Como prometido ontem, segue agora a segunda postagem sobre o sacramento da Reconciliação.
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Por que confessar a um padre, se Cristo é nosso único mediador? Pergunta o protestante. Todo Católico deveria saber a resposta a esta pergunta sob o ponto de vista Católico. Mas se você ainda não sabe, leia isto:
Antes, aprenda mais sobre o Sacramento da Reconciliação-Confissão: Por que confessar-se a um padre?
Em verdade, todo pontífice é escolhido entre os homens e constituído a favor dos homens como mediador nas coisas que dizem respeito a Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados. (Hebreus 5:1)
Onde está isso na Bíblia:
João 20:21 – antes que Ele lhes concedesse o poder de perdoar pecados, Jesus disse aos apóstolos. “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio.” Assim como Cristo foi enviado pelo Pai para a remissão dos pecados, Cristo envia os apóstolos e seus sucessores para reconciliar os pecadores com Deus.
João 20:22 – Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. O Senhor assopra sobre os apóstolos, e depois dá-lhes o poder de perdoar e reter os pecados. O único momento nas Escrituras onde Deus respira sobre o homem está em Gn 2:7, quando o Senhor “assopra” a vida divina no homem. Quando isso acontece, uma transformação significativa ocorre, eis no gesto de Jesus um simbolismo importante.
João 20:23 – Jesus diz: “Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos.” Porém, para que os apóstolos exerçam o dom de perdoar os pecados, o penitente deve confessar os seus pecados verbalmente, porque os apóstolos não podem ler suas mentes.
Matt. 9:6, Marcos 2:10 – Cristo, enquanto verdadeiro homen e verdadeiro Deus, perdoou pecados como homem (não como Deus), a fim de nos convencer de que o “Filho do Homem” tem autoridade para perdoar pecados na terra.
Lucas 5:24 – Lucas também aponta que a autoridade de Jesus para perdoar os pecados é de homem, não Deus. Os autores dos Evangelhos registram isto para nos convencer de que Deus deu autoridade à Jesus enquanto homem. Essa autoridade foi transferida de Cristo aos apóstolos e posteriormente aos seus sucessores.
Matt. 18:18 – os apóstolos receberam autoridade de ligar e desligar. A autoridade para ligar e desligar inclui a administração e remoção de penas temporais devidas ao pecado. Os judeus compreenderam isso desde o nascimento da Igreja.
2 Coríntios 5:18 – o ministério da reconciliação foi dado aos embaixadores da Igreja. Esse ministério da reconciliação refere-se ao Sacramento da Reconciliação, também chamado de Sacramento da Confissão ou Penitência.
Tiago 5:15-16 – no versículo 15 vemos que os pecados são perdoados pelos sacerdotes no sacramento dos enfermos. Este é outro exemplo da autoridade do homem de perdoar pecados na terra. Em seguida, no versículo 16, Tiago diz: “Portanto, confessar nossos pecados uns aos outros”, em referência aos homens do quais se tratam no versículo 15, os Pais da Igreja.
1 Tm. 2:5 – Cristo é o único mediador, mas Ele era livre para decidir como sua mediação seria aplicada a nós. O Senhor escolheu usar sacerdotes de Deus para realizar a Sua obra de perdão.
Lev. 5:4-6; 19:21-22 – mesmo na Antiga Aliança, Deus usou sacerdotes de perdoar e expiar os pecados dos outros.
II. A Necessidade e Prática da confissão oral dos pecados
Tiago 5:16 - São Tiago claramente ensina-nos que devemos “confessar nossos pecados uns aos outros”, não apenas em particular com Deus.
Tiago 5:16 deve ser lido no contexto de Tiago 5:14-15, que está se referindo ao poder de cura (física e espiritual) dos sacerdotes da Igreja. Assim, quando S. Tiago diz “portanto” no versículo 16, ele refere-se aos homens sobre os quais escreve nos versículos 14 e 15 – esses homens são os sacerdotes ordenados na Igreja, a quem devemos confessar nossos pecados.
Atos 19:18 – muitos chegaram a confessar os pecados por via oral e divulgar suas práticas pecaminosas. Confissão oral era a prática da Igreja primitiva, tal como é hoje.
Mat. 3:6, Marcos 1:5 – novamente, isso mostra as pessoas confessando os seus pecados diante de outros, como uma prática histórica (aqui à João Batista).
1 Tm. 6:12 – este versículo refere-se também a prática histórica de confessar os pecados e fé na presença de muitas testemunhas.
1 João 1:9 – Se confessarmos nossos pecados, Deus é fiel e nos perdoa e nos purifica. Mas devemos confessar nossos pecados uns aos outros.
Num. 5:7 – isto mostra que a prática histórica de publicamente confessar os pecados, e fazer a restituição público.
2 Sam. 12:14 – mesmo que o pecado seja perdoado, não há a devida punição para o pecado perdoado. Davi foi perdoado, mas seu filho ainda foi levado (a conseqüência do pecado).
Neemias. 9:2-3 – os israelitas ficavam de pé diante da assembléia, confessavam pecados publicamente e intercediam para o outro. Essa prática ainda acontece na Igreja Católica durante o Ato Penitencial, no início da Santa Missa.
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Post importado de Ecclesia Militans
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