.

Estas sete excelências da batina poderão ser aumentadas com outras que venham à tua mente, leitor. Porém, sejam quais forem, a batina sempre será o símbolo inconfundível do sacerdócio, porque assim a Igreja, em sua imensa sabedoria, o dispôs e têm dado maravilhosos frutos através dos séculos.

Magnificat - cantado

Salve Maria,

Venho hoje começar mais um dia com um vídeo contendo o Magnifícat, cantado. A partitura segue no vídeo e o áudio é muito bom. Vale a pena ver.

Entrevista de Dom Fellay após o encontro com a Santa Sé

Salve Maria Auxiliadora.

Segue abaixo a entrevista com Dom Bernard Fellay sobre o encontro que ele teve com a Santa Sé no último dia 14 de setembro de 2011, dia da Exaltação da Santa Cruz.

Boa leitura.

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setembro 14, 2011

Entrevista de Dom Fellay após o encontro com a Santa Sé: “Nossa decisão será tomada para o bem da Igreja e das almas”.

Por DICI n°240 de 14/09/11 – Tradução: Fratres in Unum.com



Ao fim da audiência que Dom Bernard Fellay e seus dois Assistentes Gerais tiveram, no Vaticano, com o Cardeal William Levada, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, em 14 de setembro de 2011, às 10:00, o Superior Geral de Fraternidade São Pio X respondeu às nossas perguntas.

Como se desenvolveu este encontro?

A audiência foi de uma grande cortesia e também de grande franqueza, porque por lealdade a Fraternidade São Pio X se recusa a se esquivar dos problemas que permanecem. É, aliás, neste espírito que se desenvolveram as conversações teológicas que ocorreram nestes dois últimos anos.
Quando declarei, em 15 de agosto passado, que estávamos de acordo sobre o fato de não estarmos de acordo a propósito do Concílio Vaticano II, tive igualmente que precisar que no que diz respeito aos dogmas, como a Trindade, nós estamos obviamente de acordo quando as encontramos recordadas no Vaticano II. Uma frase não deve ser isolada de seu contexto. As nossas conversações teológicas tiveram o grande mérito de aprofundar seriamente e de esclarecer todos esses problemas doutrinais.

O comunicado oficial comum do Vaticano e da Fraternidade anuncia que um documento doutrinal lhe foi entregue e que uma solução canônica foi proposta. O senhor pode nos dar alguns detalhes?

Este documento se intitula Preâmbulo doutrinal, nos foi entregue para um estudo aprofundado. Conseqüentemente, ele é confidencial, e o senhor compreenderá que eu não fale mais. Contudo, o termo preâmbulo indica justamente que a sua aceitação constitui uma condição prévia a qualquer reconhecimento canônico da Fraternidade São Pio X por parte da Santa Sé.

A propósito deste preâmbulo doutrinal, na medida em que não toque a sua confidencialidade, o senhor pode nos confirmar se há, como anunciado na imprensa, uma distinção entre o que é de fé – ao que a Fraternidade adere plenamente –, e o que diz respeito a um concílio pastoral, como o próprio Vaticano II quis ser, e que então poderia estar sujeito a uma crítica, sem colocar a fé em questão?

Esta distinção nova não foi anunciada apenas pela imprensa, mas a ouvi pessoalmente de fontes diversas. Já em 2005, o Cardeal Castrillon Hoyos me declarava após eu ter exposto durante cinco horas todas as objeções que Fraternidade São Pio X formulava contra o Vaticano II: “Não posso dizer que estou de acordo com tudo o que disse, mas o que o senhor disse não faz com que estejam fora da Igreja. Escrevam, portanto, ao Papa, a fim de que retire a excomunhão”.
Hoje, para ser honesto, devo reconhecer que não há, no preâmbulo doutrinal, uma distinção nítida entre a esfera dogmática intocável e a esfera pastoral sujeita à discussão. A única coisa que posso declarar, pois está no comunicado de imprensa, é que este preâmbulo contém “princípios doutrinais e os critérios de interpretação da doutrina católica necessários para garantir a fidelidade ao Magistério da Igreja e o sentire cum Ecclesia, deixando, ao mesmo tempo, abertos a uma legítima discussão o estudo e a explicação teológica de expressões ou de formulações específicas presentes nos textos do Concílio Vaticano II e do Magistério que o seguiu”. Aí está, nem mais, nem menos.

A respeito do estatuto canônico que seria proposto à Fraternidade São Pio X, sob a condição de adesão ao preâmbulo doutrinal? Falou-se de prelazia em vez de ordinariato, correto?

Como o senhor nota justamente, este estatuto canônico é condicionado; a sua modalidade exata não pode ser vista senão ulteriormente e permanece ainda objeto de discussão.

Quando o senhor pensa em dar a sua resposta à proposta do preâmbulo doutrinal?

Assim que tenha tomado o tempo necessário para estudar este documento e consultar os principais responsáveis da Fraternidade São Pio X, pois, sobre um assunto tão importante, eu me comprometi com meus confrades a não tomar decisão sem tê-los consultado anteriormente.
Mas posso assegurar que a nossa decisão será tomada para o bem da Igreja e das almas. Nossa cruzada de rosários, que continua ainda por vários meses, deve se intensificar para nos permitir obter, pela intercessão de Maria, Mãe da Igreja, as graças de luz e de força das quais temos necessidade mais que nunca.
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Rezemos para que a Fraternidade Sacerdotal São Pio X entre em acordo com Roma sobre sua situação dentro da Igreja; para que dentre muitas outras coisas, esses bravos defensores da Tradição da Igreja Católica Apostólica Romana sejam "regularizados" dentro do clero católico.

Pax vobis!!!

Batina: Sim ou Não???


"Entretanto, padre sem batina, vestido como um leigo qualquer, tende a se nivelar, a levar uma vida de modo puramente natural, como todo o mundo, e a fazer esquecer o seu caráter sagrado. Pior, tende a passar a agir de modo igualitário, ele que tem a marca indelével de sacerdote em sua alma.
Um padre não é um homem como todo o mundo. É um ministro de Deus Altíssimo.
A batina não faz o padre, mas ajuda imensamente o padre a portar-se como padre, diferentemente de todo o mundo"

A batina é uma veste que pode ser usada por seminaristas, padres e bispos. Tem 33 botões na frente, que representam a idade de Cristo e 5 botões na manga, que representam as 5 chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo.Pode ser encontrada nas cores branca, cinza, roxa, preta e vermelha.
A batina é uma veste litúrgica obrigatoria para padres e significa a morte do padre para o mundo, o seu luto, com um colarinho branco representando a pureza. Era também uma forma de identificação, após o Concílio Vaticano II, os sacerdotes não são mais obrigados a usar essa veste para identificá-los. É bom lembrar que não foi abolido o uso da batina e que a exceção dada pelo Concílio Vaticano II não é de forma alguma um decreto de que não se deve, não se pode, mas pelo contrário, a batina continua sendo um veste própria do padre e que na medida do possível não deve ser dispensada.O código de direito canônico define o seguinte, quanto à vestimenta dos padres:

Can. 284 – Os clérigos devem vestir um traje eclesiástico digno, de acordo com as regras estabelecidas pelas conferências episcopais e os costumes legítimos do lugar.

Este poder dado às conferências episcopais também foi causa da decadência na vestimenta, já que muitas vezes elas dão liberdade aos padres, sem puni-los, à revelia do que ordena o Papa.

Há um livro baseado em uma tese de Michele de Santi chamado “O hábito eclesiástico, seu valor e sua história”. Os trechos a seguir são extraídos deste livro. O que nos interessa é apenas este histórico e não as idéias do autor, com as quais muitas vezes não concordamos. Segue o resumo:

Nosso Senhor não deu instruções precisas sobre este assunto, porém recomendou aos apóstolos simplicidade e humildade.

Os hábitos usados no Império Romano, adotados rapidamente por conveniência à fé, à dignidade e à modéstia do estado clerical, constituem as primeiras formas de hábito eclesiástico: túnica branca ou clara, com mangas, longa até o calcanhar (túnica talaris), acompanhada de uma veste de lã. Este hábito era similar ao usado pelos monges.

As perseguições não favoreceram o desenvolvimento de um hábito que desse distinção: os padres precisavam freqüentemente se esconder.

Em 422, o Papa Celestino I lança um primeiro documento sobre este assunto em uma carta endereçada aos bispos da Gália. Os padres não deveriam se vestir do mesmo modo que os monges, pois esta vestimenta grosseira era freqüentemente motivo de zombaria nas cidades. A cor clara usada até então é substituída, pouco a pouco, pela cor escura, inicialmente em Constantinopla para que se distinguissem dos Novacianos, que usavam o branco. Depois sob a inflência dos Beneditinos, cujo hábito era negro. O vermelho foi proibido pois era mais adequado aos magistrados leigos do que aos religiosos.

No fim do século VI há uma mudança, devido ao fim das perseguições e ao fim do hábito longo nos países europeus. Com efeito, as invasões bárbaras, francas e lombardas trazem o hábito curto, mais prático. São Gregório Magno (590-604) fala pela primeira vez em “hábito do clero”.

No século XI São Bernardo (1090-1153) lembra que a vestimenta dos padres deve ser o sinal exterior de suas virtudes interiores, pois na época os padres estavam transformando o hábito em objeto de luxo e vaidade.

O decreto de Gratien (1140) insiste em que o hábito deve ser usado em toda parte, na rua, em viagem ... Gratien comenta esta posição citando Santo Agostinho, que afirmava que freqüentemente as desordens do corpo manifestam as desordens do espírito.

O Concílio de Trento traz a famosa expressão (muitas vezes deturpada em seu sentido original): “Mesmo considerando que o hábito não faz o monge, é necessário que os religiosos vistam sempre um hábito adequado a seu estado (...)”

O primeiro Concílio de Milão (1565) impôs a cor negra e o quarto (1576) lembra a obrigação de usar a batina na Igreja mesmo quando não se use a capa.

Sixto V (1585-1590) trará, por assim dizer, a pedra final ao edifício com a Constituição “Cum Sacrosancta”, obrigando os padres a usar a batina. Impôs punições severas a quem desobedecesse. Quatro anos mais tarde esta lei será abrandada, voltando à interpretação mais genérica que prevalecera no Concílio de Trento; os padres devem usar um hábito conveniente a seu estado e de acordo com as disposições de seu bispo.

O Código de 1917 (can. 136) pede aos padres que usem um hábito eclesiástico conveniente (decentem) segundo os legítimos costumes do lugar e do Bispo. Sem outras definições mas com penalidades que podem ir até à perda do cargo ou estado clerical.

Pouco antes do Concílio Vaticano II, o Sínodo de Roma de 1960 lembra que os padres residentes em Roma devem usar a batina.

Nos documentos posteriores ao Concílio encontramos sobretudo argumentação para convencer os padres a usar a batina nesta época de tantas contestações.

Em 1966, a Conferência Episcopal Italiana aconselha que para “vantagem pessoal do padre” e “edificação da comunidade, a batina deve ser a vestimenta normal dos padres”; o clergyman sendo reservado para as viagens ou quando for necessário por comodidade...



Neste mesmo ano, a Cúria alerta que os padres que trabalham no Vaticano devem usar a batina. E Paulo VI se lamentou em 17 de Setembro de 1969: “fomos longe demais na intenção, em si louvável, de inserir o padre no contexto social, até o ponto de secularizar sua forma de viver, de pensar, e mesmo seu hábito, com o grave risco de enfraquecer sua vocação e de ridicularizar seus compromissos sagrados assumidos diante de Deus e da Igreja”.

João Paulo II, em uma carta endereçada ao Cardeal Vigário exprime seu pensamento sublinhando mais uma vez a importância do uso do hábito, “testemunho da identidade do padre e de que pertence a Deus” ... “em um mundo tão sensível à linguagem das imagens”.

O Código de 1983 não traz modificações substanciais, de acordo com o autor do livro. Entretanto duas medidas foram tomadas que não favorecem o uso da batina: não cabe mais ao Bispo definir o hábito a ser usado em sua diocese (batina, clergyman, etc...) mas à conferência episcopal.

O Código não menciona mais penalidades para os contraventores: não usar o hábito, de acordo com o novo código, não é mais considerado um delito contra as obrigações particulares do estado religioso. Não se mudou a lei, mas é como se ela não tivesse mais que ser considerada.

Em 1999, o Papa ainda tenta convencer: “é um dever de se mostrar sempre tais como sois a todos, com uma humilde confiança, com este sinal externo: é o sinal de um serviço sem descanso, sem idade, porque ele está gravado em sua própria alma”.
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Autor/fonte: Sem Ciro Quintella Lacerda, fundador do blog Dominus Vobíscum

Roteiro para adoração do Santíssimo Sacramento

Salve Maria,

Para a 24ª e última postagem da série trago agora um roteiro para adoração do Santíssimo Sacramento.

Hoje eu ingresso oficialmente no Seminário Eucarístico (Sociedade Servos da Eucarístia - Ponta Grossa/PR), peço que rezem por mim e roguem à Santíssima Virgem e ao(s) seu (s) Santo(a)(s) de devoção que intercedam junto à Deus por mim, para que eles me ajudem e sejam meus guias na minha caminhada seguindo Jesus Cristo como Sacerdote-religioso. Desde já muito obrigado.

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ROTEIRO PARA ADORAÇÃO EUCARÍSTICA - Sugestão

(Chegada em silêncio. Após a chegada canta-se um refrão meditativo, após alguns momentos acendem-se as velas preparadas no altar.)

SAUDAÇÃO
P: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
T: Amém!
P: A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.
T: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

MOTIVAÇÃO
P: Reunidos para este momento de oração e adoração do Cristo presente no Sacramento Eucarístico, queremos recordar que esta presença decorre da Celebração Eucarística e a ela nos deve encaminhar. A piedade que nos leva à adoração da Santíssima Eucaristia move-nos também a participar radicalmente do mistério pascal. Permanecendo diante do Cristo Senhor, gozamos da íntima familiaridade com Ele, e abrindo-lhe o coração, pedimos por nós mesmos e por todos, pela paz e salvação do mundo. Oferecendo com Cristo toda nossa vida ao Pai, pela força do Espírito Santo, pedimos o aumento da nossa fé, esperança e caridade. Alimentamos assim, as disposições que nos levam a celebrar com a devida devoção, o memorial do Senhor e a receber com freqüência o Pão que nos foi dado pelo Pai. Reconhecendo a grandiosidade e a maravilha da obra criadora, elevemos nosso louvor e gratidão a Deus, entoando o cântico das criaturas:

HINO
Onipotente e bom Senhor, * a ti a honra, glória e louvor; * Todas as bênçãos de ti nos vêm * e todo o povo te diz: Amém!
Louvado sejas nas criaturas, * primeiro o sol lá nas alturas. * Clareia o dia, grande esplendor, * radiante imagem de ti, Senhor. * Louvado sejas pela irmã lua, * no céu criaste, é obra tua.
Pelas estrelas claras e belas * Tu és a fonte do brilho delas. * Louvado sejas pelo irmão vento * e pelas nuvens, o ar e o tempo, * E pela chuva que cai no chão * nos dás sustento, Deus da Criação.
Louvado sejas, meu bom Senhor, * pela irmã água e seu valor. * Preciosa e casta, humilde e boa, * se corre, um canto a ti entoa. * Louvado sejas, ó meu Senhor, * pelo irmão fogo e seu calor.
Clareia a noite, robusto e forte * belo e alegre, bendita sorte. * Sejas louvado pela irmã terra, * mãe que sustenta e nos governa * Produz os frutos, nos dá o pão * com flores e ervas sorri o chão.
Louvado sejas, meu bom Senhor, * pelas pessoas que em teu amor, * Perdoam e sofrem tribulação, * felicidade em ti encontrarão. * Louvado sejas pela irmã morte * que vem a todos, ao fraco e ao forte.
Feliz aquele que te amar, * a morte eterna não o matará. * Bem-aventurado quem guarda a paz * pois o Altíssimo o satisfaz. * Vamos louvar e agradecer, * com humildade, ao Senhor bendizer.

RECONHECENDO AS PRESENÇAS DE CRISTO
L: “A obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus, que tem o seu prelúdio nas maravilhas divinas operadas no povo do Antigo Testamento, completou-a o Cristo Senhor, especialmente pelo mistério pascal de sua sagrada paixão, ressurreição dos mortos e gloriosa ascensão. Por este mistério, Cristo morrendo, destruiu a nossa morte e, ressurgindo, deu-nos a vida. Pois, do lado de Cristo agonizante sobre a cruz nasceu o admirável sacramento da Igreja. Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre presente em sua Igreja.” (SC 5).

Todas as vezes que nos reunimos Ele está presente no meio de nós: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí no meio deles.” (Mt 18,20). Somos o seu corpo, Ele age em nossas ações, “Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim dos tempos.” (Mt 28,20). Por isso, em todos os momentos Ele está conosco, mesmo quando é noite, não estamos sós.

Refrão cantado:
Fica conosco Senhor, é tarde e a noite já vem.
Fica conosco Senhor, somos teus seguidores também.

L: “Cristo está presente na sua Palavra, pois é Ele que fala quando na Igreja se lêem as Sagradas Escrituras.” (SC 7). Portanto, quando ouvimos as Escrituras Ele nos fala e aquece nosso coração.

Refrão cantado:
Fala Senhor, fala da vida,
Só tu tens Palavra eterna, queremos ouvir!

L: Jesus Cristo está presente na pessoa do pobre e excluído. Todas as vezes que fazemos algo por estes, é ao próprio Cristo que o fazemos. (Cf. Mt25,40).

Refrão cantado:
Entre nós está e não o conhecemos,
Entre nós está e nós o desprezamos.

L: Presente na Assembléia reunida, na Palavra proclamada e no pobre, Jesus Cristo está presente de modo especial no Pão Eucaristizado.

CANTO PARA EXPOSIÇÃO DO SANTÍSSIMO
(Enquanto se canta realiza-se a exposição do Santíssimo Sacramento)

Refrão: Eu vim para que todos tenham vida,
que todos tenham vida plenamente.

Reconstrói a tua vida em comunhão com teu Senhor,
Reconstrói a tua vida em comunhão com teu irmão.
Onde está o teu irmão, eu estou presente nele.

(Refrão)

Quem comer o pão da vida viverá eternamente.
Tenho pena deste povo que não tem o comer.
Onde está um irmão com fome, eu estou com fome nele.

(Refrão)

Eu passei fazendo o bem, eu curei todos os males.
Hoje és minha presença junto a todo sofredor.
Onde sofre o teu irmão, eu estou sofrendo nele.

(Refrão)

Entreguei a minha vida pela salvação de todos.
Reconstrói, protege a vida de indefesos e inocentes.
Onde morre o teu irmão, eu estou morrendo nele.

(Refrão)

P: Graças e louvores se dêem a todo o momento.
T: Ao Santíssimo e Digníssimo Sacramento.


MOMENTO DE SILÊNCIO
(Após a exposição do Santíssimo faz-se alguns minutos de silêncio, a seguir canta-se a aclamação e segue-se a proclamação do Evangelho)

ACLAMAÇÃO E PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO
(Lc 24, 13-35)

P: O Senhor esteja convosco.
T: Ele está no meio de nós!
P: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas.
T: Glória a vós, Senhor!
Eis que dois deles viajavam neste mesmo dia para uma aldeia chamada Emaús, a sessenta estádios de Jerusalém; e conversavam sobre todos esses acontecimentos. Ora, enquanto conversavam e discutiam entre si, o próprio Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles; seus olhos, porém, estavam impedidos de reconhecê-lo. Ele lhes disse: "Que palavras são essas que trocais enquanto ides caminhando?" E eles pararam, com o rostosombrio. Um deles, chamado Cléopas, lhe perguntou: "Tu és o único forasteiro em Jerusalém que ignora os fatos que nela aconteceram nestes dias?" - "Quais?", disse-lhes ele. Responderam: "O que aconteceu a Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obra e em palavra, diante de Deus e diante de todo o povo: nossos chefes dos sacerdotes  e nossos chefes o entregaram oara ser condenado à morte e crucificaram. Nós esperávamos que fosse ele quem iria redimir Israel; mas, com tudo isso, faz três dias que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres, que são dos nossos, nos assustaram. Tendo ido muito cedo ao túmulo e não tendo encontrado o corpo, voltaram dizendo que tinham tido uma visão de anjos a declararem que ele está vivo. Alguns dos nosos foram ao túmulo e encontraram as coisas tais como mulheres haviam dito; mas não o viram!"  Ele, então, lhes disse: "Ó insensatos e lentos de coração para crer tudo o que os profetas anunciaram! Não era preciso que o Cristo sofresse tudo isso e entrasse em sua glória?" E, começando por Moisés e por tosos os Profetas, interpretou-lhes em todas as Escrituras o que a ele dizia respeito. Aproximando-se da aldeia para onde iam, Jesus simulou que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram, dizendo: "Permanece conosco, pois cai a tarde e o dia já declina." Entrou então para ficar com eles. E, uma vez à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, depois partiu-o e distribuiu-o a eles. Então seus olhos se abriram e o reconheceram; ele, porém, ficou invisível diante deles. E disseram um aou outro: "Não ardia o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, quando nos explicava as Escrituras?" Naquela mesma hora, levantaram-se e voltarm para Jerusalém. Acharam aí reunidos os Onze e seus companheiros, que disseram: "É verdade! O Senhor ressurgiu e apareceu a Simão!" E eles narraram os acontecimentos do cmainho e como o haviam reconhecido na fração do pão.
P: Palavra da Salvação.
T: Glória a vós, Senhor!

REFLEXÃO ABERTA OU HOMILIA
(Quem preside faz breve reflexão e motiva para a reflexão pessoal e possível partilha)

PRECES
P: Nossa oração diante do Cristo Senhor, presente na Eucaristia, prolonga a união que obtemos ao comungar e renova a aliança que nos impele a viver de acordo com o que recebemos pela fé e pelo Sacramento na celebração da Eucaristia. Elevemos espontaneamente nossas preces ao Senhor.

Respostas cantadas:
Escuta-nos, Senhor da Glória!

(Preces espontâneas)

P: Ajudai-nos Senhor a vivermos com gratidão toda a nossa vida na força do alimento celeste, participando na morte e na ressurreição do Senhor. Que sejamos solícitos em praticarmos boas obras e agradar-vos, impregnando o mundo de espírito cristão e transformando-nos em testemunhas de Cristo em tudo, no meio da comunidade humana. Nós vos elevamos toda esta oração rezando juntos como Jesus nos ensinou:
Pai-Nosso...

CANTO E BÊNÇÃO DO SANTÍSSIMO
Tão sublime sacramento adoremos neste altar,
Pois o Antigo Testamento deu ao Novo seu lugar.
Venha a fé por suplemento os sentidos completar.
Ao Eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador.
Ao Espírito exaltemos, na Trindade eterno amor.
Ao Deus uno e trino demos a alegria do louvor.
Amém, Amém!
P: Do céu lhes destes o pão.
T.: Que contém todo o sabor!
Oremos:
Ó Deus, que neste admirável Sacramento nos conservastes a memória de vossa Paixão, concedei, Vos pedimos, que veneremos os sagrados Mistérios de vosso Corpo e Sangue, de modo que sintamos sempre em nós o fruto de vossa redenção. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém. 

(Depois da bênção, enquanto O repõe no sacrário a assembléia canta um canto de aclamação e louvor ao Senhor).

CANTO FINAL
Deus infinito, nós te louvamos * e nos submetemos ao teu poder. * As criaturas no seu mistério, * Mostram a grandeza de quem lhe deu o ser. * Todos os povos sonham e vivem * nesta esperança de encontrar a paz. * Suas histórias todas apontam * para o mesmo rumo onde tu estás.
Santo, Santo, Santo, (2x)
Todo Poderoso é o nosso Deus.
Senhor Jesus Cristo, nós te louvamos * e te agradecemos teu imenso amor. Teu nascimento, teu sofrimento, * Trouxe vida nova onde existe a dor. * Nós te adoramos e acreditamos * que és o Filho santo do nosso Criador. * E professamos tua verdade, * que na humanidade plantou tamanho amor...
Deus infinito, teu santo Espírito * renova o mundo sem jamais cessar. * Nossa esperança, nossos projetos * só se realizam quando ele falar. * Todo-poderoso, somos o teu povo * que na esperança vive a caminhar. * Dá que sejamos teu povo santo * que fará do mundo teu trono e teu altar.
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Observação:
a partir de hoje, as postagens desse Blog dependerão do tempo que terei disponível de acesso à internet lá no seminário. Peço a compreensão de todos.
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*Formatação, digitalização do Evangelho e do Oremos da bênção do Santíssimo, são meus.
Fonte: Site da Diocese de Ponta Grossa - página da Reitoria do Sagrado Coração de Jesus.

Ordo Incensationis Altaris - 2

Salve Maria,


Para a 23ª postagem da série trago agora o "Ordo Incensationis Altaris", forma utilizada na Missa de Pio V, para as Missas com o altar desligado da parede.

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Clique na imagem para ampliar.


Observação: É louvável que se faça o uso desse modo de incensar o altar na Missa de Paulo VI, que não sejam Versus Deum.

Ordo Incensationis Altaris - 1

Salve Maria,


Para a 22ª postagem da série trago agora o "Ordo Incensationis Altaris", forma utilizada na Missa de Pio V, para as Missas com o altar junto à parede.

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Clique na imagem para ampliar.


Observação: É louvável que se faça o uso desse modo de incensar o altar na Missa de Paulo VI - Versus Deum.

Ordo Incensandi Oblata - In modum circuli

Salve Maria,


Para a 21ª postagem da série trago agora o "Ordo Incensandi Oblata - In modum circuli", que são os três circulos e oração que o padre faz na Missa (Missa de Pio V) sobre as oblatas.

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Clique na imagem para ampliar.


Observação 1: Os dois modos de incensar as oblatas crucis e circuli, são feitos (um após o outro, primeiro crucis e depois circuli) pelo sacerdote em todas as Missas que hajam turíbulo.

Observação 2: É louvável que se faça o uso desse modo de incensar as oblatas na Missa de Paulo VI.

Ordo Incensandi Oblata - In modum crucis

Salve Maria,


Para a 20ª postagem da série trago agora o "Ordo Incensandi Oblata - In modum crucis", que são as três cruzes e oração que o padre faz na Missa (Missa de Pio V) sobre as oblatas.

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Clique na imagem para ampliar.


Observação 1: Os dois modos de incensar as oblatas crucis e circuli, são feitos (um após o outro) pelo sacerdote em todas as Missas que hajam turíbulo.


Observação 2: É louvável que se faça o uso desse modo de incensar as oblatas na Missa de Paulo VI.


Ladainha da Humildade

Salve Maria,


Para a 19ª postagem da série trago agora a Ladainha da Humildade (Português).

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Ladainha da Humildade

Ó Jesus, manso e humilde de coração, ouvi-me.
Do desejo de ser estimado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser amado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser conhecido, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser honrado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser louvado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser preferido, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser consultado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser aprovado, livrai-me, ó Jesus.

Do receio de ser humilhado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser desprezado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de sofrer repulsas, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser caluniado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser esquecido, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser ridicularizado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser infamado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser objeto de suspeita, livrai-me, ó Jesus.

Que os outros sejam amados mais do que eu, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros sejam estimados mais do que eu, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam elevar-se na opinião do mundo, e que eu possa ser diminuido, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser escolhidos e eu posto de lado, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser louvados e eu desprezado, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser preferidos a mim em todas as coisas, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser mais santos do que eu, embora me torne o mais santo quanto me for possível, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.

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Fonte:
Cardeal Merry del Val - "Ladainha da humildade"
MONTFORT Associação Cultural

Ladainha do Espírito Santo

Salve Maria,

Para a 18ª postagem da série trago agora a Ladainha do Epírito Santo (Latim - Português).
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Ladainha do Espírito Santo

LATIM:

Kyrie, Eleison
Christie, Eleison
Spiritus Sancte, audi nos
Spiritus Paraclite, exaudi nos

Pater de caelis, Deus, miserére nobis.
Fili redemptor mundi Deus,
Spiritus Sancte Deus,
Sancta Trinitas, unus Deus,
Spiritus veritatis,
Spiritus sapientiae,
Spiritus intellectus,
Spiritus foritudinis,
Spiritus pietatis,
Spiritus recti consilit,
Spiritus scientiae,
Spiritus sancti timoris,
Spriritus caritatis,
Spiritus gaudii,
Spiritus pacis,
Spiritus virtutum,
Spiritus multiformis gratiae,
Spiritus adoptionis Filiorum Dei,
Purificatur animarum nostrarum,
Ecclesiæ catholicæ sanctificator et rector,
Caelestium donorum distributor,
Discretor cogitationum et intetionum cordis,
Dulcedo in tuo servitio incipientium,
Corona perfectorum,
Gaudium angelorum,
Iluminatio patriarcarum,
Instpiratio prophetarum,
Os et sapientiae apostolorum,
Victoria Martyrium,
Scientia Condessorum,
Puritas virginum,
Unctio sanctorum omnium,

Propitius esto, parce nobis Domine.
Porpitius esto, exaudi nos Domine.

Ab omni peccato, libera nos Domine.
Ad omnibus tentationinbus et insidiis diaboli,
Ab omnine presumptione e desesperatione,
Ab impugnationem veritatis agnitae,
Ab invidentia fraternae gratiae,
Ab omni obstinatione et impoenitentia,
Ab omni negligentia et tepore animi,
Ab omni immunditia mentis et corporis,
Ab haeresibus et erroribus universais,
Ab omni malo spiritu,
A mala et aeterna morte,
Per aeternam ex Patre ex Filioque processionem tuam,
Per miraculosam conceptionem Filii Dei,
Per descensionem tuam super Christum baptizatum,
Per sanctam apparitionem tuam in tranfiguratione Domine,
Per adventum tuum super discípulos Christi,
In die iudicii,

Peccatores, te rogamus, audi nos.
Ut nobis parcas,
Ut omnia Ecclesia membra vivificare et sanctificare digneris,
Ut verae pietatis, devotionis et orationis donum nobis dare digneris,
Ut sinceros misericordiae charitatisque affectus nobis inspirare digneris,
Ut spiritum novum et cor mundum in nobis creare digneris,
Ut veram pacem et cordis tranquilitatem nobis dare digneris,
Ut ad tollerandas propter iustitiam persecutiones nos dignos et fortes efficias,
Ut nos in gratia tua confirmare digneris,
Ut nos in numerum electorum tuorum recipias,
Ut nos exaudire digneris,
Spiritus Dei,

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, effunde in nos Spiritum Sanctum.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, emitte promissum in nos Patris Spiritum.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, da nobis Spiritum bonum.
Spiritus Sanctum, audi nos.
Spiritus Paraclite, exaudi nos.

V.: Emitte Spiritum tuum et creabuntur.
R.: Et renovabis faciem terrae.

Oremus: Deus qui corda fidelium Sancti Spiritus illustratione docuisti, da nobis in eodem Spiritu recta sapere et de eius semper consolatione gaudere. Per Christum Dominum nostrum. Amen.

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PORTUGUÊS:

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Divino Espírito Santo, ouvi-nos.
Espírito Paráclito, atendei-nos.

Deus Pai dos céus, tende piedade de nós.
Deus Filho, redentor do mundo,
Deus Espírito Santo,
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
Espírito da verdade,
Espírito da sabedoria,
Espírito da inteligência,
Espírito da fortaleza,
Espírito da piedade,
Espírito do bom conselho,
Espírito da ciência,
Espírito do santo temor,
Espírito da caridade,
Espírito da alegria,
Espírito da paz,
Espírito das virtudes,
Espírito de toda graça,
Espírito da adoção dos filhos de Deus,
Purificador das nossas almas,
Santificador e guia da Igreja Católica,
Distribuidor dos dons celestes,
Conhecedor dos pensamentos e das intenções do coração,
Doçura dos que começam a vos servir,
Coroa dos perfeitos,
Alegria dos anjos,
Luz dos patriarcas,
Inspiração dos profetas,
Palavra e sabedoria dos apóstolos,
Vitória doa mártires,
Ciência dos confessores,
Pureza das virgens,
Unção de todos os santos,

Sede-nos propício, perdoai-nos, Senhor.
Sede-nos propício, atendei-nos, Senhor.

De todo o pecado, livrai-nos, Senhor.
De todas as tentações e ciladas do demônio,De toda a presunção e desesperação.
Do ataque à verdade conhecida,
Da inveja da graça fraterna,
De toda a obstinação e impenitência,
De toda a negligência e tepor do espírito,
De toda a impureza da mente e do corpo,
De todas as heresias e erros,
De todo o mau espírito,
Da morte má e eterna,
Pela vossa eterna procedência do Pai e do Filho,
Pela milagrosa conceição do Filho de Deus,
Pela vossa descida sobre Jesus Cristo batizado,
Pela vossa santa aparição na transfiguração do Senhor,
Pela vossa vinda sobre os discípulos do Senhor,
No dia do juízo,
Ainda que pecadores,nós vos rogamos, ouví-nos.
Para que nos perdoeis,
Para que vos digneis vivificar e santificar todos os membros da Igreja,
Para que vos digneis conceder-nos o dom da verdadeira piedade, devoção e oração,
Para que vos digneis inspirar-mos sinceros afetos de misericórdia e de caridade,
Para que vos digneis criar em nós um espírito novo e um coração puro,
Para que vos digneis conceder-nos verdadeira paz e tranqüilidade no coração,
Para que vos digneis fazer-nos dignos e fortes, para suportar as perseguições pela justiça,
Para que vos digneis confirmar-nos em vossa graça,
Para que vos digneis receber-nos o número dos vossos eleitos,
Para que vos digneis ouvir-nos,
Espírito de Deus,

Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, envia-nos o Espírito Santo.
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, mandai-nos o Espírito prometido do Pai.
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, dai-nos o Espírito bom.
Espírito Santo, ouví-nos.
Espírito Consolador, atendei-nos.

V.: Enviai o vosso Espírito e tudo será criado.
R.: E renovareis a face da terra.

Oremos: Deus, que instruístes o coração de vossos fiéis, com a luz do Espírito Santo, concedei-mos que, no mesmo Espírito, conheçamos o que é reto, e gozemos sempre as suas consolações. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

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Fonte:
"Ladainha do Espírito Santo"
MONTFORT Associação Cultural

Salve Regina

Salve Maria,


Para a 17ª postagem da série trago agora a oração "Salve Regina" cantada na Praça de São Pedro - Vaticano. Bom vídeo a todos.

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Padre Pio - O filme

Salve Maria,

Para a 16ª postagem da série trago agora - por motivos de devoção pessoal minha e de centenas de milhares de católicos - o filme de padre Pio; embora o áudio não esteja em português e só de para acompanhar o filme pelas legendas em português, o filme é muito bom mesmo. Bom filme a todos. 

PS>>> Deixem comentários sobre esse filme.
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Motu proprio Summorum Pontificum

Salve Maria,


Para a 15ª postagem da série trago agora uma coisa que foi esperada por muitos durante muito tempo, o "Motu propio Summorum Pontificum", no qual Sua Santidade o Papa Bento XVI, permite que qualquer padre celebre a Santa Missa Tridentina. Boa leitura.

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Papa Bento XVI

Sempre foi preocupação dos Sumos Pontífices até o tempo presente, que a Igreja de Cristo ofereça um culto digno à Divina Majestade "para louvor e glória de seu nome" e "para nosso bem e o de toda sua Santa Igreja".

Desde tempos imemoriais até o futuro deve ser respeitado o princípio "segundo o qual cada Igreja particular deve estar de acordo com a Igreja universal não só sobre a doutrina da fé e os sinais sacramentais, mas nos usos universalmente transmitidos pela tradição apostólica contínua. Estes devem manter-se não só para evitar os enganos, mas também para que a fé seja transmitida em sua integridade, já que a regra de oração da Igreja (lex orandi) corresponde a sua regra da fé (lex credendi)." (1)

Entre os Pontífices que expressaram tal preocupação destacam os nomes de São Gregório Magno, quem se preocupou com a transmissão aos novos povos da Europa tanto a fé Católica como os tesouros do culto e a cultura acumulados pelos romanos durante os séculos precedentes. Temos instruções para a forma da Sagrada Liturgia tanto do Sacrifício da Missa como do Ofício Divino tal como eram celebrados na Cidade. Ele fez grandes esforços para promover monges e monjas, que militavam sob a Regra de São Bento, em todo lugar junto com a proclamação do Evangelho para que suas vidas igualmente exemplificassem aquela tão saudável expressão da regra "Nada, pois, antepor-se à Obra de Deus" (capítulo 43). Desta maneira a Sagrada liturgia segundo a maneira romana fez fértil não só a fé e a piedade, mas a cultura de muitos povos. Mais ainda é evidente que a Liturgia Latina em suas diversas formas estimulou a vida espiritual de muitíssimos Santos em cada século da Era Cristã e fortalecido na virtude da religião a tantos povos e fazendo fértil sua piedade.

Entretanto, com o fim que a Sagrada Liturgia possa de modo mais eficaz cumprir com sua missão, muitos outros Romanos Pontífices no curso dos séculos vieram a expressar particular preocupação, entre eles São Pio V é eminente, quem com grande zelo pastoral, segundo a exortação do Concílio de Trento, renovou o culto em toda a Igreja, assegurando a publicação de livros litúrgicos corrigidos e "restaurados segundo as normas dos Pais" e os pôs em uso na Igreja Latina.

É evidente que entre os livros litúrgicos de Rito Romano o Missal Romano é eminente. Nasceu na cidade de Roma e gradualmente ao longo dos séculos tomou formas que são muito similares a aquelas em vigor em recentes gerações.

"Este mesmo objetivo foi açoitado pelos Romanos Pontífices ao longo dos séculos seguintes, assegurando a colocação em dia, definindo os ritos e os livros litúrgicos, e empreendendo, do começo deste século, uma reforma mais geral". (2) Foi desta forma em que atuaram nossos Predecessores Clemente VIII, Urbano VIII, São Pio X (3), Bento XV, Pio XII e o Beato João XXIII.

Mais recentemente, entretanto, o Concílio Vaticano Segundo expressou o desejo de que com o devido respeito e reverência pela divina liturgia esta fora restaurada e adaptada às necessidades de nossa época.

Impulsionado por este desejo, nosso Predecessor o Sumo Pontífice Paulo VI em 1970 aprovou para a liturgia da Igreja Latina livros restaurados e parcialmente renovados, e que ao redor do mundo foram traduzidos em diversas línguas vernáculas, foram acolhidos pelos Bispos e pelos sacerdotes e fiéis. João Paulo II revisou a terceira edição típica do Missal Romano. Desta maneira os Romanos Pontífices atuaram para que "este edifício litúrgico, por assim dizer,...volte outra vez a aparecer esplêndido em sua dignidade e harmonia". (4)

Entretanto, em algumas regiões, um número não pequeno de fiéis estiveram e permanecem aderidos com tão grande amor e afeto às formas litúrgicas prévias, e imbuíram profundamente sua cultura e espírito, que o Sumo Pontífice João Paulo II, movido pela preocupação pastoral por estes fiéis, em 1984 mediante um indulto especial Quattuor abhinc annos, desenhado pela Congregação para a Liturgia Divina, outorgou a faculdade para o uso do Missal Romano publicado por João XXIII em 1962; enquanto que em 1988 João Paulo II uma vez mais, mediante o Motu Proprio Ecclesia Dei, exortou aos Bispos a fazer um uso mais amplo e generoso desta faculdade em favor de todos os fiéis que o solicitem.

Tendo ponderado amplamente os insistentes pedidos destes fiéis a nosso Predecessor João Paulo II, tendo escutado também os Padres do Consistório de Cardeais realizado em 23 de março de 2006, tendo sopesado todos os elementos, invocado o Espírito Santo e pondo nossa confiança no auxílio de Deus, pela presente Carta Apostólica, DECRETAMOS o seguinte:

Art. 1. O Missal Romano promulgado por Paulo VI deve ser considerado como a expressão ordinária da lei da oração (lex orandi) da Igreja Católica de Rito Romano, enquanto que o Missal Romano promulgado por São Pio V e publicado novamente pelo Beato João XXIII como a expressão extraordinária da lei da oração ( lex orandi) e em razão de seu venerável e antigo uso goze da devida honra. Estas duas expressões da lei da oração (lex orandi) da Igreja de maneira nenhuma levam a uma divisão na lei da oração (lex orandi ) da Igreja, pois são dois usos do único Rito Romano.
Portanto, é lícito celebrar o Sacrifício da Missa de acordo com a edição típica do Missal Romano promulgado pelo Beato João XXIII em 1962 e nunca anulado, como a forma extraordinária da Liturgia da Igreja. Estas condições estabelecidas pelos documentos prévios Quattuor abhinc annos e Ecclesia Dei para o uso deste Missal são substituídas pelas seguintes:

Art. 2. Em Missas celebradas sem o povo, qualquer sacerdote de Rito Latino, seja secular ou religioso, pode usar o Missal Romano publicado pelo Beato João XXIII em 1962 ou o Missal Romano promulgado pelo Sumo Pontífice Paulo VI em 1970, qualquer dia exceto no Sagrado Tríduo. Para a celebração segundo um ou outro Missal, um sacerdote não requer de nenhuma permissão, nem da Sé Apostólica nem de seu Ordinário.

Art. 3. Se Comunidades ou Institutos de Vida Consagrada ou Sociedades de Vida Apostólica de direito pontifício ou diocesano desejam ter uma celebração da Santa Missa segundo a edição do Missal Romano promulgado em 1962 em uma celebração conventual ou comunitária em seus próprios oratórios, isto está permitido. Se uma comunidade individual ou todo o Instituto ou Sociedade desejam ter tais celebrações freqüente ou habitualmente ou permanentemente, o assunto deve ser decidido pelos Superiores Maiores segundo as normas da lei e das leis e estatutos particulares.

Art. 4. Com a devida observância da lei, inclusive os fiéis Cristãos que espontaneamente o solicitem, podem ser admitidos à Santa Missa mencionada no art. 2.

Art. 5, § 1. Em paróquias onde um grupo de fiéis aderidos à prévia tradição litúrgica existe de maneira estável, que o pároco aceite seus pedidos para a celebração da Santa Missa de acordo ao rito do Missal Romano publicado em 1962. Que o pároco vigie que o bem destes fiéis esteja harmoniosamente reconciliado com o cuidado pastoral ordinário da paróquia, sob o governo do Bispo e segundo o Canon 392, evitando discórdias e promovendo a unidade de toda a Igreja.

§ 2. A celebração segundo o Missal do Beato João XXIII pode realizar-se durante os dias de semana, enquanto que aos Domingos e dias de festa deve haver só uma destas celebrações.

§ 3. Que o pároco permita celebrações desta forma extraordinária para fiéis ou sacerdotes que o peçam, inclusive em circunstâncias particulares tais como matrimônios, funerais ou celebrações ocasionais, como por exemplo peregrinações.

§ 4. Os sacerdotes que usem o Missal do Beato João XXIII devem ser dignos e não impedidos canonicamente.

§ 5. Nas Igrejas que não são nem paroquiais nem conventuais, é o Reitor da Igreja quem concede a permissão acima mencionada.

Art. 6. Nas Missas celebradas com o povo segundo o Missal do Beato João XXIII, as Leituras podem ser proclamadas inclusive nas línguas vernáculas, utilizando edições que tenham recebido a recognitio da Sé Apostólica.

Art. 7. Onde um grupo de fiéis laicos, mencionados no art. 5§1 não obtém o que solicita do pároco, deve informar ao Bispo diocesano do fato. Ao Bispo lhe solicita seriamente aceder a seu desejo. Se não puder prover este tipo de celebração, que o assunto seja referido à Pontifícia Comissão Ecclesia Dei.

Art. 8. O Bispo que deseje estabelecer provisões para os pedidos dos fiéis laicos deste tipo, mas que por diversas razões se vê impedido de fazê-lo, pode referir o assunto à Pontifícia Comissão "Ecclesia Dei", que deveria proporcionar conselho e ajuda.

Art. 9, § 1. Da mesma forma um pároco pode, uma vez considerados todos os elementos, dar permissão para o uso do ritual mais antigo na administração dos sacramentos do Batismo, Matrimônio, Penitência e Unção dos Enfermos, conforme sugira o bem das almas.

§ 2. Concede-se aos Ordinários a faculdade de celebrar o sacramento da Confirmação utilizando o anterior Missal Romano, conforme sugira o bem das almas.

§ 3. É lícito para sacerdotes em sagradas ordens usar o Breviário Romano promulgado pelo Beato João XXIII em 1962.

Art. 10. É lícito que o Ordinário local, se o considerar oportuno, erija uma paróquia pessoal segundo as normas do Canon 518 para as celebrações segundo a forma anterior do Rito Romano ou nomear um reitor ou capelão, com a devida observância dos requisitos canônicos.

Art. 11. Que a Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, ereta em 1988 por João Paulo II, (5) siga levando adiante sua função. Esta Comissão deve ter a forma, tarefas e normas de ação que o Romano Pontífice deseje atribuir.

Art. 12. A mesma Comissão, em adição às faculdades das que atualmente goza, exercerá a autoridade da Santa Sé para manter a vigilância sobre a observância e aplicação destas disposições.
Tudo o que é decretado por Nós mediante este Motu Proprio, ordenamos que seja assinado e ratificado para ser observado a partir de 14 de Setembro deste ano, festa da Exaltação da Santa Cruz, em que pese a todas as coisas em contrário.

Dado em Roma, junto a São Pedro, em 7 de julho no Ano do Senhor de 2007, Terceiro de nosso Pontificado.
Bento XVI

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*Tradução não-oficial, somente a versão em latim pode ser considerada como original
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NOTAS

1 Instrução Geral do Missal Romano, terceira edição, 2002, N. 397
2 Papa João Paulo II, Carta Apostólica Vicesimus quintus annus, 4 de Dezembro de 1988, N. 3: AAS 81 (1989) P. 899.
3 Ibidem.
4 O Papa São Pio X, Motu Proprio Abhinc duos annos, 23 de Outubro de 1913: AAS 5 (1913) 449-450; cf. O Papa João Paulo II, Ap. Carta Vicesimus quintus annus, 4 Dezembro de 1988,11. 3: AAS 81 (1989) P. 899.
5 Cf. O Papa João Paulo II, Motu proprio Ecclesia Dei adflicta, 2 de Julho de 1988, N. 6: AAS 80 (1988) P. 1498.

São Pedro Julião Eymard

Salve Maria,

Para a 14ª postagem da série trago agora - em homenagem à Sociedade Servos da Eucaristia (da qual eu farei parte daqui alguns dias) - uma breve história de um grande santo da Santa Igreja: São Pedro Julião Eymard. Boa leitura.
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São Pedro Julião Eymard
(1811-1868)


Nasceu em Esère, França, em 4 de fevereiro de 1811, filho do segundo casamento de um comerciante viúvo. Pedro Julião marcou toda a Igreja com o verdadeiro culto a Jesus Eucarístico. São Pedro Julião Eymard pertencia a uma família tão religiosa que a própria mãe o levava diariamente na Igreja para receber a benção do Santíssimo. Certa vez o menino de cinco anos desapareceu de casa e quando o procuraram na igreja encontraram Pedro diante do sacrário com esta resposta lábios: "Estou falando com Jesus".

Foi à luz do Cristo Eucarístico que Pedro Julião descobriu sua vocação ao sacerdócio, a qual concretizou-se depois vencer as oposições do pai, tornando-se assim um padre secular e mais tarde religioso na Congregação dos Maristas. Como sacerdote secular foi zelosíssimo, a ponto de ser comparado ao Cura d'Ars. Passou, a seguir, 17 anos como religioso na Sociedade de Maria, chegando a ocupar cargos dos mais altos nessa família religiosa.

Padre Eymard já notava que havia um certo distanciamento do povo da Igreja. Algo precisava ser feito. Rezou muito, pediu conselhos aos superiores e para o próprio papa Pio IX. Entretanto, percebeu que por meio do Instituto dos Maristas não poderia executar o que era preciso. Deixou o Instituto e foi para Paris. Lá, em 1856, com a ajuda do arcebispo de Paris, fundou a Congregação dos Padres do Santíssimo Sacramento. E, depois de três anos, a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento. Mais tarde, também fundou uma Ordem Terceira, em que leigos comprometem-se na adoração do Santíssimo Sacramento.

São Pedro Eymard percebendo a indiferença do povo para com Jesus Eucarístico e inspirado por Nossa Senhora concluiu: "É necessário tirar Cristo do sacrário, apresentá-lo ao povo como grande Senhor, Mestre, Salvador, vivo, real em nosso meio". Viajando toda a França, deixando vários escritos, abrangendo sacerdotes, religiosas e leigos na sua obra em honra ao Santíssimo Sacramento, São Pedro Julião tudo conseguiu por causa do auxílio da graça e têmpera diante dos inúmeros sofrimentos.

Durante estes anos de vida eucarística, vemos o Pe. Eymard empenhado em um apostolado que se dirige sobretudo aos pobres da periferia de Paris e aos sacerdotes em dificuldade; dedica-se à Obra da primeira comunhão de adultos e atende numerosos compromissos na pregação, centrada principalmente na Eucaristia.

Seus últimos anos de vida foram repletos de sofrimentos, ocasionados estes em boa parte por seus próprios religiosos que já não tinham confiança em seu Santo Fundador. Disse ele nessa penosa conjuntura: "Eis-me aqui, Senhor, no Jardim das Oliveiras; humilhai-me, despojai-me; dai-me a cruz, contanto que me deis também o vosso amor e a vossa graça".

A vida e a atividade de São Pedro Julião está centrada no mistério da sagrada Eucaristia. Ao princípio, entretanto, seu enfoque era tributário da teologia de seu tempo, insistindo sobre a presença real. Mas, chegará a livrar-se pouco a pouco do aspecto devocional e reparador que tingia de maneira quase exclusiva a piedade eucarística de sua época, e conseguirá fazer da Eucaristia o centro da vida da Igreja e da sociedade. «Nenhum outro centro se não de Jesus Eucarístico».

Ele foi um dos santos mais Eucaristicos da história da Igreja. Toda a sua espiritualidade e mística estavam centradas na Eucaristia. São Pedro Julião Eymard pôde com seus lábios e vida proclamar "para mim, viver é Cristo, e Cristo Sacramentado".

São Pedro Julião Eymard faleceu no dia 1º de agosto de 1868, aos 57 anos de idade.


PENSAMENTOS DE SÃO PEDRO JULIÃO EYMARD

"Dai-me a alegria de celebrar ao menos uma missa. Apenas uma e, depois, morrer!"

"Deus me chama hoje, amanhã seria muito tarde!"

"A Eucaristia é a suprema manifestação do amor de Jesus; depois dele nada há mais, senão o céu"

"Quando penetrou numa alma uma centelha eucarística, lançou-se no coração um germe divino de vida e de todas as virtudes, e que vale por assim dizer, por si mesmo".

"Prometi a Deus que nada me deteria, devesse eu embora comer pedras e acabar no hospital. E principalmente, pedi a Deus (e talvez fosse isto presunção de minha parte) trabalhar sem o menor conforto humano"

"Nós cremos no amor que Deus nos tem. Crer no amor é tudo aqui; não basta crer na verdade, é preciso crer no amor"

"A melhor preparação para a santa Comunhão é a que se faz em Maria"

"Salvar a minha alma é negócio pessoal. Não posso descansar em ninguém, nem com ninguém repartir o trabalho"

"Dar a uma pessoa a fé, a devoção para com Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento, equivale a dar-lhe o segredo e a chave da graça e de todas as demais virtudes"

"Uma boa hora de adoração diante do Santíssimo Sacramento produz maior bem do que todas as igrejas de mármore que possamos visitar ou todos os túmulos que possamos venerar"

"A sagrada Eucaristia é Jesus passado, presente e futuro... É Jesus feito sacramento. Bem-aventurada a alma que sabe encontrar Jesus na Eucaristia, e em Jesus Hóstia tudo"

"A Santa comunhão deve ser o fim de toda vida cristã: todo exercício que não se relaciona com a comunhão está fora de sua melhor finalidade"

"Convencido de que o sacrifício da Santa Missa e a comunhão ao corpo do Senhor são a fonte viva e o ápice de toda a religião, cada um tem o dever de orientar sua piedade, suas virtudes e seu amor de tal modo que se tornem meios que lhe permitam alcançar esse fim: a digna celebração e a recepção frutuosa destes divinos mistérios"

"Quem quiser perseverar que receba a nosso Senhor. É um pão que alimentará seus pobres, força, que o sustentará. E é a Igreja que o quer assim"

"Eu lhes digo que este alimento tomado com intervalos tão prolongados não é mais que um alimento extraordinário, mas onde está o alimento ordinário que deve me sustentar diariamente?"

"Quem não comunga não tem mais que uma ciência especulativa; não conhece nada a não ser palavras, teorias, das quais desconhece o sentido... A alma que comunga não tem primeiro uma idéia de Deus, mas agora o vê, reconhece-o na sagrada mesa"

"A fim de que a alma devota se fortaleça e cresça na vida de Jesus Cristo, tem necessidade de nutrir-se em primeiro lugar de sua verdade divina e da bondade de seu amor de tal modo que possa passar da luz ao amor, e do amor às virtudes"

"A Eucaristia é a vida dos povos. A Eucaristia lhes oferece um centro de vida. Todos podem encontrar-se sem barreira de raça nem de língua para a celebração das festas da Igreja"

"Quão feliz, mil vezes feliz, a alma fiel que encontrou este tesouro escondido, que vai beber neste manancial vivo, que come com freqüência este Pão de vida eterna!"

"O grande mal de nossa época é que não vamos a Jesus Cristo como a seu Salvador e a seu Deus. Abandona-se o único fundamento, a única fé, a única graça da salvação... Então o que fazer? Retornar à fonte da vida, mas não ao Jesus histórico ou ao Jesus glorificado no céu mas sim ao Jesus que está na Eucaristia. Temos que fazê-lo sair de seu esconderijo para que possa de novo colocar-se à cabeça da sociedade cristã... Que venha cada vez mais o reino da Eucaristia: Adveniat regnum tuum!"