Por que confessar-se à um padre?

Salve Maria,

Recebi via e-mail um pedido para que eu postasse algo respondendo a pergunta: "Por que devemos confessar com um padre, sendo que o nosso intercessor é Jesus?", da leitora Juliana Alves F. Garcia, dúvida essa que teria surgido de uma conversa em momento de descontração no seu local de trabalho.

Para atender à esse pedido, farei duas postagens sobre o assunto, a primeira é essa que vos falo, e a segunda amanhã, logo pela manhã (ambas importadas do blog Ecclesia Militans).

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Sacramento da Reconciliação ou Confissão e São Paulo

[...] É importante reiterar que todos os sacerdotes da Igreja Católica são ungidos pelo Espírito e são, em seu ministério sacerdotal, sucessores dos Apóstolos de Cristo.

Mas por que a Igreja adota o Sacramento da Confissão?

Porque Jesus Cristo instituiu Biblicamente o Sacramento da Reconciliação pela confissão dos pecados:

Então, soprou sobre eles e falou: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles quem perdoardes os pecados são perdoados, e ele quem os retiverdes, são retidos (Jo 20,22-23)

Jesus deu aos Apóstolos a autoridade para perdoar pecados, assim como Ele tinha autoridade dada pelo Pai para perdoar pecados na terra, não como Filho de Deus, MAS como o Filho do Homem (Mateus 9:6). Jesus perdoou pecados enquanto estava no mundo, mesmo apesar dos Fariseus desprezarem Sua autoridade, porque até então os Judeus acreditavam que somente Deus podia perdoar pecados!

Os Católicos acreditam que nenhum padre, como homem e indivíduo, por mais pio ou estudado que seja, tenha o poder de perdoar pecados, separado de Deus. No entanto, o sacerdote no confessionário, após realizada a preparação para Sacramento, ao recitar a fórmula da absolvição, perdoa os pecados do penitente no lugar de Cristo, como se estivéssemos nos confessando na presença de Cristo. Portanto, o perdão vem de Deus, não do padre, que está atuando na condição de "Persona Christi”, enquanto successor dos Apóstolos.

Da mesma forma, como acontece na Santa Missa, quando o padre, ao abençoar as oferendas de pão e vinho pede a Deus Pai para aceitá-las e através do Espírito Santo, transformar as substâncias (não a forma, portanto, o nome Transubstanciação) no Corpo e Sangue de Cristo, como o próprio Jesus fez na Última Ceia. Pois é justamente o próprio Cristo, através do sacerdote, que preside a Missa.

Vejamos o que escreveu São Paulo:

“A quem perdoardes alguma coisa, eu também perdôo. Na verdade, já perdoei, se, naturalmente, tive alguma coisa a perdoar. E assim procedi por causa de vós, na presença de Cristo.” (2 Coríntios 2:10)

Há uma abundância de evidências nos escritos dos cristãos primitivos, os Pais da Igreja, que relatam que os cristãos confessavam publicamente seus pecados. É importante salientar que o batismo ministrado por João Batista era um batismo de arrependimento, no qual o fiel, fosse gentio ou judeu, não apenas se arrependia mas confessava seus pecados verbalmente.

Jesus Cristo providenciou para que o perdão sacramental viesse através do ministério do sacerdote. Se alguém argumenta contra isso não está tanto a discutir com a Igreja Católica, mas com o próprio Cristo. (P. Madri)

Os católicos são parte de uma Igreja Apostólica e por isso levam os ensinamentos Apostólicos muito a sério, pois o Senhor disse:

Quem vos escuta, é a mim que está escutando; e quem vos despreza, é a mim que está desprezando; ora, quem me despreza, está desprezando Aquele que me enviou”. (Lc 10:16).

Apesar da confissão privada, os católicos preservam o costume do Ato Penitencial, uma tradição que se remete aos primórdios da Igreja, que consiste em conferssamos no início da celebração da Santa Missa que somos pecadores, recitando a oração abaixo:

Confesso a Deus todo-poderoso e a vós irmãos, que pequei em pensamentos, palavras e em atos e omissões, por minha culpa, tão grande culpa. E peço a Virgem Maria, aos santos e anjos e a vós irmãos, que rogueis a Deus, que é Pai Todo-Poderoso, para perdoar a minha tão grande culpa.

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Post importado do blog: Ecclesia Militans

2 comentários:

  1. Caríssimo Claudio, Salve Maria......

    Para combater os protestos sem sentido contra os gastos da JMJ2013, basta apresentar as estimativas de gastos pelos peregrinos no nosso país.

    Uma boa seria fazer uma comparação das despesas e dos lucros das JMJs anteriores.

    Qualquer coisa é só entrar em contato, que vamos tentando combater esses inimigos.

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