A batina e o jornal esquerdista Unitá

Salve Maria!
Aqui está um belo texto sobre o valor do Hábito Eclesiástico escrito pelos inimigos da Igreja. Vale a pena ler. Tradução do Sr. Giulio. (Pe. Marcelo Tenorio)
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BATINA



Há algum tempo, a Igreja vem-se defendendo com esforço de uma campanha midiática que acendeu os holofotes sobre o fenômeno das atividades e das aberrações eróticas do clero. E não se trata somente dos horrores da pedofilia, mas também de festins a luzes vermelhas, orgias e eventos clandestinos de todo gênero. Despida a batina e vestidas as vestes civis, muitos padres passaram do sacrado ao profano num piscar de olhos. Pergunto a um meu amigo, que escreve neste jornal, don Filippo Di Giacomo, se não seria mais oportuno, para si e para os seus alegres irmãos, renunciar a vestir-se como burguês e voltar a vestir o hábito longo do padre. Não há motivo para envergonhar-se de vesti-lo, aliás, seria um sinal de respeito pela comunidade católica e teria também o poder de eliminar toda ambiguidade. É difícil reconhecer um sacerdote em um cara de camiseta: estamos em presença de um engano, pelo menos sob o plano semiológico. O amigo Di Giacomo deveria jogar às urtigas seus hábitos "leigos" e lançar um apelo a fim de que a todos os padres do mundo seja proibido vestir outra coisa além de duas túnicas: uma de lã para o inverno e uma de algodão para o verão. Não servirá, certamente, para desencorajar os duros e puros endemoninhados do eros, mas servirá de limite à expansão das mil pequenas depravações quotidianas. Em geral se diz que "o hábito não faz o monge", mas para a Igreja não é assim: o hábito deve fazer o monge. O catolicismo, como outras religiões, vive de símbolos, de ritos, de castidade, de valores fundamentais e irrenunciáveis, de fidelidade à doutrina, de rigorosa obediência às regras sacerdotais. A batina, à simples vista, transmite-nos tudo isso: muito espírito e pouca carne. Um padre que substitui a batina por uma roupa comum é como se renunciasse ao espírito.
15 de agosto de 2010.
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Fonte : http://www.unita.it/commenti/vincenzocerami/tonaca-1.157673

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